Edson Sato coordena o grupo de vôlei e foi responsável por criar boa parte das regras
Edson Sato coordena o grupo de vôlei e foi responsável por criar boa parte das regras | Foto: Lais Taine
“É preciso ter compromisso e respeito, tanto dentro, quanto fora de quadra”, defende Juliana Melo Altimari
“É preciso ter compromisso e respeito, tanto dentro, quanto fora de quadra”, defende Juliana Melo Altimari | Foto: Lais Taine

Para o grupo de vôlei funcionar, existem regras para cumprir. A maioria delas foi colocada por Edson Sato, 49, um dos integrantes mais antigos da turma, que se propôs, espontaneamente, a coordenar as equipes. Lista de participantes, horários de funcionamento, valores a serem pagos, tudo é bem administrado para que a brincadeira funcione e seja saudável.

“Nosso horário é restrito, pegamos a quadra por uma hora e meia, por isso limitamos a lista para 18 pessoas, formando três equipes”, explica Sato. Como o número de interessados é maior, eles criaram um grupo no Whatsapp e publicam lista de inscrição em dia e hora marcados para cada partida. “Abrimos das 12h às 18h. Se até nesse horário não completar o time, pode convidar pessoas externas do grupo, porém, a pessoa deve se responsabilizar pelo convidado”, afirma.

Os participantes não se incomodam, compreendem que é preciso seguir orientações para que o jogo flua sem desentendimentos. “É muito importante ter um líder, se não tiver alguém que se comprometa é muito difícil”, afirma Juliana Melo Altimari, 37, uma das integrantes. Os convidados também obedecem as regras do jogo, que consistem no respeito e espírito esportivo.

Isso, inclusive, no sistema de distribuição. Os times são formados na hora da partida, sem escolhas, visando equilíbrio. A partida vai até os 21 pontos, em vez dos oficiais 25, para que todas as equipes tenham tempo de jogar duas partidas. “Os dois primeiros jogam enquanto um espera. O primeiro que perder, sai para o outro entrar. Na outra partida, sai a primeira equipe, independente se venceu ou não. Todo mundo tem que jogar duas vezes”, menciona Sato.

Cada jogador também contribui com uma quantia para o aluguel da quadra e outros equipamentos. “Hoje nós temos quatro bolas, uma rede nova e também já repus algumas lâmpadas novas aqui. A gente faz uma caixinha, quando sobra algum valor, a gente combina um churrasco”, comenta Sato.

Para Altimari, essa é uma forma que funciona muito bem e que se repete em outros grupos dos quais participa. Alguns alteram em alguns pontos, inclusive na contribuição, pois os valores de aluguel de quadra são variados, mas essa ainda é uma sugestão mais em conta para quem quer se exercitar, se divertir, e não tem condições de pagar mensalidade de uma academia ou por treinos de modalidades esportivas.