O amigo da vizinhança, Homem-Aranha, retornou às telonas nessa quarta-feira, dia 15 com ares de "Finalmente!". A pré-estreia já marcou aqueles que conseguiram acompanhá-la, mas a estreia hoje, dia 16, também promete surpreender os espectadores. A mais recente sequência da trilogia protagonizada por Tom Holland, "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" tem causado alvoroço nos fãs por toda a internet. Com os trailers curtos e tardios, assim como os pôsteres pouco informativos, as lacunas para entender essa história foram preenchidas com teorias e especulações, as quais foram postas a prova com esse tão aguardado lançamento.

Seguindo os acontecimentos do longa anterior, chega ao conhecimento do mundo que a identidade do Homem-Aranha é o jovem Peter Parker. Após tentativas falhas de consertar essa situação com a ajuda da magia do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), vilões pertencentes a outros universos em que o Homem-Aranha existe entram nesta realidade à procura de Peter. É assim que o menino do Brooklyn vem a conhecer faces que a nós já são tão comuns, como Dr. Octopus, Duende Verde, Homem-Areia, o Lagarto e Electro.

Com tantos personagens dividindo espaço na tela, não seria de se espantar se não fossem estabelecidas relações pessoais entre eles - em especial com o protagonista. Nisso, o longa não decepciona ao introduzir vilões de outro universo, mas criando situações para que os antagonistas tenham motivos para também serem os vilões de Peter Parker nesta realidade a que não pertencem.

Imagem ilustrativa da imagem Assistimos Homem Aranha 'Sem volta para a casa' que estreia em Londrina
| Foto: Divulgação

É preciso admitir que os diálogos são recheados de referências criadas puramente à satisfação do fã. São meras falas que, fora de contexto, nada efetivamente adicionam ao roteiro. Porém, àquele que acompanha o cabeça-de-teia desde sua primeira estreia com Tobey Maguire em 2002, passando por sua reencarnação com Andrew Garfield 10 anos depois, esses momentos são caixinhas de surpresas. São ocasiões em que o fã passa por um portal de volta a um tempo que deixou saudades. E aí está o principal truque da peça.

Ainda que remeta a sensações comuns a filmes de heróis, tais como a adrenalina e o suspense, "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" se escora no resgate de memórias do espectador. A evocação de toda a saudades e nostalgia - palavras com as quais o filme não se sustenta - provoca risadas, tremores, suspiros e lágrimas nos ápices de emoção da trama.

O apelo comercial da obra é incontestável, mas ultrapassa em qualidade as longas recentes do Universo Cinematográfico Marvel. Difere de "Viúva Negra" pela relevância, de "Eternos" pelo carisma de atores e personagens e de "Capitã Marvel" por não ser maçante. O lançamento consegue entreter ao entregar um roteiro convincente, ainda mais se comparado ao filme anterior, “Homem-Aranha: Longe de Casa”.

Entre apresentações, despedidas, reencontros e redenções, o amigo da vizinhança se mostra mais uma vez como sempre foi: a prova de que não se faz um vilão sem que antes ele seja uma vítima, e de que nem mesmo o mais justo dos heróis pode estar junto de todos a que ama - mas os ensinamentos que recebeu deles serão levados para sempre como parte de sua trajetória.

O universo Marvel – ou melhor, os universos – continuam em expansão, e “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” deixa claro que vale a pena conhecê-lo. Então aproveite para assistir o filme que estreia hoje nos cinemas de Londrina e de todo o Brasil.

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Serviço

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa

Ano: 2021

Duração: 2h 28min

Direção: Jon Watts

Censura: 12 anos