Imagem ilustrativa da imagem Começa colheita da segunda safra de milho no Paraná
Imagem ilustrativa da imagem Começa colheita da segunda safra de milho no Paraná

Os produtores de milho no Paraná iniciaram a colheita da segunda safra 2020/21. No entanto, a estiagem prejudicou e a previsão é de redução de 13,4% no volume em comparação ao ciclo anterior. A análise está no Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelo DER (Departamento de Economia Rural), da SEAB (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento).

A previsão é colher 10,3 milhões de toneladas na safrinha de milho. No ciclo 2019/20, o volume ficou em 11,9 milhões de toneladas. Essa redução de 13,4% se deve, sobretudo, à estiagem que atingiu o Estado desde o ano passado, com chuvas irregulares e, de modo particular, a ausência de precipitação em períodos mais críticos para o desenvolvimento das plantas.

Essa mesma situação de seca severa comprometeu também a qualidade do produto. As informações que chegam ao Deral, vindas dos técnicos que atuam no campo, apontam que apenas 22% da área total de 2,5 milhões de hectares estão em condições boas. Em situação mediana encontram-se 46% da área, enquanto 32% têm condições ruins.

Historicamente, a colheita da safrinha de milho começa no final de maio, avança de forma tímida durante junho, ganha volume em julho e agosto, e finaliza em setembro/outubro.

A expectativa é que as chuvas ocorridas nos últimos dias aumentem a umidade e ajudem a estancar as perdas de produção. Para os produtores, os preços continuam altos, com a saca de 60 quilos negociada em torno de R$ 80,00.

FEIJÃO, SOJA E TRIGO

A última avaliação dos técnicos do Deral indica que o feijão ocupa área de 254 mil hectares, que deve resultar em produção de 310 mil toneladas. A estimativa inicial era de se colher 504 mil toneladas, mas as adversidades climáticas provocaram redução de 38%. Caso se confirme a produção reduzida, ainda assim será superior em 16% ao volume de 268 mil toneladas colhidas em 2020.

O boletim também destaca a informação sobre os custos de produção do cultivo de soja, que sofreram elevação próxima a 32%, em comparação com maio de 2020. Um dos itens que mais pesaram é o fertilizante, responsável por 37% no cálculo. O aumento deve-se à restrição da oferta devido à pandemia e à desvalorização do real frente ao dólar.

A produção do trigo também teve o custo elevado em 37%. Como na soja, os gastos com fertilizantes foram fundamentais. A ele se somou o gasto com operação de máquinas. Ambos foram muito influenciados pela valorização do barril de petróleo, triplicado em relação a maio de 2020.