O escrito Gilberto Cury: "Faça o cérebro conversar com o coração, porque o pensamento pode ser virtual, manipulado, mas a emoção, a intuição são reais"
O escrito Gilberto Cury: "Faça o cérebro conversar com o coração, porque o pensamento pode ser virtual, manipulado, mas a emoção, a intuição são reais" | Foto: Divulgação



Para o escritor, professor e presidente da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL), Gilberto Cury, dar o devido valor para o coração e sua função de "grande herói interno" é de extrema valia para quem busca o estado de felicidade.

"Nosso coração tem um cérebro muito mais avançado do que o que está na cabeça e foi cientificamente comprovado. Não é à toa que é o primeiro órgão a se formar no útero materno e que não desenvolve câncer. Ele é o principal instrumento de estabilidade emocional e funciona com uma grande antena transmissora e receptora de informações", afirmou.

É por esta razão que aquele impulso que também chamamos de intuição faz tanto sentido e carrega uma carga de informações muito além dos nossos cinco sentidos. "Faça o cérebro conversar com o coração, porque o pensamento pode ser virtual, manipulado, mas a emoção, a intuição são reais. O campo do coração é afetado pelo campo eletromagnético da Terra, ou seja, afeta tudo e qualquer coisa com qualidades eletromagnéticas. Dar mais crédito a isso é seguir uma intuição baseada na sensibilidade energética. O vulgo ver com a alma", argumentou.

Há que se eliminar pensamentos que causam angústia e alimentar o que desperta encantamento. "Viver com emoções desgastantes dá mais trabalho do que viver com emoções regeneradoras, porque as desgastantes drenam a nossa bateria e as regeneradoras nos abastecem."

Ainda dentro dessa visão, o mestre em Educação e fundador do inovador método pedagógico da Escola da Ponte de Portugal, José Pacheco, contou que foi seguindo a sua intuição que conseguiu chegar ao modelo de ensino premiado no mundo todo. "Cheguei a um ponto de minha carreira que percebi que se eu continuasse a ensinar da mesma maneira que sabidamente não estava dando resultado, tendo consciência de que os alunos não iriam aprender, eu estaria sendo extremamente antiético. Seguindo a intuição e entendendo que escolas são pessoas e pessoas são valores, chegamos à Escola da Ponte", recordou. "Daí em diante, deixamos de trabalhar para cocriar e aprender a brincar. A felicidade é isso: ter saudades do presente, ou seja sendo feliz", acrescentou.

Dele, veio o exemplo mais impactante disso, ao falar de um aluno de periferia que após o método da Escola da Ponte deslanchar, chegou atrasado a uma aula. Segundo Pacheco, o estudante disse que o atraso se deu porque precisou ajudar a mãe com o irmão que não parou de chorar a noite toda, mas por não haver luz em casa, a criança foi atendida ao amanhecer. Os ratos tinham comido a orelha do bebê. "Diante daquilo, questionei porque ele insistiu em vir e ele explicou que na escola ele sentia uma 'quenturinha' no coração, algo que parecia com alegria, com felicidade."