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Você talvez já tenha se deparado com imagens de pequenos seres coloridos de design minimalista em suas redes sociais. Mas não se deixe enganar pela cara fofinha: ao menos um deles é um assassino, e é seu dever descobrir quem. Essa é a premissa do jogo online Among Us, que virou a programação favorita de muitos isolados durante a pandemia. Lançado em 2018, o jogo já atingiu a marca de 100 milhões de downloads e, no mês de setembro, registrou 3,8 milhões de jogadores simultâneos, tornando-se um fenômeno entre os jovens. Mas, cá entre nós, o que fez esse game já antigo (nos padrões virtuais) e simples se tornar a febre nas redes sociais?
A jogabilidade descomplicada, custo baixo e software leve são fatores que o torna amigável a leigos. “Ele não requer muita habilidade manual no sentido de que você não precisa de horas de jogo para ter uma capacidade boa para jogar” – explica Aline Horiye, estudante e criadora de conteúdo na plataforma de transmissões ao vivo Twitch. Ela conta que a rede foi decisiva na popularização do game, resgatado por diversos streamers americanos e asiáticos durante a quarentena.
A possibilidade de se conectar com amigos que não se encontravam durante a quarentena talvez seja um dos maiores motivos de atração de tantos usuários. Ainda que se possa jogar online com desconhecidos, é comum que grupos de amigos criem salas privadas em que jogam entre si. Assim, interagem por chamadas de áudio e se divertem ao tentar solucionar o mistério proposto a jogadores do mundo todo: quem é o impostor?
Ao dar o play, até dez jogadores (representados por astronautas coloridos) são confinados em uma nave espacial com panes no sistema. Os tripulantes têm a missão de concertá-la para sair vivos dessa. O ponto emocionante da história é que, entre a equipe, existem impostores com o objetivo de executar tripulantes e sabotar mecanismos da nave, a fim de eliminar a todos – mas ninguém sabe quem são os tais infiltrados.
Uma partida é composta de diversas rodadas e, ao final de cada, a equipe se reúne para debater quem é o culpado e votar em quem será expulso – e aí que começam as intrigas. Entre acusações, evidências, contraprovas e muita tensão, um a um os jogadores são atirados para fora da espaçonave, resultando na vitória da tripulação (se o impostor for desvendado) ou na sua derrota (se os impostores eliminarem a equipe).
Aline revela que o segredo é saber blefar. Nas reuniões de emergência, as discussões podem ser acirradas e o blefe vai se tornar o seu melhor amigo tanto em sua defesa quanto ao acusar suspeitos. Sim, esse jogo envolve muita manipulação e é preciso escolher quais informações verdadeiras você irá expor ou ocultar, tendo em mente que informações falsas podem ser úteis. Mas atenção ao tempo restante da reunião – você não quer que o tempo se esgote antes de ter terminado o seu argumento.
Outras variáveis também podem agir ao seu favor. Aline elenca o “senso de união com as pessoas, feeling de quem está blefando, checar sempre mapas e câmeras de segurança”. Já deu para perceber que, muito mais que técnica, Among Us demanda muita percepção social sobre as relações estabelecidas entre jogadores, de forma que não é incomum que se formem alianças e complôs. Mas, ainda que se sinta protegido, não baixe sua guarda: nunca se sabe se não há um impostor entre nós.
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INTERAÇÃO
Entre no Discord do Folha Mais e participe do jogo coletivo que faremos no sábado (17) das 18h às 19h. Vamos criar uma sala no among us e compartilhar o código de acesso. Até lá!
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