Jota Oliveira
De Londrina
Brasil pode ser maior exportador
Por enquanto é uma meta, anunciada na Exposição de Londrina pelo Ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes
‘‘Nosso objetivo é transformar o Brasil, nos próximos cinco ou seis anos, no maior exportador de carnes do mundo’’, disse Pratini de Moraes. sexta-feira, 7, na abertura oficial da 40ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (34ª Nacional e 8ª Internacional). O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Francisco Galli, pouco antes dissera, referindo-se ao gado que estava sendo mostrado: ‘‘Estes animais aqui não são uma manifesteação de vaidade, mas a certeza de uma oferta de alimentação farta à população brasileira’’.
O Ministro não se referiu apenas à carne bovina, mas também às carnes de suínos e aves. Para este ano a meta é exportar mais U$1 bilhão em carne bovina, U$1 bilhão em carne de frango e ‘‘pelo menos’’ U$450 milhões em carne suína.
Novo cicloAcredita Pratini que o Brasil está entrando em novo ciclo da pecuária e da agricultura, ‘‘com perspectivas de renda para o agricultor – o que é fundamental para assegura a viabilidade da produção e a manutenção do nível de emprego no interior do País’’.
Uma das ferramentas de ingresso nesse ‘‘novo ciclo’’ será a próxima declaração do Paraná região livre de febre aftosa. Esse reconhecimetno será dado em maio, em Paris, pela OIE (Organização Internacional de Expizootias). O Ministro da Agricultura cumprimentou o Paraná pelo trabalho que desenvolve para manter a aftosa sob controle e previu o aumento da renda gerada pela pecuária em 30 a 40% devido à liberação, que ampliará as exportações de carnes brasileiras.
O Paraná, segundo Pratini, deu ‘‘exemplo de competência’’ no programa de combate à febre aftosa e sugeriu ao Secretário da Agricultura do Estado, Antônio Poloni, que ofereça tecnologia ao Japão e à Coréia, países que não têm know-how contra a doença, coisa nova por lá.
PrioridadesTecnologia e sanidade animal são as prioridades do Ministério da Agricultura, ‘‘para dar apôio ao aumento da produtividade do agronegócio e simultâneamente dar a ele as condições de sanidade que representam o nosso visto de entrada nos mercados internacionais’’. O Ministro anunciou, ainda, a ampliação dos mecanismos de financiamento, ‘‘porque o atual já está vencido’’como CPR com liquidação financeira, lançada também durante a Exposição, coma presença do diretor de Crédito Rurla do banco do Bfasil, Ricardo Alves da Conceição; financiamento para compra de tratores, com juros fixos e prazo de seis anos e financiamento para colheitadeiras, com prazo de oito anos; ampliação, ‘‘já a partir deste ano’’, do seguro rural. ‘‘Não é possível o financiamento depender de garantia real do produtor. O que tem que garantir é a safra, não a casa do produtor ou a sua propriedade rural’’,comentou o Minisro.
Outro destaque dado por Pratini às intenções do Ministério é a revitalização do Proálcool, ‘‘o que quer dizer empregos, independência de importações, recurso nacional aplicado para atender nossa demanda’’. Pratini informou que serão criados novos instrumentos para estimular a fabricação de carros a álcool e serão dadas vantagens a quem adquirir carros a álcool.‘‘Não é possível que o Brasil continue importando petróleo a 25-30 dólares e tendo terras onde se pode plantar cana’’, concluiu.
UniãoO Secretário da Agricultura do Paraná, Antônio Leonel Poloni, destacou, como imprescindíveis pasra o desenvolvimento agropecuário do país, a união do Poder Público com a iniciativa privada, ‘‘como está sendo feito no Paraná. Como se faz, por exemplo, com o café e o controle da aftosa’’. O segundo item desetacado por ele é o combate à pobreza rural, também ‘‘comose faz no Paraná.’’