Nesta quinta-feira (11), a partir das 9 horas, será realizado o júri do professor universitário Laurindo Panucci Filho, acusado de matar a golpes de machado o diretor do campus da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná), Sérgio Roberto Ferreira, no município de Cornélio Procópio (Norte Pioneiro).

Crime ocorreu em campus da UENP Cornélio Procópio
Crime ocorreu em campus da UENP Cornélio Procópio | Foto: Gustavo Carneiro/12-2-2018

A reportagem apurou que o julgamento seguirá todos os protocolos de segurança relacionados à pandemia do novo coronavírus. Todos terão que usar máscaras, inclusive as partes que vão participar do processo. Haverá um distanciamento mínimo entre os participantes.

O júri será a portas fechadas, com a presença apenas das partes que vão compor a sessão plenária, dos jurados, do presidente do julgamento e dos funcionários do fórum convocados para a sessão.

Houve pedido de familiares para que participassem assistindo o julgamento no recinto, mas foi determinado que eles devem ficar do lado de fora. Por parte da defesa do réu houve pedido para que o julgamento não fosse transmitido pela internet, objeto que ainda será analisado.

A reportagem solicitou para a assessoria de comunicação do MPPR (Ministério Público do Paraná) uma entrevista com o promotor José Paulo Montesino, da 2ª Promotoria de Justiça de Cornélio, que está no caso, mas ele disse que só irá se manifestar após a realização do júri.

A reportagem entrou em contato com o advogado do réu, Diego Moreto Fiori. Ele respondeu: "Inteiramente não posso adiantar todas as desse defensivas, mais uma das teses como já dissemos é a legítima defesa", afirmou. Anteriormente a defesa sustentou que o professor fosse acusado por por lesão corporal seguida de morte em vez de homicídio.

ENTENDA O CASO

O diretor Sérgio Roberto Ferreira foi morto no dia 21 de dezembro de 2018, com golpes na cabeça. O réu confesso da morte do diretor é o professor Laurindo Panucci Filho, que foi detido no mesmo dia, em flagrante, no município de Teodoro Sampaio (SP), distante 260 km de Cornélio Procópio.

Em abril de 2019, quando interrogado no Fórum, ele afirmou que se arrependeu do que fez e disse que era amigo da vítima.