Agrônomos debatem tecnologias voltadas à segunda safra
No Norte do Paraná, o milho é o principal grão cultivado como segunda safra, que começa a partir do mês de março, após a colheita da soja
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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
No Norte do Paraná, o milho é o principal grão cultivado como segunda safra, que começa a partir do mês de março, após a colheita da soja
Jéssica Sabbadini - Especial para a FOLHA

A AEA (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina) marcou para 28 de novembro a 2ª edição da Reunião de Tecnologia para Produção de Segunda Safra. O evento vai reunir nomes importantes do cenário do agronegócio brasileiro para tratar de assuntos voltados à tecnologia no campo, principalmente sobre o aumento da produtividade do milho, que é o principal grão cultivado como segunda safra na região. O evento vai ser realizado na sede da AEA, na rua Kozen Igue, 345, a partir das 7h30.
Presidente da AEA, Renato Arantes afirma que a realização de eventos tecnológicos já se tornou uma tradição dentro da associação, como no caso da Reunião de Tecnologia para a Produção de Soja, que já está em sua 15ª edição. Agora, o debate sobre a segunda safra também vem ganhando espaço por conta da importância que ela tem para os produtores rurais do Norte do Paraná.
Ele comemora o fato de que a associação vem sendo palco para a difusão de tecnologias voltadas ao agronegócio, o que valoriza a categoria ao mesmo tempo em que capacita e promove o networking entre os profissionais. “As práticas agronômicas tornaram o país a fortaleza que é no ponto de vista de produção nacional e fortalecimento do PIB”, aponta. O clima favorável e a segurança política fazem do país um “ambiente perfeito” para a produção agrícola em larga escala.
Diretor técnico da AEA, Adriano Custódio explica que a segunda safra recebe esse nome por ser cultivada após a soja, que é considerada a primeira safra. Na região, a soja é cultivada entre os meses de setembro e março e, na sequência, entra a segunda safra, sendo o milho o mais cultivado, correspondendo a mais de 70% das áreas, seguido pelo trigo, feijão e aveia.
O conceito de segunda safra surgiu entre o Norte do Paraná e o Sul de São Paulo por volta da década de 1980, sendo um processo que envolve tecnologia, melhoramento genético e controle de pragas. Por isso, o evento vem de encontro às necessidades dos produtores, em que os principais gargalos tecnológicos que impedem o aumento da produtividade vão ser discutidos na reunião, como a fertilização e a nutrição das plantas.
Gervásio Vieira, diretor de Política Profissional da AEA, garante que a associação também vem atuando para que, entre o período de colheita da segunda safra e o novo plantio da soja, seja feito um trabalho para que as práticas agrícolas tenham como foco a sustentabilidade de todo o sistema.
O evento deve reunir 250 participantes e é destinado para agrônomos, produtores rurais, técnicos e demais profissionais voltados ao agronegócio. As inscrições podem ser feitas na sede da AEA, na Kozen Igue, 345, das 8h às 12h.
Para os associados, a inscrição custa R$ 50; para quem não é associado, o valor é de R$ 100, sendo que em ambos os formatos é necessário levar dois quilos de alimentos não perecíveis, que serão doados para o Ilece (Instituto Londrinense de Educação para Crianças Excepcionais).

