Lewis Carol fez a menina Alice seguir um coelho com um relógio. A ‘póbi’ cai num buraco imenso e, a partir dali, nada mais foi o mesmo no mundo. Quando Lewis criou a Alice, e seu mundo maravilhoso, mal sabia ele o presente que estava nos dando.

Além da metáfora mais linda que poderia existir sobre a ‘fantasia’ ele nos presenteou, a cada um, com uma Alice interna. A ‘nossa menina Alice’ que existe dentro de cada um de nós. Capaz de percorrer caminhos, que por mais insanos que o pareçam, são irresistivelmente parte da nossa mais pura essência. A ‘fantasia’ é o que nos mantém lúcidos e ‘doido’ é quem ainda não percebeu.

E a Alice que existe dentro do diretor James Gunn é simplesmente incrível. Esse filme não é sobre o legado Marvel ou todo esse malabarismo gráfico que a gente vem acompanhando nas telonas. Aqui existe a alma de um roteirista e diretor genial. Um homem que recebeu uma oportunidade – e alguns milhões de dólares – e soube usar cada segundo como só um maestro de uma orquestra de Viena o faria.

Aqui não existe desperdício de talentos. Começando por toda uma equipe primorosa em cada detalhe indo até uma finalização grandiosa.

Gunn e sua imaginação caótica conseguiram concluir nesse terceiro volume uma jornada mágica de um time de ‘super heróis’ que, sem ele, continuariam sendo apenas alguns coadjuvantes de alguma saga qualquer.

Assim como James Cameron com seus Avatares, Gunn consegue amarrar o conceito de um ‘mundo de faz de conta’ a questões efetivamente relevantes nas nossas vidas. Preservação do meio ambiente, Reciclagem, Desenvolvimento sustentável, assistência social, filosofia..... E, sem querer, você se pega chorando com a trajetória tão sofrida e carregada de um Guaxinim.

Leia Também:

Nova novela das 21h estreia na segunda: Terra e Paixão

Sem coerência, Diogo Portugal se apresenta em Londrina

Desafio e contemplação motivam ciclistas na Rota das Catedrais

Imagem ilustrativa da imagem Despedida emocionante dos Guardiões da Galáxia
| Foto: Divulgação

O filme conta a história do Rocket. Ele, e o Groot, já roubaram a cena desde lá o primeiro volume. E agora todo mundo – Peter, Gamora, Nebula, Mantis, Drax e todo o universo dos guardiões – embarcam numa missão suicida para salvar a vida do amigão.

E é lindo. É profundo. É simbólico.

Como sempre a trilha sonora vem com ‘os dois pés no peito’ e te arrebenta. E nem vou contar pra vocês o que toca no final do filme. Tem que ver. Duvido você não se arrepiar.

O James Gunn está indo embora da Marvel, está indo tentar recuperar uma dignidade bastante arranhada da sua maior rival, a DC. Mas vai de cabeça erguida. E a Marvel que se cuide porque se o homem entregar 1% do que ele entrega pros Guardiões o páreo vai ficar bem brabo.

Enfim, vá ver! Vá se emocionar. O filme é tão carismático que nem precisava de um Golden Retriever, mas até isso tem, e é fofo demais. O tempo passa que você nem vê, ou melhor, vê e se encanta.

E só mais um conselho: desperte a sua Alice. Alimente-a, dê carinho a ela e se liberte a tudo que ela pode transformar na sua vida. Fantasie e quem sabe um dia esse mundo não se ‘torna real’.

Isabela Boscov amou.

Assista o trailer: