Matias Knoor não esconde a confiança que possui no sistema: "Hoje, toda minha produção passa pela cooperativa"
Matias Knoor não esconde a confiança que possui no sistema: "Hoje, toda minha produção passa pela cooperativa" | Foto: Ricardo Maia/Cooperativa Integrada


O crescimento substancial dos paranaenses dentro cooperativismo nos últimos dez anos é impressionante. Famílias que há décadas pertencem a alguma cooperativa – às vezes mudando de uma para outra, é verdade – mas sem deixar de fazer parte do sistema, que ultrapassa gerações e se mostra mais uma vez, sólido. Se em 2008 eram em torno de 513,3 mil pessoas em 238 cooperativas no Estado. Em 2017 o número ultrapassou 1,51 milhão de cooperados, em 221 unidades.

Produtor rural na cidade de Rolândia, Matias Knoor trabalha com grãos numa área de 700 hectares. A propriedade pertence a família desde 1934 e está na terceira geração, sendo que seu pai sempre fez parte do sistema cooperativista. "Meu pai ingressou na Cotia, depois fomos cooperados da Corol e conhecemos a Integrada quando ela se instalou no município de São Martinho. Eu comecei a assumir a propriedade em 1993/1994 e optei pela Integrada porque não concordava com alguns métodos da outra cooperativa."

Para ele, o sistema dá certo quando a transparência é a base do relacionamento entre cooperativa e cooperados. Este ano, como conselheiro fiscal da Integrada, ela está vivendo tudo isso de perto. "Aqui na Integrada, se discordamos podemos opinar e não somos taxados por isso. As ideias são bem-vindas, a cooperativa nos dá ouvidos. Como na política, no cooperativismo precisamos participar ativamente, nos sentir donos do negócio. A palavra (chave) é pertencimento."

Knoor acredita que se hoje trabalhasse por conta própria não teria força na negociação do seu produto. "Hoje as cooperativas inclusive balizam o trabalho de empresas privadas. Além disso, elas têm uma função social enorme em pequenos municípios, gerando emprego e renda. Hoje, toda minha produção passa pela cooperativa." (V.L)