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Esquecer, nem que seja por alguns minutos, as dores da vida. Sorrir, rir, gargalhar, são as fórmulas da equação da felicidade. Há quem trabalhe fazendo rir e a tarefa nem sempre é fácil. Fillipe Câmara é comediante em Londrina e conta a piada que é ser um humorista.
"O humorista transforma choro em riso, que é o choro dele de ter que pagar as contas e fazer os outros rirem", brinca e, com humor, faz a crítica sobre as dificuldades da profissão. Ao mesmo tempo, acredita na função do seu trabalho. "Pelo menos naquela hora que o cara está ali, vai rir e esquecer os problemas, porque o humorista começa a contar as próprias dificuldades e o cara vai perceber que está tranquilo", zomba.
O humorista possui um canal no YouTube, o Pamonha Risonha, faz Stand Up Comedy em bares e eventos, tem o teatro empresarial e está desenvolvendo show para casamentos, o Proibido para Solteiros, que envolve os convidados da festa.
Com a experiência, a compreensão de fazer um trabalho gratificante. "Vira e mexe você salva alguém de se matar, a pessoa vê que você está numa pior e está fazendo piada, isso desmotiva o cara a insistir na tristeza e aprende a rir dos próprios problemas. Não é zombar, mas rir da situação", orgulha-se.
Assim, faz refletir sobre a vida em um riso arrancado da plateia. "O humor resgata muita gente da exclusão, pessoas que sintomatizam que são incapazes, que têm problemas, que têm doenças. A ideia é pegar os problemas do cotidiano e fazer as pessoas rirem daquilo, porque elas estão vivas, elas não morreram com aquilo", enfatiza.
Câmara testa suas piadas com os amigos, com isso, ganha a fama. "As pessoas falam que eu sou engraçado. Eu me acho mais dramático que engraçado", afirma. Porém, mesmo com tanto drama, sabe aproveitar. "O segredo é se divertir, quanto mais você se diverte, mais o show flui", finaliza. (L.T.)