Com o tema “Tempos de muito pasto e pouco rastro no Meio Rural”, o 1º Congresso Internacional de Turismo Rural e Ruralidades pretende debater possibilidades de geração de renda, trabalho e riqueza do Turismo Rural.

Imagem ilustrativa da imagem UEL organiza congresso internacional sobre Turismo Rural e Ruralidades
| Foto: Ricardo Chicarelli/ 07-08-2017

Com mais de 40 anos de existência e em evolução, o Turismo Rural ainda não se tornou tendência no Brasil – em um nível de superar o turismo tradicional de agências de viagem. O coordenador do I-CITRR, Nilson Cesar Fraga, traça o movimento ascendente da prática. “O Turismo Rural tem ganhado importante destaque nesse século, sobretudo para as pessoas que desejam ter um contato direto com o modo de vida rural, da natureza, da agricultura e das culturas locais, com forte apelo para a hospedagem domiciliar em ambientes comprovadamente rurais, onde a propriedade segue produzindo o sustento do seu proprietário. O Turismo Rural ajuda na contenção do êxodo rural e estimula a produção local, pois além da agricultura e da pecuária, ele promove o aumento da renda dos trabalhadores do campo”.

A escolha do tema “tempos de muito pasto e pouco rastro no Meio Rural” busca abranger o momento atual da pandemia, além de ser uma frase que representa o impacto do avanço da monocultura e do êxodo rural. “Inquestionavelmente, o Turismo Rural e as pequenas cidades, terão um papel central na retomada econômica do setor de turismo. Quando as pessoas voltarem a circular e a viajar, muitas optarão por ir ao interior, onde se encontram possibilidades seguras no meio rural e na natureza, distante dos grandes centros que oferecem turismo de massa”, afirma Nilson Fraga.

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| Foto: Divulgação

O coordenador do evento é especialista na história da Guerra do Contestado e como conta, em 2002, apresentou uma proposta inédita chamada de Turismo de Guerra para os municípios ligados a Guerra do Contestado no Paraná e Santa Catarina. "A proposta trata de uma proposição de turismo que envolve mais do que o Turismo Rural, Turismo de Aventura, Turismo Cultural, pois essas cidades poderiam oferecer ao turista os sítios históricos dos tempos de guerra. Quase todos estão localizados em pequenas propriedades do interior de General Carneiro, União da Vitória, Irani, Lebon Régis, Timbó Grande, Matos Costa e Calmon, por exemplo”, afirma. Fraga é autor de livros sobre a Guerra do Contestado, entre eles, “Vale da Morte: o Contestado visto e sentido - Entre a cruz de Santa Catarina e a espada do Paraná", “Contestado: o território silenciado” e “Adeodato: o homem que fugiu do inferno”.

O 1º Congresso Internacional de Turismo Rural e Ruralidades (I-CITRR) será realizado, entre os dias 3 e 5 de novembro, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). O evento terá na organização o Departamento de Geociências e os grupos de pesquisa Laboratório de Geografia, Território, Meio Ambiente e Conflito e Observatório da Região e da Guerra do Contestado, do Centro de Ciências Exatas (CCE). Na mesma semana, além do evento sobre Turismo Rural, a Universidade irá promover o 12º Congresso Brasileiro de Turismo Rural, o 3º Congresso Brasileiro da Guerra do Contestado e a 37ª Semana de Geografia da UEL.

Entre os palestrantes e conferencistas dos eventos, a organização tem a confirmação de representantes do Amazonas, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pará, Santa Catarina, Espanha e Portugal. Serão apresentadas conferências, mesas redondas, relatos de experiências, apresentações artísticas e mostra virtual de produtos e serviços de Turismo Rural, Turismo Caboclo, Turismo De Guerra, Turismo Militar, Agroturismo, Turismo de Aventura, Cicloturismo e Turismo Criativo.

O evento será realizado de forma virtual. Inscrições estão disponíveis gratuitamente pelo site https://turismorural2021.wordpress.com/. A realização terá o apoio da Universidade de Extremadura (Espanha), Instituto Iberoamericano de Turismo Rural, Universidade de Évora-CIDEHUS (Centro Interdisciplinar de História Culturas e Sociedades), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual do Paulista (UNESP/Rosana) e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

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