MS está plantando de novo
O Mato Grosso do Sul também enfrenta prejuízos da estiagem que atinge várias regiões brasileiras. Naquele Estado a falta de chuvas, que durou nove meses, afetou a produção, acarretando prejuízos para os pecuaristas e agriculotores.
Apesar das chuvas em dezembro, a quantidade de água não foi suficiente para o desenvolvimento da lavoura nem para o crescimento da pastagem. Técnicos da Secretaria de Agricultura daquele Estado falam em 30% de queda na produtividade na agricultura e perda e diminuição da produção de gado gordo em 20%.
Quem plantou em setembro perdeu e está plantando novamente. Com a falta de forragem os animais perderam peso e as vacas, parindo magras, produzem menos leite e desmamam bezerros leves.
Segundo informações da Embrapa Gado de Corte, de Campo Grande, a quantidade de chuvas no Estado caiu a quase um terço do normal neste período, reflexo do fenômeno ‘‘La Niña’’, que provocou alterações climáticas em todo o Planeta. Em Campo Grande, de abril de 99 até o início de dezembro choveu em torno de 450 milímetros, quando o normal seria mais de 1.000 milímetros. A estação das águas, com ínicio normalmente na segunda semana de setembro, em 99, teve que ser adiada.
No caso dos animais, o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Luiz Roberto Thiago, da área de Nutrição Animal, tem aconselhado reverter a perda de peso, por causa da falta de forragem, com o uso de resíduos da agricultura, como o bagaço de cana, palhada de milho e outros, tratados com soda cáustica, uréia e sulfato de amônia.
A alternativa torna-se mais vantajosa para os pecuaristas que estão situados próximos das regiões produtoras de resíduos agrícolas que possuam usinas de açúcar e destilarias de álcool, onde o bagaço de cana pode ser adquirido. O pesquisador recomenda que os produtos sejam bem dissolvidos com bastão de madeira, com quantidade de água suficiente para uma boa distribuição sobre a forragem.(Da Redação)