Auê realiza torneio paranaense de baterias em Londrina
Desafio envolve 12 baterias e acontece neste sábado (31) com 15 horas de evento
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sexta-feira, 30 de agosto de 2024
Desafio envolve 12 baterias e acontece neste sábado (31) com 15 horas de evento
Maria Tereza Nascimento
Neste sábado (31), o Auê realiza a 2° edição do torneio paranaense de baterias. As apresentações serão feitas no Plazza Eventos das 12h até 3h da manhã de domingo (1). O objetivo do Auê é fomentar o movimento e integração das baterias do Paraná. Na edição passada, o torneio foi realizado em Guarapuava, mas neste ano será feito em Londrina por conta de todo o cenário universitário que os organizadores encontraram aqui. A previsão é receber aproximadamente 600 participantes de mais de sete cidades do estado.
Participam do torneio 12 baterias universitárias, como a Tatukada e a Lolloteria da UEL (Universidade Estadual de Londrina); Caveirão e a Imortal da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa); Furiosa da UTFPR-CP (Universidade Tecnológica do Paraná), entre outras. “Nós limitamos nosso torneio a 12 baterias competidoras por conta do tempo necessário para realizar o evento, tempo de desgaste de ritmistas e jurados, e espaço físico”, explica a responsável pela frente de eventos da organização, Rebeka Diniz Alves Machado. Para chegar na escolha das baterias participantes, ela conta que existe um processo seletivo de quatro etapas, que vai desde a apresentação da bateria e do porquê dela querer fazer parte do torneio e vídeos apresentando a cidade de origem até a integração com outras baterias.
Para a banca de avaliadores, foram selecionados quatro jurados paranaenses com amplo conhecimento de música e ritmos. “Muitos já foram ritmistas durante a faculdade, formados em música ou outras áreas, mas que sempre mantiveram o contato com o universo das baterias”, reforça Rebeka. Para avaliação, a organização possui um regulamento com todas as normas que devem ser seguidas, como tempo de apresentação, quantidade de ritmistas e normas de comportamento. Nos critérios, há a divisão entre subjetivos e objetivos, em que cada par de jurados avalia apenas um dos dois. “Dentro dos quesitos subjetivos estão o efeito geral e a criatividade, já os quesitos objetivos são a sonoridade e execução”, explica. A novidade deste ano é que a banca de jurados terá um jurado trainee. “É a primeira vez que isso acontece em torneios. Ele estará julgando seu primeiro torneio. Suas notas não entram na pontuação final, mas a experiência agrega para outros torneios”, diz a responsável pela frente de eventos da organização.
Além da apresentação das baterias, o torneio conta com outras atrações, como o DJ Danni, DJ DeVitis e a Liga das Baterias Universitárias de Londrina. “Como o evento tem 15 horas de duração, teremos área de descanso, praça de alimentação, seguranças e bombeiros sempre disponíveis”, ressalta Rebeka.
Preparação das equipes
Esta é a segunda participação da Lolloteria no torneio paranaense de baterias. A equipe é formada por estudantes de enfermagem, farmácia, nutrição, computação, biotecnologia, ciência de dados e inteligência artificial, física, geografia, matemática e química da UEL. Atualmente, a Lolloteria tem 40 ritmistas no total, mas na formação do AUÊ são apenas 20. De acordo com o presidente da bateria, Daniel Nascimento Ferreira de Araujo, os instrumentos que compõem a percussão são o agogô, chocalho, tamborim, caixa, repique e surdos - marcação e terceira. Além disso, eles também contam com a harmonia, que é constituída por vocal, guitarra, baixo, violão, teclado e cavaco, participando exclusivamente de shows. “Nosso processo de preparação consiste em criar peças a partir de ritmos e músicas de todos os tipos. As referências vão da orquestra afrosinfônica até a rage against the machine. E claro, nos espelhamos também em breques de escolas de samba. Estamos nos preparando desde o início desse ano, tanto com o processo criativo como com a junção da apresentação”, explica.
O presidente da bateria reforça que o sentimento é de dever cumprido e que a equipe pretende continuar participando do Auê nos próximos anos. “Ter um desafio estadual, além de visibilidade, ajuda no crescimento do movimento das BUs (baterias universitárias). Valorizamos isso!”.
Já quem está participando pela primeira vez do torneio é a Tatukada, bateria do curso de direito da UEL. Para este desafio, a equipe conta com 28 integrantes, sendo um mestre responsável por reger a bateria e ritmistas divididos em 6 instrumentos que são obrigatórios na competição: agogô, caixa, chocalho, repinique, tamborim e surdos, que ainda subdividem-se entre os surdos de marcação e os surdos de terceira. Segundo o presidente da bateria, Eduardo Toledo de Caires, a equipe realiza cinco ensaios semanais. “Nossa preparação é bem intensa e garante ao time uma sinergia imprescindível para a apresentação”, relata.
O presidente reforça que a equipe está confiante e que a qualidade e comprometimento do time se mantém constante e esse será o diferencial que garantirá um bom desempenho. “Para este desafio, prezamos por manter a identidade da bateria dos últimos anos, aproveitando os bons resultados que obtivemos em outras competições”. A intenção da Tatukada é cada vez mais se consolidar no Auê e poder, todos os anos, competir junto com baterias bem qualificadas.
O Auê
Ainda segundo Rebeka, o Auê surgiu durante a pandemia, em 2020. “Vários ritmistas se reuniam em chamadas online para conversar e daí veio a ideia “porque não um torneio que junte todas as baterias do Paraná em um lugar só?”. Desde então foram 3 anos de planejamento até nossa primeira edição do ano passado”, conta.
A longo prazo, a organização pretende realizar, nos próximos anos, um evento que dure o final de semana todo, com uma competição que tenha um número maior de baterias integrantes e maior número de jurados, tornando-se uma referência no que tange aos torneios de baterias universitárias.
Para quem deseja conhecer o torneio paranaense de baterias, os ingressos estão disponíveis no valor de R$35,00 pelo instagram @parana.aue