Os últimos dias não estão sendo fáceis para quem usa redes sociais. Pouco tempo após o vazamento dos dados de milhões de usuários do Facebook, Instagram e Linkedin, chegou a vez do emergente Clubhouse. De acordo com o site Cyber News, a plataforma teve os dados de 1,3 milhão de usuários expostos, entre as informações que foram vazadas, estão: o ID do usuário, nome, foto, número de seguidores, data de criação, perfil do usuário que convidou e os identificadores do Instagram e Twitter.

Imagem ilustrativa da imagem Clubhouse tem mais de 1,3 milhão de dados "vazados"
| Foto: iStock

A situação é bem semelhante ao que aconteceu, recentemente, com os usuários do Linkedin, que tiveram seus dados roubados e colocados à venda em um fórum para hackers. Após o ocorrido, a plataforma negou qualquer tipo de invasão, afirmando que todos os dados já eram públicos. No domingo (11), de maneira parecida, o CEO do Clubhouse, Paul Davison, se pronunciou sobre a invasão da rede social, afirmando: "Os dados envolvidos eram todos de perfis públicos de nosso aplicativo. Portanto, a resposta é um ‘não’ definitivo (em relação às acusações de invasão)”. O comentário veio para reafirmar a primeira manifestação da empresa, que aconteceu no dia anterior através do Twitter e já havia desagradado muitos usuários. Visto que, essa não foi a primeira vez que o site apresentou falhas de privacidade. Em fevereiro, a empresa já havia tido problemas com a vulnerabilidade de dados, precisando passar por revisões após servidores chineses terem acesso a conversas de usuários do Clubhouse.

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Por que esses dados são tão importantes e como reagir a essa situação?

De fato, as informações vazadas não apresentam nenhuma informação sigilosa, o que reforça a afirmação da empresa de que não houve invasão. Porém, o pesquisador de segurança de informação do Cyber News, Mantas Sasnauskas, deixou claro no site que é necessário que haja medidas contra a coleta em massa de dados públicos, pois isso pode ser visto como um problema de privacidade. De acordo com a Advogada especialista em Lei Geral de Proteção de Dados, Natália Brotto, é preciso que os usuários também tenham mais cuidado em escolher com quem compartilham suas informações, já que, não existem ferramentas totalmente eficientes para evitar o vazamento de dados pessoais.

Atualmente, é comum que muitas informações pessoais sejam abertamente compartilhadas, não somente em redes sociais, como também em aplicativos de localização, no CPF nas notas de supermercados e farmácias, por exemplo. Essas ações, traçam os perfis dos usuários e estruturam suas informações. Caso a privacidade de dados seja violada, a vítima pode acessar o canal de denúncias da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Também é possível recorrer a órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon-LD (Núcleo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor) e a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), que agirão de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, sancionada em 2020.

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