O engenheiro agrônomo Erich Duarte traz um raio-x do manejo de adubação e da cultura em publicação que pode auxiliar os ganhos dos produtores no Norte do Paraná

A ideia principal da publicação é concentrar em apenas um volume informações que estão muito dispersas na literatura especializada.
A ideia principal da publicação é concentrar em apenas um volume informações que estão muito dispersas na literatura especializada. | Foto: Divulgação

Uma planta com valor nutricional altamente proteico e de muita rentabilidade para pequenos produtores, a alfafa hoje tem seu principal mercado a alimentação de equinos e bovinos de leite, através do feno ou peletizada, mas também com excelente potencial para produtores com pivô central de irrigação vislumbrando outros mercados alimentícios.

Pensando neste cenário promissor para o manejo da cultura em propriedades rurais do Norte do Paraná – que já foi considerada no passado a terra da alfada devido ao solo e clima - o professor do curso de agronomia da Unopar Bandeirantes, Erich dos Reis Duarte, mestre em agronomia, lança o livro ‘Manejo de Adubação da Cultura da Alfafa’. A ideia principal da publicação é concentrar em apenas um volume literário informações sobre a cultura que, segundo Duarte, estão muito dispersas na literatura especializada.

O professor da Unopar Bandeirantes explica a importância socioeconômica da alfafa no contexto do agronegócio paranaense. “Estamos falando de uma planta com valor nutricional de quase 23% de proteína bruta. Além disso, traz uma rentabilidade aos produtores: a cada 1 hectare (ha), é necessário 1,5 pessoas para seu manejo. Portanto, em 3 mil ha da cultura, são gerados 4.500 empregos diretos e indiretos. Esse manejo requer uma mão de obra familiar muito cuidadosa”, explica.

No livro, Duarte traz algumas dicas para que o manejo se torne eficiente e rentável ao produtor. “O manejo da cultura inicia-se pela escolha de uma boa semente, certificada e livre de impurezas. Depois, no livro apresentamos uma das maneiras de implantação da cultura, em que o produtor deve corrigir o solo através dos níveis adequados de fertilidade. Desta forma sugiro a criação do Índice Tecnológico da Cultura de Alfafa. Mas vale lembrar que o norte de recomendação é sempre a Embrapa, as universidades e os pesquisadores da área. Gosto de dizer que mesmo trabalhando há 22 anos com a cultura, sempre há o que aprender”, complementa.

O produtor que não segue as recomendações para a alfafa – como acontece em outras culturas – pode ter o tempo dela reduzido no campo. “Hoje, seguindo as recomendações dos órgãos oficiais e dos pesquisadores, a cultura pode permanecer em até seis anos no campo, com a realização de um manejo adequado. Mas caso isso não ocorra, há situações de áreas de dois anos que necessitaram de ser replantadas e com isso os custos aumentaram”, ressalta Duarte.

Por fim, o autor da publicação comenta que no livro os leitores também vão encontrar técnicas de correção de solo, manejo de cultura de corte e fenação, aplicação de fertilizantes de forma correta utilizando as técnicas em cobertura e outros pontos para o sucesso da cultura. Para quem se interessar, o livro pode ser adquirido através do site da Editora Lux.