Iapar: preservação dos clones e multiplicação de mudas
PUBLICAÇÃO
sábado, 06 de julho de 2019
Victor Lopes - Grupo Folha
O Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) há alguns anos identificou uma demanda de pesquisa na região de Cerro Azul e agora, com toda a movimentação de players para fomentar a cadeia, começa a colocar em prática um trabalho importante na produção de mudas e preservação dos clones (material genético) já adaptados à região.
O coordenador geral das pesquisas com fruticultura do Iapar, Pedro Martins Auler, explica que a demanda por mudas de reposição na região gira em torno de 150 mil a 300 mil por safra, para um universo de três milhões de plantas. Ele explica, entretanto, que os cerca de 20 viveiristas da região ainda trabalham com condições precárias de manejo dessas mudas comercializadas. “Dentro da Estação Experimental do Iapar, em Cerro Azul, teremos um viveiro de responsabilidade da prefeitura em que a produção inicial deve ficar em 5 mil mudas já em 2020. Vamos distribuir esse material para 50 a 100 produtores que vão ajudar a validar essas mudas. Além disso, apresentaremos aos viveiristas a forma correta de fazer esse trabalho.”
O Iapar também realiza este ano o registro das variedades que se adaptaram à região – que estão por lá desde a década de 1960 – mas ainda não registradas da forma ideal. “Precisamos resgatar esses clones que têm características próprias, de adaptação na região. Fomos a 25 propriedades, coletamos 32 plantas, estamos analisando as características, as qualidades genéticas e sanitárias, para fazer o registro.”
Inclusive, por meio desse registro, será possível identificar as diferentes maturações das plantas e assim distribuir a safra de forma mais homogênea. “Hoje o pico de produção está concentrado em junho. Podemos identificar quais os clones mais precoces, e também os tardios. Assim, o produtor pode plantar de forma mais equilibrada e evitar uma concentração de produção em um mês só.”
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