"Temos nossa sala de reunião virtual e todos os dias nos reunimos às 9h30", diz Edson Alves, consultor de Tecnologia da Informação
"Temos nossa sala de reunião virtual e todos os dias nos reunimos às 9h30", diz Edson Alves, consultor de Tecnologia da Informação | Foto: Gina Mardones



Trabalhar em casa não é característica só de quem tem o próprio negócio. É possível ser funcionário de uma empresa e mesmo assim atuar de forma remota. Esse é o caso de Edson Francisco Alves, consultor de Tecnologia da Informação, que trabalha com análise e desenvolvimento de sistemas. Atualmente ele tem CNPJ como empreendedor e presta serviço para uma empresa, mas também já foi funcionário registrado e trabalhava em casa.

"Esta é a segunda vez que trabalho em home office. Na primeira empresa eu comecei na sede física e depois de três anos fui para o escritório em casa. Como dependo só de um computador e de conexão com a internet, fica mais fácil."

Ele conta, inclusive, que em São Paulo há empresas do ramo de TI onde os funcionários podem mesclar a jornada, fazendo parte no escritório e parte em casa, muitas vezes revezando com outros colegas a presença na empresa.

Justamente por atuarem de forma mais individual, Alves conta que é comum os trabalhadores da área de tecnologia trabalharem em home office. Tanto que a própria empresa para a qual ele trabalha hoje funciona 100% no sistema remoto. Ele diz que os proprietários atualmente residem em Florianópolis (SC), mas já moraram em São Paulo e Londrina. São oito membros na equipe, sendo dois em Florianópolis, dois em Londrina, dois em Assis (SP), um em Cornélio Procópio e um em Maringá, mas isso não quer dizer que a equipe não seja integrada e trabalhe de forma conjunta.

"Fazemos reuniões diárias, temos nossa sala de reunião virtual e todos os dias nos reunimos às 9h30. Isso ajuda a manter a equipe em sintonia mesmo à distância", afirma com propriedade, mas confessa que algumas vezes sente falta do contato pessoal com os colegas de trabalho.

Com a experiência de quem trabalha em casa há seis anos, Alves conta que já se acostumou com a rotina e tem a disciplina necessária para desempenhar suas funções, sem se atrapalhar. Por atender clientes empresariais, ele diz que geralmente encerra o expediente às 18 horas, mas até pelas características de sua função, algumas vezes é necessário trabalhar em horários não tão convencionais.

"No dia a dia temos metas para cumprir, os clientes entram em contato, precisam de suporte. Atendemos por demanda também, então eventualmente pode haver um prazo mais apertado. Algumas vezes preciso estender o expediente, trabalhar à noite ou nos finais de semana por causa da estabilidade do sistema, ou seja, precisamos fazer alguns procedimentos quando o cliente não estiver usando esse sistema. Essa rotina está adaptada, já adaptar a família é mais difícil. Eles precisam entender que estou em casa, mas não estou disponível. Tenho um filho de 3 anos e ele está começando a entender", explica.

E é justamente poder almoçar com a família e levar o filho para o escritório algumas das vantagens apontadas pelo técnico. "Você ganha no tempo, não tem custos de deslocamento, ganha mais flexibilidade. Os clientes às vezes ficam surpresos quando descobrem que a empresa não tem uma sede fixa, mas depois percebem os benefícios, já que acabamos ficando onl-ine depois do trabalho." (Érika Gonçalves/ Reportagem Local)