Imagem ilustrativa da imagem Agricultor reduziu em um terço aplicação de fungicidas
| Foto: Marcos Zanutto/19-11-2019

Antes de fazer o monitoramento, o agricultor Cláudio Aparecido Alves, do distrito de Maravilha, em Londrina, adotava a aplicação calendarizada de fungicida em sua lavoura de soja, que determina uma aplicação a cada 20 dias, aos 40, 60 e 80 dias após o plantio. A partir de 2013, quando aderiu ao Sistema Alerta Ferrugem, o número de aplicações caiu para uma a cada safra e em uma delas, não foi preciso usar o defensivo em nenhum momento.

Na safra atual, a lavoura está com 80 dias e nenhuma aplicação foi feita até o momento. Na última sexta-feira (10), Alves esperava o resultado da análise das lâminas para decidir se usaria ou não o defensivo. “Minha lavoura está na fase de enchimento de grãos, mas a tendência é que eu não faça nenhuma aplicação”, disse o agricultor. Ele calcula que a cada safra o monitoramento represente uma economia de R$ 70 mil. A cultura do grão ocupa 120 alqueires na sua propriedade.

“Tenho amigos que não aderiram (ao monitoramento) e já estão na terceira aplicação de fungicida. Eles dizem que o risco é muito grande”, comentou Alves. Mas para que o sistema de alerta funcione, disse ele, os agricultores devem “saber o que estão fazendo e acreditar nos parceiros”. “O agricultor tem que se esforçar também. Os técnicos buscam e analisam as lâminas, mas a gente monitora. Tem que olhar a roça. Estou dentro da roça todos os dias. Tem que ter uma parceria dos dois lados. O monitoramento, se levar a sério, é viável”, ensinou o agricultor, que espera colher entre 130 e 150 sacas de soja nesta safra.