Os hospitais psiquiátricos Vida e Nova Vida, localizados na zona oeste de Londrina e que têm contratos com a Secretaria Municipal de Saúde, enfrentaram no início de outubro mais um surto de Covid-19. Quarenta pacientes contraíram a doença e ficaram em quarentena por 10 dias. Segundo o assessor executivo das duas unidades, Felipe Urbanski, nenhum deles evoluiu para a fase grave. A confirmação dos casos fez com que a direção suspendesse novas internações.

Para o Nova Vida, a medida vale até esta quinta-feira (14). Já para o Vida, ela permanece até a semana que vem. Juntas, as entidades atendem 228 pessoas de todo o Paraná. "Durante a quarentena, intensificamos o monitoramento dos sintomas e, em caso de alguma piora, encaminhamos o internado para hospitais especializados. A Vigilância Epidemiológica também faz esse acompanhamento em tempo real", declarou.

Imagem ilustrativa da imagem 40 pacientes de hospitais psiquiátricos de Londrina testam positivo para Covid-19
| Foto: Isaac Fontana/FramePhoto

Urbanski explicou que uma investigação interna está em andamento para identificar a origem da contaminação. "Acima de três casos já é considerado como surto. Fizemos uma pesquisa e, a princípio, acreditamos que essa situação pode ter começado com um funcionário que testou positivo. Ele também passa bem e, assim como os outros, permaneceu assintomático. Tomamos todas as precauções necessárias", afirmou.

O representante ressaltou que as dependências foram higienizadas e os infectados ficaram isolados. As vagas são definidas pela Central de Regulação de Leitos que, entre outros critérios, avalia a situação do paciente e a localização da unidade psiquiátrica. "Se ele testar negativo, segue para a internação. Se não, vai para algum local de referência para tratamento da Covid-19", observou.

Os hospitais são administrados atualmente pela Associação de Amigos, Familiares e Doentes Mentais de Londrina. Os dois contratos foram assinados em março de 2020 com a prefeitura, que repassa cerca de R$ 1,2 milhão por mês, recursos que também chegam dos governos federal e estadual.

A FOLHA procurou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, mas ele não retornou o contato. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Londrina foi contatada, mas também não se manifestou.

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