Com o novo frigorífico, a Frimesa pretende saltar o volume produtivo de atuais 6,9 mil para 22 mil animais processados diariamente
Com o novo frigorífico, a Frimesa pretende saltar o volume produtivo de atuais 6,9 mil para 22 mil animais processados diariamente | Foto: Frimesa/Divulgação



Não são apenas as carnes de ave e peixe que estão na mira dos investimentos das cooperativas neste novo momento. Os suínos - que colocam o Paraná no segundo lugar no ranking produtivo nacional - também têm recebido valores de peso para impulsionar os negócios.

Sem dúvida, um dos mais relevantes é o novo frigorífico da Frimesa, em Assis Chateaubriand, cujas obras estão em fase de terraplanagem, que levará o segmento a um novo patamar nos próximos anos. O investimento da cooperativa até agora foi calculado (apenas de início) em quase R$ 1 bilhão, distribuídos em três etapas. A expectativa é que até 2030 a planta atinja a capacidade de abate de 15 mil cabeças por dia. Assim, a Frimesa, que é uma central de cinco cooperativas filiadas (Lar, C.Vale, Copacol, Copagril e Primato), saltará seu volume produtivo de atuais 6,9 mil para 22 mil animais processados diariamente.

Ao todo, a área construída atingirá a marca de 140,9 mil metros quadrados num terreno de 115 hectares. Inicialmente serão gerados três mil empregos diretos e outros quatro mil quando o empreendimento estiver completo. A unidade frigorífica é parte do planejamento estratégico da Frimesa em longo prazo, que projeta um crescimento anual média de 12% nos próximos dez anos, à partir de 2014.

O crescimento será gradativo enquanto as filiadas ampliarão unidades produtoras de leitões, unidades terminadoras e fábrica de ração. Tudo precisa acontecer em sinergia para que a cadeia interna funcione plenamente.

CENÁRIO
Hoje, o Paraná já tem o maior rebanho de suínos do País, com 7,13 milhões de cabeças, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O município de Toledo, também no Oeste, lidera o ranking nacional, com 1,18 milhão de cabeças.

Em produção de carnes o Paraná está em segundo lugar, com 21% de participação, atrás apenas de Santa Catarina, com 26%. A expectativa é que, com o novo projeto da cooperativa, o Estado passe a ser também o maior produtor. O volume de abates entre 2010 e 2016 cresceu 46,3%, de 531,5 mil toneladas (para 777,7 mil toneladas). No primeiro semestre de 2017 foram 394,3 mil toneladas, 21% do total no Brasil.

Atualmente o setor envolve 135 mil produtores no Estado e gera cerca de 200 mil empregos diretos, de acordo com números do Deral (Departamento de Economia Rural) ligado à Seab (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná). A atividade movimentou, no ano passado R$ 4,7 bilhões em Valor Bruto da Produção (VBP), 6,1% mais do que em 2015.