Acordo da Argentina com FMI deve sair em poucas semanas
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2000
Buenos Aires, 10 (AE) - O ministro da Economia da Argentina, José Luis Machinea, afirmou que o país deverá confirmar "em poucas semanas" um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional, segundo publicou o jornal Clarín.
O acordo envolveria a ampliação da linha de empréstimo ao país para US$ 5 bilhões, dos US$ 2,8 bilhões atuais.
O pacto teria a duração de três anos e representaria o fim dos termos firmados com o governo anterior, que não foram cumpridos.
Após concluir ontem, em Washington, uma série de reuniões com uma missão de técnicos do Fundo, o ministro argentino classificou como "muito bons" os entendimentos com o órgão e assegurou que conta com a compreensão do Fundo sobre as novas propostas argentinas para o acordo.
O ministro viajou aos EUA acompanhado pelos secretários Mario Vicens (Fazenda) e Daniel Marx (Financiamento e Mercado de Capitais).
A proposta de Machinea é firmar um plano com duração prevista de três a nos, colocando um fim ao acordo em vigor. A proposta argentina visa conservar os direitos de desembolsos de US$ 1,4 bilhão que a Argentina tem as assegurados, vinculados ao acordo de facilidades estendidas firmado por Roque Fernández.
Machinea pretende estabelecer metas anuais. Em relação ao ano 2000, o compromisso seria manter o déficit de 4,500 bilhões de pesos determinado pelo orçamento.
Além dos encontros com a missão do FMI, liderado pelo número dois do órgão, o vice-diretor gerente Stanley Fischer, Machinea e sua equipe também encontraram-se com o titular do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, Larry Summers, no qual o ministro argentino pediu para que o governo de Bill Clinton envie uma carta solicitando que o FMI aprove os termos do novo acordo.