Adolescente usava máscara de caveira e golpeou professora pelas costas
Vídeo de câmeras de segurança mostraram o momento do ataque feito por adolescente em escola de São Paulo
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 27 de março de 2023
Vídeo de câmeras de segurança mostraram o momento do ataque feito por adolescente em escola de São Paulo
Isabela Palhares, Isabela Menon e Francisco Lima Neto - Folhapress
SÃO PAULO, SP - O adolescente de 13 anos que esfaqueou uma professora em uma escola de São Paulo na manhã desta segunda-feira (27) invadiu a sala de aula usando uma máscara de caveira e golpeou a professora que estava de costas, segundo as imagens do circuito de interno.
Uma docente morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas, sendo três professores e dois alunos. Ainda não há informação sobre quem é a mulher que aparece sendo esfaqueada no vídeo ou sobre qual seu estado de saúde.
De acordo com o governo do estado, a vítima fatal é a professora de ciência Elizabeth Tenreiro, 71.
O ataque ocorreu na escola estadual Thomazia Montoro, na rua Adolfo Melo Júnior, na Vila Sônia, zona oeste da capital.
As imagens das câmeras mostram que o adolescente entra correndo em uma sala de aula e parte para cima da professora que estava em pé, atrás de uma mesa.
A docente não percebe a aproximação do agressor e é atingida violentamente por diversos golpes nas costas e cai.
Dezenas de estudantes entram em desespero e tentam sair da sala. Nesse momento, o agressor passa a tentar acertar os colegas e atinge alguns deles.
Os estudantes correm para fora da sala e o adolescente agressor vai atrás deles. Um dos alunos que continua na sala vai em direção à professora que está caída no chão. A imagem é cortada nesse momento.
Suspeito teria brigado com outro aluno na semana passada
Um segundo vídeo de monitoramento exibe o adolescente atingindo outra professora. Ele desfere vários golpes na mulher, que está em pé e tenta proteger a cabeça com os braços.
A docente cai ao chão e continua recebendo os golpes e é arrastada pelo aluno.
Duas mulheres entram na sala e uma delas consegue imobilizar o agressor e enquanto a outra retira a faca das mãos dele.
Um aluno disse à reportagem que o adolescente agressor chegou à escola normalmente para a aula como sempre fazia, mas colocou uma máscara com estampa de caveira e esfaqueou uma professora pelas costas.
Esse estudante afirmou que testemunhou na semana passada uma briga entre o suspeito e outro estudante, que tiveram de ser separados por um professor. Ele disse também que saiu correndo da escola quando viu o ataque e acabou torcendo o pé.
O suspeito tem 13 anos e é aluno do 8º ano do ensino fundamental. Ele foi apreendido pela polícia.
As vítimas foram socorridas e levadas para hospitais da região.
De acordo com a Polícia Militar, as informações sobre a ocorrência ainda estão sendo apuradas.
Governador lamenta
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), posicionou-se sobre o episódio em suas redes sociais. "Não tenho palavras para expressar a minha tristeza com a notícia do ataque a alunos e professores da Escola Estadual Thomazia Montoro. O adolescente de 13 anos já foi apreendido e nossos esforços estão concentrados em socorrer os feridos e acolher os familiares", escreveu.
Repercussão
Autoridades lamentaram nas redes sociais o ataque de um aluno em uma escola estadual na cidade de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (27). A professora de ciências Elizabeth Tenreiro, 71, morreu.
O combate à violência nas escolas deu o tom a alguns comentários.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que o adolescente foi apreendido e que o governo está concentrado em socorrer os feridos e acolher os familiares.
O ministro da Educação, Camilo Santana, manifestou solidariedade e colocou o MEC (Ministério da Educação e Cultura) à disposição do governo de São Paulo.
"Continuaremos oferecendo todo o suporte necessário às vítimas e suas famílias", escreveu o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) disse que é necessário trabalhar com políticas públicas por escolas menos violentas e mais seguras.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL) escreveu que é necessário combater a violência nas escolas.
O deputado estadual Tenente Coimbra (PL) defendeu a volta do programa de escolas cívico-militares em caráter de urgência. (Com Patrícia Pasquini - Folhapress)

