Oito dias após o deslizamento no km 668,7 da BR-376, em Guaratuba (Litoral), a Concessionária Arteris Litoral Sul, responsável pela administração do trecho, trabalha na recuperação da rodovia. Ainda não há prazo para liberação das pistas da rodovia, onde o acidente resultou em carros e caminhões soterrados e duas vítimas fatais.

Nesta terça-feira (6), conforme a concessionária, as equipes conseguiram avançar com os trabalhos de restauração da rodovia no local do deslizamento e barreiras de concreto foram colocadas na base da encosta. A concessionária informou que segue com os trabalhos e análise contínua do trecho para averiguação de segurança.

No domingo (4), a concessionária chegou a divulgar um comunicado dizendo que pelo menos, até terça-feira (6) o tráfego na BR-376 deveria permanecer interditado, mas a chuva desta terça-feira prorrogou esse prazo. “Quando as condições de segurança forem atendidas, a concessionária comunicará a PRF (Polícia Rodoviária Federal)”, diz nota da concessionária

ROTAS ALTERNATIVAS

A Polícia Rodoviária Federal coordena uma operação para o restabelecimento da normalidade do fluxo de veículos. Por enquanto, com o bloqueio, os motoristas são orientados a optar por um caminho alternativo. Quem partir de Curitiba a Santa Catarina pode ir pela BR-116 (de Curitiba a Mafra-SC) e depois pela SC-280, de Mafra até o entroncamento com a BR-101, em Joinville.

Outra rota possível passa pela BR-277. O motorista deve ir até Paranaguá e depois até Matinhos. Esse trajeto prevê a travessia por balsa em Guaratuba, logo há restrições para veículos pesados. O DER/PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) informa nesta semana permanecem restrições de horários e porte de veículos nas embarcações. As medidas são necessárias devido ao grande aumento do fluxo no local, causado pelo bloqueio da BR-376.

No deslizamento na noite de 28 de novembro morreram duas pessoas e 12 saíram com vida - seis foram resgatadas e outras seis conseguiram escapar dos veículos sem precisar de atendimento.

O que se sabe até o momento é que o grande volume de chuva provocou a saturação do solo. O deslizamento ocorreu porque parte da água que se infiltra no solo se depara com rochas impermeáveis, com isso a água não encontra passagem e começa acumular-se em único local. O solo saturado de umidade não consegue suportar tanta água e gera o deslizamento. A lama arrastou nove veículos e as buscas foram encerradas na sexta-feira (2).

INQUÉRITO

A PCPR (Polícia Civil do Paraná), por meio da Dedetran (Delegacia de Delitos de Trânsito), abriu um inquérito para investigar o deslizamento. O órgão informou que tem realizando diligências para esclarecer o ocorrido. A assessoria expôs que oitivas de vítimas e testemunhas estão sendo realizadas, mas a imprensa ainda não teve acesso ao teor dos depoimentos.

O gabinete de crise, formado pelo governo do Estado no dia seguinte ao deslizamento, foi desmobilizado a partir do momento que se encerraram as buscas, na sexta-feira (2). Nesse momento, a competência é da Polícia Rodoviária Federal e da Arteris, que vai atuar nos trabalhos de estabilização das estruturas da rodovia. A Sesp (Secretaria de Estado de Segurança Pública), informou haver uma equipe do Corpo de Bombeiros no local, mas apenas por prevenção.

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