UEL recebe diretor da JBS para debater surto de gripe aviária no
Evento da UEL reúne acadêmicos e setor produtivo após confirmação do primeiro foco do vírus IAAP em granja comercial brasileira.
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quarta-feira, 11 de junho de 2025
Evento da UEL reúne acadêmicos e setor produtivo após confirmação do primeiro foco do vírus IAAP em granja comercial brasileira.
Nathalia Rosa

Na tarde da última terça-feira, dia 10, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) iniciou a 17ª Semana Acadêmica de Zootecnia e recebeu o diretor da JBS, José Antonio Ribas, em uma palestra sobre os impactos de uma possível pandemia de gripe aviária.
No dia 15 de maio, foi confirmado o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no país. O vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) foi identificado em uma granja no estado do Rio Grande do Sul, no município de Montenegro. O vírus já circulava pelo Brasil desde 2023, mas somente agora infectou uma granja comercial.
Em entrevista à FOLHA, José Antonio Ribas, atual diretor da JBS no Rio Grande do Sul, apontou que o risco de contaminação em humanos é baixo: “É um contágio muito de espécie para espécie, de ave para ave. Transita em outras espécies, mas transita de uma forma sem causar muitos danos. Então, eu diria que o consumo de proteína está absolutamente protegido”.
Atualmente, o Rio Grande do Sul passa por um processo de "vazio sanitário", que prevê 28 dias para a erradicação total da doença na região, o que ocorrerá em 19 de junho, caso nenhum novo caso seja confirmado.
Segundo a Fecomércio do Paraná, o comércio de carne de frango e aves para outros países teve uma redução de 20,9% em maio, indicando um possível impacto da gripe aviária no país. O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, e a suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil abrangia 47 países.
O vírus aviário circula pelo mundo todo desde 2006. Ribas afirma que a contaminação no Brasil era inevitável: “A gente vai aprender a conviver, assim como aprendemos a conviver com outros vírus na humanidade. Precisamos ter todas as contenções possíveis para que o vírus não se torne mais relevante que a produção. Mas era inevitável, como foi inevitável na América do Norte, como foi na Ásia e na Europa”.

