#Bolsonaro Day

Uma postagem de Jair Bolsonaro na quarta-feira (1) gerou polêmica e debates nas redes sociais. Após o dia do pronunciamento oficial a respeito do coronavírus, no qual o presidente apresentou um discurso de apaziguamento e promoção de um pacto com governadores e prefeitos pela proteção da vida, ele publicou em sua conta oficial do Twitter ataques às medidas de isolamento social e críticas a governadores que as defendem. Os internautas debateram o assunto destacando a contradição entre o pronunciamento oficial da noite anterior e o Tweet crítico a respeito das medidas de restrição. Pessoas contrárias ao governo publicaram uma série de falas contraditórias de Bolsonaro desde sua campanha presidencial em alusão ao Dia da Mentira (1° de abril). Outros internautas aproveitaram a situação para fazer outras críticas ao mandato de Bolsonaro, como a desvalorização do Real e as reformas propostas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Imagem ilustrativa da imagem Segunda Guerra e sistema S
| Foto: Isac Nóbrega/PR

#Segunda Guerra

O pronunciamento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a crise do coronavírus, na quarta-feira (1), foi um dos assuntos mais comentados da semana nas redes sociais. O secretário-geral da ONU, António Guterrez, destacou a pandemia como o maior desafio da humanidade desde a Segunda Guerra Mundial. Guterrez afirmou que a gravidade da situação se dá pelo vírus “atacar as sociedades em sua essência”. O secretário chamou a atenção para as consequências sanitárias, eventuais conflitos e uma recessão socioeconômica, segundo ele, “sem precedentes”. Por um lado, internautas graduados em história reagiram à relevância do assunto. Um internauta publicou “eu, como graduado em história, devo tuitar algo”. Por outro lado, pessoas que não se lembram dos estudos sobre Segunda Guerra no colégio reagiram com memes. Outros internautas, ainda, marcaram a trend com mensagens de seriedade e medo da atual crise no mundo.

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| Foto: Arquivo Nacional dos EUA

#Sistema S

A Medida Provisória (MP) publicada pelo Diário Oficial da União a respeito dos recursos do Sistema S, na quarta-feira (1), gerou reações nas redes sociais. A iniciativa do Governo Federal prevê uma redução pela metade da contribuição obrigatória das empresas às entidades do Sistema S (Senai, Sesi, Sesc, Sest, Sescoop, Senac, Senat e Senar) nos próximos três meses, por conta da crise econômica causada pela pandemia. A MP provocou uma série de debates sobre a atual situação da economia brasileira. Uma parcela dos internautas aprovou a medida como forma de proteger as empresas do país, com argumentos a respeito da preservação de empregos e seguridade. Já outra parte criticou a prioridade da redução nas alas da educação, cultura e prestação de serviços à comunidade e, principalmente, pela forma como a medida foi adotada. Diversos tweets trataram da ausência de diálogo entre o governo e a sociedade para a determinação de intervenções de proteção à economia.

#Ceasa

Um vídeo sobre um suposto desabastecimento em uma das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) circulou os aplicativos de mensagens e foi um dos assuntos mais comentados da semana. O vídeo se tornou ainda mais popular quando Bolsonaro o postou em sua conta oficial do Twitter. Em resposta, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais divulgou à imprensa o funcionamento da Ceasa de Minas Gerais, que foi visitada e documentada por diversos veículos de comunicação que desmentiram o vídeo publicado. O presidente, assim que confirmada a falsidade do vídeo, apagou a publicação. Os internautas criticaram a postura de Bolsonaro e compartilharam vídeos de centrais de abastecimento de todo o Brasil para destacar que não há problema com desabastecimento nos Estados. Os vídeos mostram fileiras de caminhões e prateleiras com produtos. Diversos trabalhadores, ainda, deram depoimentos nas redes a respeito de como estão sendo mantidos os trabalhos de transporte e distribuição de produtos.

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| Foto: Thiago Lemos /Fotoarena/Folhapress

*Supervisão: Patrícia Maria Alves (editora)