Agrônomos discutem tecnologias aliadas à produção da soja
Evento organizado pela AEA vai tratar da sustentabilidade da cultura e biopesticidas
PUBLICAÇÃO
domingo, 01 de setembro de 2024
Evento organizado pela AEA vai tratar da sustentabilidade da cultura e biopesticidas
Jessica Sabbadini - Especial para a FOLHA
A AEA (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina) marcou para o dia 05 de setembro a tradicional Reunião de Tecnologia para a Produção de Soja. Na 15ª edição, o evento vai reunir nomes importantes do cenário do agronegócio brasileiro, assim como centenas de engenheiros agrônomos e produtores rurais para debater os caminhos para um produção melhor e mais sustentável de soja em toda a região norte do Paraná. O evento vai ser realizado na sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, na Rua Kozen Igue, n° 345, a partir das 7h.
Presidente da AEA, Renato Arantes afirma que esse é um dos eventos mais importantes em todo o Paraná, principalmente pela qualidade técnica dos palestrantes e do público que acompanha as discussões. Com nomes de peso ligados à cultura da soja, a reunião vai tratar de dois eixos principais: a sustentabilidade na produção de soja e as tecnologias e biopesticidas para uma produção sustentável de soja. Os assuntos serão abordados em palestras e talk shows, além de outros momentos de interação e troca de experiências.
CAPITAL HUMANO
Apelidado de “Vale do Silício do Agronegócio”, ele destaca o potencial que o norte do Paraná tem no setor no que diz respeito às instituições públicas e privadas de ensino e institutos de pesquisa que geram um capital humano de “primeira qualidade”. Só em Londrina, anualmente, 300 novos engenheiros agrônomos vão para o mercado de trabalho. A região também concentra cerca de 30% dos mais de 10 mil profissionais em atuação no Paraná. Além disso, o centro de pesquisa da Embrapa Soja, que fica em Londrina, é um dos melhores do mundo por reunir em um único local uma gama de estudos sobre o grão.
O fomento de tecnologias para o enriquecimento da produção de soja é o gancho de todo o evento, mas a temática da sustentabilidade também ganha força durante as discussões, principalmente sobre os biopesticidas e as novas técnicas de cultivo da leguminosa. Segundo Arantes, a tecnologia é o elo entre a produção e a sustentabilidade, já que a chave é produzir mais sem comprometer os recursos naturais.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A nível mundial, as mudanças climáticas são uma das principais preocupações no que diz respeito à produção e cultivo. O presidente destaca que o plantio de soja, que começa em setembro e segue até os meses de março e abril, envolve variações de clima e estações. “O agricultor tem que estar ciente de que em alguns momentos ele vai ter que escolher uma variedade e uma biotecnologia adequada e práticas de manejo que ajudem para poder suportar tudo isso”, ressalta, complementando que o plantio direto, por exemplo, permite uma exploração mais adequada do solo.
Gervásio Vieira, diretor de Política Profissional da AEA, destaca que o país é signatário de diversos acordos para a redução na emissão de gases poluentes, sendo que o produtor rural também precisa assumir a sua responsabilidade. “O produtor rural no Paraná já faz o plantio direto, que é uma prática que reduz a emissão de gases de efeito estufa. E temos que ampliar cada vez mais isso”, afirma, ressaltando a importância de eventos que abordem a temática.
INSCRIÇÕES
Renato Arantes explica que o evento é destinado para agrônomos, produtores rurais, técnicos e demais profissionais voltados ao agronegócio. O evento vai reunir cerca de 350 participantes, sendo que cerca de 120 ingressos estão sendo disponibilizados para compra, já que o restante será distribuído pelos patrocinadores para convidados. A aquisição pode ser feita diretamente na sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, na Rua Kozen Igue, n° 345, das 8h às 12h.
O objetivo central é que os participantes possam difundir o conhecimento para outros cantos do Paraná e do Brasil. Para os associados, a inscrição custa R$ 50; para quem não é associado, o valor é de R$ 150, sendo que em ambos os formatos é necessário levar dois quilos de alimentos não perecíveis, que serão doados para instituições da cidade.