E chegamos no Paraná, meu Estado natal. Sou de Sertaneja, pequenina cidade perto da divisa com São Paulo – Ponte Charles Naufal sobre o Rio Paranapanema - de Leópolis, Cornélio Procópio, Rancho Alegre, Sertanópolis, etc. Terra vermelha, de gente trabalhadora, do café, da soja, de terras agrícolas mais valorizadas do norte do Estado. Conheci Bandeirantes, Andirá, Cambará, Jacarezinho, Santo Antônio da Platina, porque íamos assistir aos jogos de futebol.

Meu pai era presidente do Clube Recreativo Sertaneja e, nos dias de jogo, ele arrumava o nosso caminhão e motorista para os torcedores assistirem e nós íamos com ele de carro. Era muito bom ! Quando chegávamos à noite em casa, o papai telefonava para o Tatinha, aqui de Londrina, para dar o resultado do jogo; uma vez ele me pediu para telefonar.

Era início dos anos 80 e iam acabar com as Sete Quedas para dar lugar a uma usina. Um grupo de japoneses de Uraí e Assaí, organizou uma excursão e eu fui junto. Consegui atravessar apenas a primeira ponte, porque era ponte pênsil, balançava muito e era alta. Fiquei esperando o grupo voltar do passeio. Hoje temos nesse lugar, a Usina Hidrelétrica Itaipu. Pensem num pessoal companheiro e solidário; na hora das refeições, os japoneses abriram umas caixas e fizeram questão de repartir o que tinham levado de alimentos na viagem.

Curitiba, nossa capital, cidade com uma linda arquitetura, do Jardim Botânico, da Ópera de Arame, da Rua 15, da feirinha do Largo da Ordem, do Museu Oscar Niemeyer (do Olho), do Guatupê, da Universidade Federal do Paraná, do Teatro Guaíra onde cantei com o Coral da UEL. Viajei pela Estrada da Graciosa que atravessa a Serra do Mar, uma bonita rota turística, com quiosques, mirantes, paisagens muito bonitas; em seguida, Morretes, Antonina, Porto de Paranaguá. E as praias paranaenses, Matinhos, Guaratuba, Caiobá...

Quantas excursões!!! Era muito legal, porque a chefe delas sempre levava uma cozinheira; nossa única preocupação era nos divertir, ir à praia, passear, ir às discotecas. Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, as Cataratas do Iguaçu, uma das maiores cachoeiras do mundo, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, Parque das Aves, Marco das Três Fronteiras. O Paraná é um Estado muito bonito e conheci também muitas outras cidades.

Continuando a viagem para o Sul do Brasil, chego a Santa Catarina, um Estado com muitas ilhas, praias e montanhas. A praia mais famosa é Balneário Camboriú, onde estive muitas vezes; Blumenau, Itajaí e não conheço muito bem Florianópolis, só de passagem. A minha amiga Lídia e eu fizemos o passeio no Barco Príncipe, saindo de Joinville até São Francisco do Sul, percorrendo as 14 ilhas, com direito a almoço e diversão a bordo. Um passeio imperdível!

E, por fim, chego ao Rio Grande do Sul. Porto Alegre só de passagem, mas conheci Santo Antônio da Patrulha, onde minha irmã Idivanda foi morar quando se casou; Novo Hamburgo onde o Coral da UEL também se apresentou, Osório, as praias de Torres, Tramandaí. Uma excursão que fiz e gostei muito foi “ Natal Luz de Gramado”. Cidade linda, pessoal acolhedor, educado, toda decorada para o Natal; assisti ao desfile de carros alegóricos, show de luz, uma linda trilha sonora, depois o Papai Noel chega de trenó, trazendo luzes, cores e efeitos especiais para a avenida. Tudo mágico, encantador! Depois, fizemos um passeio de Maria Fumaça, de Gramado, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Garibaldi, passando por vinícolas.

Descíamos em cada estação, onde já estava pronta uma mesa para degustação de vinho; tomávamos e em seguida, continuávamos o passeio. No trem, grupos italianos cantaram e dançaram, numa alegria contagiante. Conhecemos algumas vinícolas, fábricas de chocolates em Gramado e Canela, comemos em cantinas italianas.

O Brasil é um lindo país, muito grande e com lugares belíssimos; falta pouco para conhecer o restante, mas está sendo planejado. Então, pessoal, vamos viajar, porque viajar é bom.

IDIMÉIA DE CASTRO é assinante e leitora da FOLHA