CRITIQUINHA CINEMATOGRÁFICA

Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seyia: O Começo)

Essa experiência tem que ser dividida em duas categorias:

PESSOAS QUE NÃO CONHECEM CAVALEIROS DO ZODÍACO E SÓ QUEREM SABER DO FILME:

Primeiramente: o que vocês estavam fazendo das suas vidas? Mas enfim, cada um sabe de si.

É um filme de ação e ficção. É um filme de anime: você sabe o que é um anime? Não. Ai fica difícil te ajudar.

Nos dez primeiros minutos as referências são chavões ‘a lá’ “Matrix”, até pela ambientação e trilha sonora. Deve ser de propósito para você saber onde esta se enfiando. O roteiro é simples e infantil. Clássica “jornada de herói”. Muitos efeitos especiais (alguns bons outros não tão bons assim).

Atuações medianas. Mas da para ver que está todo mundo envolvido. Fizeram a lição de casa.

É uma grande “sessão da tarde”. Se você vem acompanhando as produções do gênero, leia-se Marvel e DC, não tem grandes dificuldades em entender o que está se passando ali.

Vale a pipoca com a família. Uma bobagenzinha suave.

Imagem ilustrativa da imagem Cavaleiros do Zodíaco gatilho para a criança interior
| Foto: Reprodução

PESSOAS QUE SEMPRE ESTIVERAM CERTAS E GOSTAM DOS CAVALEIROS:

Mano, eu me lembro quando fui ver Saint Seiya pela primeira vez no cinema. Eu quase morri. Sai de lá querendo “queimar meu cosmo” e defender Atena pro resto da minha vida.

E esse filme está longe disso. Não é um ‘filme de origem’. É um filme de revelação. É isso, é um grande ‘chá de revelação’ do que eles pretendem fazer com a saga. Parece que alguém aprendeu alguma coisa com todos esses anos de MCU.

É só pra mostrar: “olha, compramos os direitos desse negócio e vamos fazer mais 812 filmes”!

Mas alguém ai ta ligando? Eu não. Vibrei sim em algumas cenas, confesso. Minha infância e adolescência, respeita a minha história!

Não, os nossos meninos não estão lá.

Imagem ilustrativa da imagem Cavaleiros do Zodíaco gatilho para a criança interior
| Foto: Reprodução

Americanizaram muita coisa. Ta sim cheio de “fanservice’ e “easter eggs”. É corrido. Pra gente só vem o Seyia, o Ikky e a Saory. Deram uma boa zoada no Mitsumsa Kido, que agora chama Alman Kido. Mas ele é interpretado pelo Sean Bean e ele é o Eddard Stark e o Boromir então ele pode tudo. Ele é deus. Fim.

O Seiya do J.J. Jr. Mackenyu é carismático (leia-se um grande gostoso). A Saory (que no inglês chama Siena – sabe-se lá porque) da Madison Iseman é passável. Já o Ikky do Diego Tinoco é sofrido, coitado.

Tem a nossa eterna Fenix, Framke Janssen, sendo linda. E eu duvido você não gostar do Mark Dacasos nosso dragãozinho.

É bom? Eu não sei. Porque, como eu disse, é só um ‘chá revelação’. E como TODO ‘chá de revelação’ é cafona, mas você vai em respeito aos amigos.

Tem que ver o que ta vindo ai. Quero ainda ver todo mundo. Não tem nenhuma “fala clássica”. Tem só um “tiquinho de meteoro”. Que agonia.

Pois, meu conselho é: “não vá com sede ao pote”. Tenha paciência e deixa de ser “nerd chato”. Os caras tão tentando. Dá pra ver que a produção tem carinho e entende minimamente onde estão se metendo.

Não existe aqui toda estrutura do mundo, mas existe amor e eu acho que isso é o que importa.

A Isabela Boscov vai odiar.

A convite da FOLHA o músico, jornalista, advogado e escritor londrinense, Vinicius Zanin, nos carrega para a sala de cinema. Pega a pipoca!

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Critiquinha cinematográfica é uma forma de ver a sétima arte com bom humor e ousadia.