O prefeito Marcelo Belinati manteve a decisão de continuar com a suspensão das aulas presenciais em Londrina. Segundo o prefeito, a decisão está mantida até o dia 28 de fevereiro. A decisão foi tomada no sábado (23) e a medida se aplica às unidades escolares públicas, privadas e conveniadas. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais neste domingo (24), ele reforçou que Londrina possui um público de aproximadamente 200 mil alunos.

O prefeito Marcelo Belinati manteve a decisão de continuar com  a suspensão das aulas presenciais em Londrina. Segundo o prefeito, a decisão está mantida até o dia 28 de fevereiro.
O prefeito Marcelo Belinati manteve a decisão de continuar com a suspensão das aulas presenciais em Londrina. Segundo o prefeito, a decisão está mantida até o dia 28 de fevereiro. | Foto: Divulgação/AEN

"Tem um grupo protestando para voltar às aulas. Todo protesto faz parte do movimento democrático, mas não dá para voltar. Não há critérios médicos ou epidemiológicos para as aulas voltarem. São 200 mil alunos em Londrina, da educação infantil ao ensino superior e se eles ficarem na sala de aula o que vai acontecer? É quase a metade da cidade de Londrina, sem falar os professores e as pessoas que trabalham nas escolas. São milhares de pessoas", destacou.

Ele afirmou que entende o drama dos donos das escolas particulares. "Mas pela saúde e vida das crianças, dos estudantes, dos funcionários das escolas e familiares não dá para voltar neste momento. Quando tiver condições de voltar, eles irão voltar. As escolas estão preparadas desde setembro para esse retorno. A prefeitura investiu 9 milhões de reais na aquisição de máscara, termômetro, face shield, garfo descartável. A prefeitura adquiriu tudo para 45 mil alunos. Ela está preparada para retornar para aula, mas só quando for possível", destacou.

Ele reforçou que as aulas presenciais continuam suspensas, mas ressaltou que as aulas online e o atendimento individualizado para alunos em depressão ou com dificuldade de aprendizado continuam. "O atendimento individualizado está autorizado. São mais de 8 mil crianças que recebem atendimento de forma individualizada. As particulares também podem fazer isso. A questão financeira das escolas é legítima, mas colocar em risco a cidade inteira não dá", reforçou.

"Neste momento não tem condições de retornar a aula em Londrina. Se há outros lugares voltando, a gente respeita. Já fizemos mais de dez reuniões. Se precisar faremos 20, mas têm critérios médicos que precisamos seguir", destacou.

Ele enalteceu que se ele autorizar o retorno às aulas e houver problemas com a disseminação da doença na escola, ele não tem dúvida que as escolas irão responsabilizar a prefeitura por autorizar o funcionamento das escolas por decreto.

"Tempos atrás citaram Manaus como exemplo, falando que lá as aulas tinham sido retomadas e olhe como está lá hoje. Essas mesmas pessoas que protestaram justificam que o problema aumentou porque lá abriu tudo"', destacou.

Na quarta-feira (20), foi publicado um decreto pelo Governo do Estado que liberou as atividades presenciais, no formato hibrido, em todas as unidades de ensino do Paraná.