Começa colheita da segunda safra de milho no Paraná
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sábado, 05 de junho de 2021
Reportagem local


Os produtores de milho no Paraná iniciaram a colheita da segunda safra 2020/21. No entanto, a estiagem prejudicou e a previsão é de redução de 13,4% no volume em comparação ao ciclo anterior. A análise está no Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelo DER (Departamento de Economia Rural), da SEAB (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento).
A previsão é colher 10,3 milhões de toneladas na safrinha de milho. No ciclo 2019/20, o volume ficou em 11,9 milhões de toneladas. Essa redução de 13,4% se deve, sobretudo, à estiagem que atingiu o Estado desde o ano passado, com chuvas irregulares e, de modo particular, a ausência de precipitação em períodos mais críticos para o desenvolvimento das plantas.
Essa mesma situação de seca severa comprometeu também a qualidade do produto. As informações que chegam ao Deral, vindas dos técnicos que atuam no campo, apontam que apenas 22% da área total de 2,5 milhões de hectares estão em condições boas. Em situação mediana encontram-se 46% da área, enquanto 32% têm condições ruins.
Historicamente, a colheita da safrinha de milho começa no final de maio, avança de forma tímida durante junho, ganha volume em julho e agosto, e finaliza em setembro/outubro.
A expectativa é que as chuvas ocorridas nos últimos dias aumentem a umidade e ajudem a estancar as perdas de produção. Para os produtores, os preços continuam altos, com a saca de 60 quilos negociada em torno de R$ 80,00.
FEIJÃO, SOJA E TRIGO
A última avaliação dos técnicos do Deral indica que o feijão ocupa área de 254 mil hectares, que deve resultar em produção de 310 mil toneladas. A estimativa inicial era de se colher 504 mil toneladas, mas as adversidades climáticas provocaram redução de 38%. Caso se confirme a produção reduzida, ainda assim será superior em 16% ao volume de 268 mil toneladas colhidas em 2020.
O boletim também destaca a informação sobre os custos de produção do cultivo de soja, que sofreram elevação próxima a 32%, em comparação com maio de 2020. Um dos itens que mais pesaram é o fertilizante, responsável por 37% no cálculo. O aumento deve-se à restrição da oferta devido à pandemia e à desvalorização do real frente ao dólar.
A produção do trigo também teve o custo elevado em 37%. Como na soja, os gastos com fertilizantes foram fundamentais. A ele se somou o gasto com operação de máquinas. Ambos foram muito influenciados pela valorização do barril de petróleo, triplicado em relação a maio de 2020.

