Robô aprimora a produção
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sexta-feira, 31 de maio de 2013
O robô instalado na fazenda Santa Cruz de Baixo foi desenvolvido pela empresa sueca De Laval. Entre os destaques do equipamento, conta Rafael Martins Garcia, especialista da empresa, está o fato de que cada sugador calcula a quantidade e a qualidade do leite que sai de cada teto. Além de identificar problemas de saúde comuns nos animais, como mastite, escoriações, entre outros, e enviar uma mensagem à central. "Se o leite estiver contaminado com sangue ou alguma impureza, o VMS identifica a inconformidade e não manda esse leite para o tanque resfriador. O equipamento encaminha o material para outro recipiente para ser analisado", explica Garcia.
Quando uma fêmea está sendo ordenhada, o produtor pode saber o quanto ela produz por teto, a qualidade desse leite e a quantidade de comida que ela consome. Conforme Armando Rabbeas, proprietário da fazenda, ao sentirem o úbere cheio, as vacas já sabem para onde devem ir. "Em uma semana, elas se acostumaram ao robô."
Rabbeas, que possui 280 animais, 115 em lactação, revela que, com o equipamento, a produtividade aumentou. O motivo foi a redução do estresse dos animais que, muitas vezes, ficavam o dia todo com o úbere cheio porque a ordenha, na maioria das fazendas, só ocorre duas ou três vezes ao dia. "A falta de mão de obra também foi outro fator determinante para a compra do equipamento." Com o novo sistema, cada animal demora entre dez e 12 minutos para ser ordenhado. Atualmente, Rabbeas produz 4 mil litros de leite por dia.
Investimento
O equipamento custava R$ 1 milhão quando chegou ao Brasil. Com o aumento da demanda e a redução de preços dos produtos importados, o sistema completo fica em torno de R$ 400 mil. Rabbeas salienta que o investimento nesse tipo de equipamento só vale a partir de um plantel de 60 animais em lactação. (R.M.)