Afinal o que são as famosas especiarias? Essas ervas e temperos que fazem parte do nosso cotidiano e “alegram” nossos pratos? Provavelmente essa denominação surgiu a partir do século 12, quando os italianos dominavam o comércio com o Oriente no Mar Mediterrâneo, as cidades italianas como Florença, Gênova, Veneza entre outras, comercializavam esses temperos muito antes das grandes navegações portuguesas e espanholas.

Na Idade Média elas não eram populares e a comida “sofria” com seus sabores, apenas o sal e algumas ervas eram usadas na preparação dos alimentos. A partir do século 15, com a expansão marítima e as novas rotas comerciais com o Oriente, as especiarias começaram a fazer parte da vida europeia.

Pimenta do reino, cravo, canela, noz-moscada e gengibre eram as especiarias mais conhecidas e revolucionaram a culinária do velho continente, posteriormente outras ervas como açafrão, cardamomo, anis, chás da China e ervas aromáticas também entraram no cotidiano europeu. Enriqueceram muitos comerciantes e reinos, ampliaram e mudaram completamente o cardápio do ocidente.

Além de proporcionarem sabores e aromas maravilhosos, as especiarias fizeram parte intrínseca do modelo capitalista da época, o Mercantilismo, pois comprar e vender esses produtos era extremamente lucrativo.

Mas, as especiarias ficam apenas no mundo dos conhecidos temperos? Obviamente que não, o maior exemplo disso é a nossa cana-de-açúcar. Introduzida pelos portugueses no Brasil como produto para a colonização, a cana brasileira foi soberana no mundo até meados do século 17.

Gradualmente as mudas dessas ervas e chás foram cultivadas pelos europeus em suas colônias espalhadas pelo mundo, melhorando muito o sabor dos alimentos, além de conservá-los. Hoje é quase impossível vivermos sem elas, pois suas combinações enriquecem nossos pratos e deixam nossas vidas mais interessantes e saborosas.