De 144 relatos de militares americanos sobre casos de observações de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados), feitos entre 2004 e 2021, 143 seguem inexplicados, sem se descartar, no entanto, a possibilidade de serem realmente objetos extraterrestres. A notícia foi divulgada na última semana pelo Pentágono e mostra um avanço no comportamento adotado durante décadas, de se negar os eventos e decretar o sigilo de possíveis informações sobre o assunto. O pedido foi feito pelo Congresso americano após uma série de textos escritos por militares comentando as experiências. A mudança de atitude teve início em abril, quando o governo dos Estados Unidos confirmou que três vídeos secretos, com pilotos da Marinha perseguindo objetos voadores não identificados e divulgados pelo jornal “The New York Times” entre dezembro de 2017 e março de 2018, eram verdadeiros. A nomenclatura utilizada, porém, fala em “fenômenos aéreos não identificados”, e não objetos voadores.

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O relatório aponta que 20 dos objetos têm características peculiares: permanecem estáveis mesmo com fortes ventos contrários, movem-se com velocidades altíssimas e realizam manobras abruptas mesmo sem apresentar mecanismos de propulsão. Como o vento não interfere nas trajetórias, a dedução é que há o controle realizado por algum método inteligente. Outro detalhe é a emissão de radiofrequências, revelando que são, portanto, eletromagnéticos. Só que a curiosidade em detectar a possível presença de extraterrestres pode ser frustrante, já que alguns deles podem ser apenas pássaros ou drones chineses ou russos. Até fenômenos atmosféricos naturais, como cristais de gelo detectáveis em sistemas de radar, podem explicar os registros.

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A fixação dos humanos com a possível existência de vida inteligente em outros planetas é antiga. Uma das notícias mais marcantes ocorreu em 1947, nos Estados Unidos. O fazendeiro William Mac Brazel teria encontrado destroços do que seria uma nave espacial, mas eram apenas os restos de um balão meteorológico. Já em Melbourne, Austrália, em 1966, um suposto OVNI teria sobrevoado uma escola e depois descido em uma mata. De cor roxa, a nave, com formato de pires, “era duas vezes maior que um carro”, afirmaram os populares. Sem falar em outro momento histórico, passado aqui no Brasil, 25 anos atrás, em Varginha (MG).

Em 20 de janeiro de 1996, a jovem Kátia Andrade Xavier e as irmãs Liliane de Fátima Silva e Valquíria Aparecida Silva, afirmaram ter visto um ser estranho, baixo e de olhos vermelhos, que não era parecido com nenhum outro animal conhecido. Quando passavam próximo a um muro de um terreno baldio, as irmãs ouviram a amiga gritar. Ao olharem na mesma direção que ela, viram a criatura agachada. Com o grito, ela virou a cabeça para as jovens e as encarou por alguns segundos. As três saíram correndo desesperadas e voltaram ao local com a mãe, cerca de 25 minutos depois. Encontraram apenas uma marca no chão e um cheiro que não souberam descrever. Um pedreiro que trabalhava próximo ao terreno teria dito que os bombeiros já tinham levado “aquele bicho estranho”.

Outra versão relata que, por volta das 20 horas, dois militares seguiam pela mesma rua onde as meninas teriam visto o ET, quando o motorista freou bruscamente o carro pois algo teria passado na frente do veículo. Um dos militares saiu e capturou a criatura sem usar luvas ou qualquer tipo de equipamento de segurança. Colocada no banco traseiro do veículo, foi levada para o Hospital Regional de Varginha, onde uma ala permaneceu isolada assim que recebeu a criatura.

O militar que teria capturado a criatura morreu dias depois de infecção generalizada. Há relatos de que ele tinha pouco mais de 20 anos e era um jovem saudável. No zoológico da cidade, alguns animais morreram e a necropsia apontou uma substância tóxico-cáustica não identificada. Relatos de discos voadores também foram registrados na cidade. Um casal relatou ter visto um objeto voador não identificado em uma fazenda a 2 km de onde a criatura teria aparecido. Apesar dos relatos, os fatos nunca foram confirmados, mesmo quase três décadas depois.

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Bill Nelson, político, astronauta e atualmente considerado o principal líder da Nasa, afirmou que existe vida extraterrestre em algum lugar do espaço sideral. Apesar do relatório do Pentágono apontar para resultados inconclusivos, ele afirma em postagens na internet que talvez elas não sejam necessariamente explicadas por OVNIs ou fenômenos similares. “Quando falamos do universo, lembre-se que ele é muito grande”, afirmou em uma das transmissões. Já Mark Buchanan, físico e ex-editor da revista “Nature”, escreveu recentemente um artigo para o jornal americano “The Washington Post”, afirmando que tentar se comunicar com extraterrestres, se eles existirem, pode ser extremamente perigoso, já que, sem supervisão, qualquer pessoa que tenha acesso a uma poderosa tecnologia de transmissão pode realizar ações que afetariam o futuro de todo o planeta.

Para o Buchanan, se eles existirem, provavelmente serão muito mais avançados tecnologicamente do que os humanos, já que a maioria das estrelas em nossa galáxia é muito mais velha que o sol. Isso quer dizer que pode haver muitas civilizações milhões de anos mais avançadas que a nossa, que já teriam dado passos significativos para explorar e possivelmente colonizar a galáxia. Com isso, será que há perigo de uma invasão alienígena na Terra? O físico é cético. “Se eles quisessem invadir, já estariam por aqui”, resume.

De acordo com o ufólogo mineiro Carlos Antunes de Souza, o relatório divulgado pelo Pentágono foi frustrante e é visto mais como uma resposta ao aumento da curiosidade e do momento mais transparente em que vivemos do que propriamente um avanço na temática. “Já tivemos em outros momentos ações um pouco semelhantes, principalmente no âmbito militar norte-americano, mas o assunto sempre foi nebuloso, com tentativas de negar ou esconder. Confesso que o resultado frustrou, esperávamos novidades mais concretas. A questão agora é seguir com as pesquisas de uma forma mais transparente e que traga resultados concretos. Hoje ainda temos muito mais perguntas do que respostas. O tema gera curiosidade, é até motivo de piada entre algumas pessoas, enfrenta preconceitos. Mas essa sinalização do governo de lá pode abrir mais espaço para pesquisas e atrair mais interessados no apoio ao trabalho”, acredita.

Em Bermudas (país), Google Maps flagrou um OVNI. Confira abaixo no link

OVNI em Bermudas