FOLHA VEST/ CADERNO 2

01. (UEL)

TEXTO BASE 1

As vacinas são uma das mais belas criações da humanidade. Uma delas erradicou a varíola, outras derrubaram as mortes por febre amarela, sarampo e meningite e são elas que agora sustentam a volta à vida depois do período mais duro da pandemia de Covid -19. Seu princípio básico de funcionamento é tremendamente simples: estimular o corpo a identificar e combater um agente estranho ao organismo. Baseados nesse conceito, há décadas pesquisadores na área do câncer perguntam -se qual seria o efeito do recurso contra a doença, uma vez que os tumores são conglomerados anormais de células crescendo entre os tecidos, configurando-se, portanto, em algo alheio à natureza dos órgãos. Não tem sido fácil achar a resposta, mas o anúncio feito há duas semanas pela Cleveland Clinic, dos Estados Unidos, mostra que os estudiosos raciocinam no caminho certo.

Considerado um dos melhores do mundo, o centro americano de tratamento e pesquisa em saúde informou o início de um estudo clínico para testar a eficácia e segurança de uma vacina na prevenção e tratamento do tipo mais agressivo de câncer de mama. Se der c erto, será o primeiro imunizante capaz de evitar diretamente o surgimento de um tumor. Atualmente, há opções de proteção indireta, como as vacinas de HPV e da hepatite B. A primeira atua sobre alguns tipos do Papilomavírus humano responsáveis por tumores, como o q ue causa câncer de colo de útero. A segunda protege de infecções pelo vírus da hepatite B, doença que promove inflamação crônica do fígado, tornando as células do órgão vulneráveis à proliferação descontrolada (característica do câncer).

Participarão do ensaio clínico entre 18 e 24 pacientes que tiveram o diagnóstico do câncer em etapa inicial nos últimos três anos, encontram-se sem o tumor, mas apresentam grande risco de recidiva. Até setembro de 2022, quando esse braço da pesquisa será encerrado, cada uma receberá três doses da vacina, aplicadas com intervalos de duas semanas entre cada uma. Nessa fase, o objetivo é examinar a resposta imune desencadeada pela vacina e efeitos colaterais. Ou seja, avaliar o desempenho do imunizante do ponto de vista terapêutico.

Adaptado de: PEREIRA, Cilene. Uma vacina tão esperada. Veja. São Paulo: Ed. Abril. 10 de novembro de 2021. ed. 2763, ano 54, nº 44, p. 62-63.

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um fato comprovado pelo texto.

a) Cientistas americanos descobriram a cura de uma modalidade de câncer, graças aos equipamentos e recursos financeiros que o país possui.

b) Obstáculos sociais e precariedade de equipamentos brasileiros dificultam que cientistas desenvolvam pesquisas semelhantes no Brasil.

c) Testes clínicos com pacientes potencialmente reincidentes são fundamentais no experimento para o alcance de respostas

d Os Estados Unidos apresentam dados alarmantes sobre o tipo de câncer mais agressivo de mama.

e) Toda pessoa que teve câncer de mama, e se encontra livre do tumor, voltará a desenvolver a doença.

02. (UEL)

TEXTO BASE 2

Leia a crônica a seguir, retirada do livro Histórias que os jornais não contam, de Moacyr Scliar, e responda à questão.

Nesta enquete eleitoral a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (23/10/2005)

O estatístico acordou e, como sempre o fazia, espiou pela janela. Céu nublado. Deveria levar o guarda -chuva? Com base em sua experiência pregressa, avaliou a possibilidade de chuva em 38%, com uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Decidiu não levar o guarda-chuva, mesmo porque já havia esquecido três ou quatro no escritório.

A mulher dormia ainda e ele decidiu não acordá-la; professora universitária, ela tinha ficado até a meia noite corrigindo trabalhos. Merecia o descanso. E de repente uma pergunta lhe ocorreu: será que ainda se amavam? Qual era a possibilidade de que isso acontecesse depois de quinze anos, três meses e oito dias de casamento, depois de dois filhos, um com treze anos, seis meses e sete dias, outro com dez anos, dois meses e 20 dias? Poderia arriscar uma cifra, mas decidiu não fazê-lo, mesmo porque estava atrasado. Engoliu rapidamente o café (frio: cerca de 32 graus, concluiu, e não costumava errar: sua chance de acertar a temperatura dos líquido s era de cerca de 91%, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos). Desceu para a garagem do prédio e entrou no carro, um velho Gol. O motor não quis pegar, e por um momento ele temeu que o automóvel o deixasse na mão. Mas as chances de que isso acontecesse eram de apenas 12%, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e logo ele estava no trânsito, congestionado como sempre. Estimou a sua chance de chegar no horário em 72%, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. De fato, às nove em ponto estava sentando à sua mesa.

Tinha várias pesquisas para examinar naquele dia. As chances de uma marca de sabão ser preferida em relação à outra, as chances de um candidato à presidência de empresa ser eleito em relação a outro. Um trabalho a que estava habituado e que em geral transcorria com facilidade; as chances de concluir a análise de uma pesquisa em duas horas e trinta e oito minutos eram de 83%, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O fato, porém, é que uma pergunta o atormentava: será que ainda amava a esposa? Na semana anterior a empresa havia admitido uma nova estatística, moça simpática e linda que fizera balançar o seu coração. Naquele momento o telefone tocou. Era a mulher: só queria dizer que o amava. E ele, jubiloso, concluiu que também a amava. As chances eram de 100%. Com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais, só para mais.

SCLIAR, Moacyr. Para mais ou para menos. In: Histórias que os jornais não contam. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p.121- 122.

Com base na crônica, assinale a alternativa correta

a) Essa crônica, assim como a maioria das demais que integram o livro de Moacyr Scliar, destina-se ao comentário do texto que funciona como ponto de partida. Aqui, ao comentário de uma questão metodológica acerca de pesquisa eleitoral se soma a descrição da vi da e da rotina profissional de um estatístico.

b) O texto que é ponto de partida para a crônica de Moacyr Scliar e o trabalho desempenhado na história transcrita são marcados pelo manejo de previsibilidade e de cálculos, entre outras questões. O texto do cronista aprofunda -se no plano narrativo, focaliza um estatístico como personagem e se detém sobre sua vida afetiva, redimensionando noções como risco e erro.

c) Ao contrário das crônicas que predominam no livro de Moacyr Scliar, esta é concentrada no registro de impressões e sensações suscitadas por acontecimentos banais de naturezas diversas. A subjetividade que daí emerge entra em choque com o teor frio, neutro e objetivo que se espera de um texto amparado em números.

d) O texto que serve de base para esta crônica de Moacyr Scliar é desprovido de elementos inusitados que dão origem a outras produções do autor incluídas no livro. É, no entanto, no processo de recriação conduzido pelo cronista, neste texto, que o inverossímil entra em cena com situações surpreendentes que desafiam as expectativas até do próprio estatístico.

e) Um ponto em comum entre essa crônica de Moacyr Scliar e o texto que lhe dá origem é a ênfase em perspectivas baseadas em cálculos. O fictício assume lugar de relevância na composição do autor quando surgem as brechas e os riscos que ameaçam a rotina repetitiva: o automóvel cujo funcionamento é irregular; e a contratação da moça para a empresa em que ele trabalhava.

03. (UEL)

Leia o fragmento retirado da obra Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e responda à questão.

TIÃO – Papai...

OTÁVIO – Me desculpe, mas seu pai ainda não chegou. Ele deixou um recado comigo, mandou dizê pra você que ficou muito admirado, que se enganou. E pediu pra você tomá outro rumo, porque essa não é casa de fura -greve!

TIÃO – Eu vinha me despedir e dizer só uma coisa: não foi por covardia!

OTÁVIO – Seu pai me falou sobre isso. Ele também procura acreditá que num foi por covardia. Ele acha que você até que teve peito. Furou a greve e disse pra todo mundo, não fez segredo. Não fez como o Jesuíno que furou a greve sabendo que tava errado. Ele acha, o seu pai, que você é ainda mais filho da mãe! Que você é um traidô dos seus companheiro e da sua classe, mas um traidô que pensa que tá certo! Não um traidô por covardia, um traidô por convicção!

TIÃO – Eu queria que o senhor desse um recado a meu pai...

OTÁVIO – Vá dizendo.

TIÃO – Que o filho dele não é um “filho da mãe”. Que o filho dele gosta de sua gente, mas que o filho dele tinha um problema e quis resolvê esse problema de maneira mais segura. Que o filho dele é um homem que quer bem!

Adaptado de: GUARNIERI, Gianfrancesco. Eles não usam black-tie. 36ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. p. 101-102

Acerca dos recursos linguístico-semânticos utilizados no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. A língua escrita é a mais “correta”, enquanto a língua oral é repleta de “erros”, “falhas”, “inculta”, o que pode ser comprovado pelos exemplos: “Me desculpe”, “dizê”, “tomá”, “traidô”.

II. Há no texto uma influência da oralidade. Na língua, as expressões distinguem-se geográfica, social e historicamente. A fala espontânea varia da mesma forma: não há as mesmas atitudes linguísticas na burguesia e na classe operária, na conversação de adultos e n a de adolescentes.

III. Os termos “dizê”, “acreditá”, “traidô”, “tava” e “resolvê” são exemplos da variedade linguística do grupo social retratado no texto teatral.

IV. O texto teatral dialoga com seu público-alvo. Em muitos textos escritos, encontram-se “pegadas” da fala a fim de persuadir o leitor e torná-lo participante ativo da mensagem em seu papel de interlocutor.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

04. (UEL)

Leia a crônica a seguir, de Luis Fernando Veríssimo, e responda a questão

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por se r tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferior idade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença.

Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre quebram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando “Não me olhem! Não me olhem!”, só para chamar a atenção.

O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coi sa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.

O tímido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez , vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra.

O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pe ssoas são uma multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma platéia, o tímido não pensa nos membros da platéia como indivíduo s. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a platéia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será l embrado quando as estrelas virarem pó.

VERISSIMO, Luis Fernando. Da Timidez. In: Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 111-112.

Acerca dos recursos linguístico-semânticos utilizados nos dois primeiros parágrafos da crônica, assinale a alternativa correta.

a) No fragmento “Tão secreto que nem ele sabe”, o pronome “ele”, presente na oração com sentido de consequência, refere -se ao termo “notório”, citado anteriormente.

b) No trecho “porque só ele acha que se sentir inferior é doença”, a ideia conclusiva é reforçada pela presença da palavra denotativa “só”, que indica inclusão.

c) Em relação ao termo “para”, em destaque no segundo parágrafo, o papel desempenhado e o efeito de sentido é o mesmo nas duas ocorrências.

d) A expressão “carro alegórico” é utilizada no texto como um exemplo de figura de linguagem denominada hipérbole.

e) No fragmento “assim ninguém descobre sua timidez”, o termo “assim” indica noção temporal.

05. (UEL)

Projeto ajuda a interromper ciclo de violência contra mulheres

Em Sergipe, um projeto tem ajudado a interromper o ciclo de violência contra mulheres. Foram 16 anos sofridos em silêncio até que ela resolveu dar um basta. “Quando eu saí de casa, fui para a casa de minha mãe. Ele me ligou, esculhambou de tudo, falou que estava indo para a casa da minha mãe para me bater, para quebrar meus dentes, para fazer o que ele queria. Foi nessa hora que resolvi ir para a delegacia e prestei queixa”, disse a mulher.

A queixa virou um acordo entre o casal. Ao invés de responder a um inquérito, uma vez por semana, o ex-marido frequenta um grupo só para homens. Antes do primeiro empurrão, do tapa, geralmente existe a agressão verbal seguida de ameaça. Os homens que foram denunciados por esse tipo de agressão estão no grupo para aprender a enxergar a mulher com outros olhos, com respeito. Uma mudança de comportamento que fez romper o ciclo da violência doméstica. “A ideia do grupo é uma mudança de atitude, de comportamento, mesmo que você não concorde. Está na lei”, diz a psicóloga aos homens. Sandra Aiaish Menta, doutora em psicologia da Universidade Federal de Sergipe, tem um papel fundamental. “Quando eles chegam ao grupo, a gente tem que sensibilizá-los de que aquilo que eles fizeram é algo que é uma agressão ao outro”, disse. A cada encontro, novas descobertas. Um homem que sequer admitia que era agressor está na sexta reunião e já mudou de atitude. “Reconheço sim, reconheço que errei com ela. O grupo ajudou muito, graças a Deus”, disse. Mas se ele voltar a ser violento, n ão tem acordo.

“A gente vai trabalhando numa escalada: para os crimes mais simples, oferecendo a mediação. Houve descumprimento, a gente vai para investigação com medida protetiva. Se ele descumprir, a gente pede a prisão”, disse a delegada Ana Carolina Machado Jorge.

O projeto é uma parceria da Universidade Federal de Sergipe com a prefeitura e delegacia da cidade de Lagarto. Começou há sei s anos e, nesse tempo, foi registrado apenas um caso de feminicídio na cidade. Pelo grupo já passaram mais de 300 homens e muitas foram as lições. “Estou aprendendo várias coisas. Se eu pudesse não errar, voltava para trás”, disse o homem.

Adaptado de: g1.globo.com

Acerca do último parágrafo “O projeto é uma parceria da Universidade Federal de Sergipe com a prefeitura e delegacia da cidad e de Lagarto. Começou há seis anos e, nesse tempo, foi registrado apenas um caso de feminicídio na cidade. Pelo grupo já passaram mais de 300 homens e muitas foram as lições. ‘Estou aprendendo várias coisas. Se eu pudesse não errar, voltava para trás’, disse o homem”, considere as afirmativas a seguir.

I. O trecho “um caso de feminicídio” é complemento verbal nesse período.

II. O sujeito do verbo “começou” foi citado anteriormente: “projeto”.

III. O verbo “passaram” concorda com o sujeito “mais de 300 homens”.

IV. A expressão “as lições” é sujeito do verbo “foram”.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

06. (UEL)

Leia o Texto e responda à questão.

Texto

O Cio da Terra

Debulhar o trigo

Recolher cada bago do trigo

Forjar no trigo o milagre do pão

E se fartar de pão

Decepar a cana

Recolher a garapa da cana

Roubar da cana a doçura do mel

Se lambuzar de mel

Afagar a terra

Conhecer os desejos da terra

Cio da terra, a propícia estação

E fecundar o chão

(NASCIMENTO, M.; HOLLANDA, C. B. Cio da Terra. 1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br/chico buarque/86011/. Acesso em: 3 jul. 2008.)

Os quatro últimos versos da música referem-se à importância do solo para a agricultura. Nas regiões tropicais do Brasil, os solos que perdem sua cobertura vegetal para permitir o cultivo ficam sujeitos a uma elevada pluviosidade. A grande infiltração de água no solo desencadeia dois processos importantes: (1) o surgimento de crostas formadas a partir da concentração de hidróxidos de ferro e alumínio em certos tipos de solo, o que pode impedir a penetração das raízes, e (2) a remoção, do solo, de sais minerais hidrossolúveis, o que diminui a sua fertilidade.

Assinale a alternativa que correta e respectivamente identifica os processos descritos.

a) Desidratação e compactação

b) Laterização e lixiviação.

c) Compactação e lixiviação.

d) Salinização e desidratação.

e) Laterização e salinização.

07. (UEL)

O Norte do Paraná só foi integrado à economia nacional nos anos 1930 por meio das ações da Companhia de Terras Norte do Paraná. As populações indígenas que habitavam a região, especificamente a caingangue, pouco tiveram de suas histórias preservadas ou registradas.

Sobre a ocupação que antecedeu os caingangue e que pode ser chamada de experiência guaranítica (Séc. XVIXVII), atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) A Gobernación del Assunción ligava-se à região do Reino do Paraguai sob controle espanhol, mas de interesse geopolítico para Portugal.

( ) Às margens dos rios Paranapanema, Tibagi, Ivaí e Piquiri foram fundadas reduções jesuíticas para o aldeamento dos índios.

( ) A destruição das reduções jesuíticas nessa região deveu-se ao expansionismo paulista que, por meio de bandeiras, fazia a preação dos indígenas.

( ) A região passou ao domínio português a partir do Tratado de Madri, assinado em 1750, que aboliu o Tratado de Tordesilhas.

( ) A estrada do Peabiru tornou-se um meio estratégico de defesa da população guarani no conflito contra os bandeirantes.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V, V, F, V, F.

b) V, V, V, F, F.

C) F, V, V, V, F

d) F, F, V, F, V.

e) F, F, V, V, V.

08. (UEL)

A questão relaciona-se, de modo geral, a um ou mais dos subtemas escassez de alimentos, fome, miséria social.

Leia os Textos I e II e responda a questão

Texto I

Thomas Malthus (1766-1834) assegurava que, se a população não fosse de algum modo contida, dobraria de 25 em 25 anos, crescendo em progressão geométrica, ao passo que, dadas as condições médias da terra disponíveis em seu tempo, os meios de subsistência só poderiam aumentar, no máximo, em progressão aritmética.

Texto II

A idéia de um mundo famélico assombra a humanidade desde que Thomas Malthus previu que no futuro não haveria comida em quantidade suficiente para todos. Organismos internacionais – Organização das Nações Unidas, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional – chamaram a atenção para a gravidade dos problemas decorrentes da alta dos alimentos. O Banco Mundial prevê que 100 milhões de pessoas poderão submergir na linha que separa a pobreza da miséria absoluta devido ao encarecimento da comida. (Adaptado: FRANÇA, R. O fantasma de Malthus. Veja. 23 abr. 2008.)

Com base nos Textos I e II e nos conhecimentos sobre o tema da fome no mundo, considere as afirmativas.

I. Nas previsões sobre o problema da fome, contidas nos Textos I e II, estão excluídas considerações sobre a heterogeneidade socioespacial desse problema na escala mundial.

II. No Texto I, a explicação sobre as causas da escassez de alimentos baseia-se em uma combinação de fatores dentre os quais está ausente a evolução da produtividade no setor primário da economia.

III. No Texto II, o crescimento populacional que culminará no aumento de 100 milhões de pessoas pobres no mundo é apontado como o responsável pela expansão da fome.

IV. No Texto II, para os organismos internacionais, as previsões de Malthus se confirmaram, pois a atual expansão do número de famélicos se deve à insuficiência estrutural da produção mundial de alimentos.

Assinale a alternativa correta

a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

09. (UEL)

Leia o texto a seguir.

Num lugar escolhido da biblioteca do mosteiro [de Ulm] ergue-se uma magnífica escultura barroca. É figura dupla da história. Na frente, Cronos, o deus alado. É um ancião com a fronte cingida; a mão esquerda segura um imenso livro do qual a direita tenta arrancar uma folha. Atrás, e em desaprumo, a própria história. O olhar é sério e perscrutador; um pé derruba uma cornucópia de onde escorre uma chuva de ouro e prata, sinal de instabilidade; a mão esquerda detém o gesto do deus, enquanto a direita exibe os instrumentos da história: o livro, o tinteiro e o estilo.

RICOEUR, P. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Ed. UNICAMP, 2007, p. 67.

Segundo a mitologia grega, Clio, a musa da história, é filha de Zeus e de Mnemósine, a memória. Sobre memória e história, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) A memória é a recordação das coisas que ficaram no passado, desvinculada do presente e da experiência histórica.

( ) A história é a forma de conhecimento que investiga aquilo que os seres humanos construíram no tempo e no espaço; neste sentido, ela é materialista.

( ) A memória é mais verdadeira que a história, porque se relaciona com a experiência vivida pelo indivíduo, e a experiência é mais fidedigna que a representação.

( ) A memória coletiva é aquela que, compartilhada por um grupo, substitui a história devido ao conceito de experiência.

( ) A história utiliza-se dos veículos de memória para garantir a objetividade necessária a toda forma de conhecimento.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V, V, F, F, V.

b V, V, V, F, F.

c) F, V, F, F, V

d) F, F, V, V, F.

e) F, F, F. V. V.

10 (UEL)

No final da década de 1920, o capital britânico adquiriu uma grande extensão de terras do estado do Paraná com a finalidade d e abrir a fronteira ao norte. Rapidamente essas terras foram negociadas e, nos anos iniciais da década seguinte, surgiram na região comunidades chamadas Heimtal, Warta, Gleba Colônia Roland, Nova Dantzig, Bratislava, dentre outras. Durante a II Guerra Mundial, Nova Dantzig teve seu nome alterado para Cambé, e a Colônia Roland, para Caviúna, posteriormente Rolândia, após o conflito. Sobre a ocupação do Norte do Paraná, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) Em 1939, nazistas e comunistas assinaram um acordo de cooperação sob o lema “Europa acima de tudo”, que estabelecia ações político-militares para imposição dos valores ocidentais e cristãos por todo o continente e áreas de domínio fora dele.

( ) Warta, Gleba Colônia Roland, Nova Dantzig e Bratislava são topônimos que indicam as dinâmicas étnicas europeias, as quais, no período entreguerras, passaram por acomodações e reacomodações geográficas, políticas e sociais diversas.

( ) Durante o Estado Novo, o ditador Getúlio Vargas, após declarar guerra ao Eixo, proibiu que regiões e municípios mantivessem denominações de origem germânica, italiana e japonesa.

( ) Imigrantes europeus que se dirigiram ao Sul do Brasil praticaram a agricultura monocultora em grandes propriedades de terra utilizando a mão de obra volante e o sistema de parcerias, implicando no surgimento de cooperativas agrícolas.

( ) Populações indígenas e grupos sertanejos que habitaram o Norte Paranaense e construíram sua vida em equilíbrio com a floresta de Mata Atlântica, passaram a ser trabalhadores vinculados ao modo de produção capitalista.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta

a) V, V, V, F, F.

b) V, F, V, F, V.

c) F, V, V, F, V

d) F, V, F, V, F.

e) F, F, F, V, V.

11. (UEL)

Leia os textos a seguir.

Como dois e dois são quatro

Sei que a vida vale a pena

Embora o pão seja caro

E a liberdade, pequena

Ferreira Gullar, Dois e Dois: Quatro, 1966.

Meu amor,

tudo em volta está deserto, tudo certo

tudo certo como dois e dois são cinco

Caetano Veloso, Como Dois e Dois, 1971.

Os textos fazem críticas explícitas e implícitas à ditadura civil-militar que governou o Brasil entre 1964-1984. Com base nos textos e nos conhecimentos históricos sobre o período, considere as afirmativas a seguir.

I. A ditadura civil-militar estabeleceu a censura de cunho político e moral-comportamental às manifestações artísticas, atingindo os veículos de cultura.

II. A Tropicália fazia a crítica aos costumes assim como disseminava os ideais libertários pregados pelos movimentos de contracultura.

III. A ditadura civil-militar declinou de produzir propaganda sobre o regime, deixando as campanhas publicitárias aos custos da indústria automobilística.

IV. A Jovem Guarda sofreu forte impacto da censura devido à defesa da utilização dos instrumentos elétricos e da vestimenta folk.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Confira o gabarito com as respostas deste simulado