Individualismo do cafeicultor londrinense é desafio para evolução
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sábado, 02 de novembro de 2019
Victor Lopes - Grupo Folha
Londrina e região têm potencial para fazer cafés especiais de qualidade, mas ainda está muito distante da realidade de onde de fato a produção acontece de forma eficiente, como é o caso do Norte Pioneiro. De acordo com a Emater, são entre 250 e 300 cafeicultores que estão nas cidades de Londrina, Cambé, Rolândia, Ibiporã, Pitangueiras e Tamarana.
O extensionista da Emater que atende os cafeicultores da região, Romeu Gair, explica que a realidade atual por aqui é de um café bebida riado ou rio (de pior qualidade) evoluindo para uma bebida dura tipo 6. “Temos potencial para cafés especiais, com notas acima de 80 pontos, mas nosso grande problema é a organização dos produtores, que aqui são muito individualistas e não atingem os mercados (de cafés especiais) porque não estão organizados.”
Além de vender o produto exclusivamente como commodity, ainda é preciso melhorar outros fatores ligados ao manejo. “A colheita no pano precisa evoluir, ainda tem muita gente que não faz. Depois, o processo de secagem no terreiro, que o pessoal não trabalha e acaba perdendo qualidade.”
Já o extensionista da Emater de Pitangueiras, Felipe Furlan, acredita que o desafio é aliar produtividade com qualidade. Mesmo com um produtor da cidade entre os primeiros no concurso, Furlan relata que o conceito de qualidade precisa ser trabalhado. “Às vezes eles não acreditam na qualidade do produto e pensam que os que têm maior qualidade têm maior custo de produção. Outro ponto que precisa melhorar é a organização da cadeia de comercialização.” (V.L.)