#Taxação de livros

A tag #DefendaOLivro foi subida no twitter contra o projeto de reforma tributária que prevê uma nova taxação de 12% sobre obras literárias, incluindo livros didáticos e paradidáticos. Atualmente, o setor dos livros é isento da cobrança de impostos, devido a uma emenda constitucional apresentada por Jorge Amado nos anos 40, além da isenção de PIS e Cofins desde 2004.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, justificou a ação por considerar o mercado literário mais direcionado à população mais rica. Camadas baixas estariam mais preocupadas “em sobreviver do que em frequentar as livrarias”, nas palavras do ministro. Ele ainda sugeriu que os livros fossem dados de graça às camadas mais baixas. Vale lembrar que lanchas e jet-skis não têm IPVA cobrado. Entretanto, apenas os livros terão valor na alíquota.

O anúncio veio em má hora para livrarias e editoras, as quais vêm perdendo faturamento na última década. Muitos avaliam que a medida compromete a democracia da educação e o combate à pirataria de livros.

Imagem ilustrativa da imagem As controversas vacinas da semana e as máscaras gigantes do Amazonas
| Foto: iStock

#Violência militar

Já em Natal, a situação dos estudantes foi um pouco mais violenta. Alunos do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) foram fortemente reprimidos ao se manifestar na reitoria da instituição. Os estudantes protestavam contra a posse do reitor pro tempore, Josué Moreira, colocado no posto pelo Ministério da Educação (destituindo o reitor eleito, José Arnóbio de Araújo Filho). Mesmo com manifestação pacífica, a Polícia Militar interviu, ameaçando algemar os estudantes, confiscando celulares e utilizando spray de pimenta para dispersar o grupo.

#Máscara ou rede de balanço?

Além de cobrir nariz e boca, as máscaras fornecidas aos estudantes pelo governo do Amazonas também cobrem os olhos e sobrancelhas. O estado foi o primeiro a retornar com as aulas presenciais, mas talvez tenha exagerado no tamanho das máscaras distribuídas à rede pública de Manaus. Muitos internautas transformaram o objeto em motivo de piada. A Secretaria de Estado da Educação e Desportos do Amazonas anunciou que as máscaras podem ser trocadas por tamanhos menores a partir de segunda-feira.

#Doria e as vacinas

O governador João Doria afirmou na quarta-feira (12) que testou positivo para a Covid-19. Apesar do contato com o vírus, Doria não manifestou sintomas e afirmou se sentir bem ao longo da semana. Em contrapartida à atualização do governador de São Paulo, um outro ponto gerou controvérsia nas redes sociais: diversas publicações afirmaram que Doria teria sido imunizado pela vacina Coronavac, desenvolvida na China. O governador manifestou em suas redes que não tomou a vacina e classificou o rumor como uma “tentativa de uma minoria de politizar algo que pode salvar milhões de vidas”. O assunto ficou entre os principais tópicos do Twitter com publicações a questionar a eficácia da Coronavac (que está em fase de testes) e a replicar a notícia falsa.

A evidência do assunto também remete ao anúncio do primeiro registro de uma vacina contra o coronavírus. O presidente russo Vladimir Putin revelou o imunizante Sputnik V, desenvolvido pelo Instituto Gamaleia de Moscou, e disse que sua filha foi imunizada. A comunidade científica internacional, porém, desconfia do imunizante pela ausência de estudos ou dados científicos em publicação por parte da própria Rússia. Nas redes, muita dúvida, discussão e até mesmo memes sobre o anúncio.

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| Foto: Russian Direct Investment Fund (AFP)

#Kamala Harris na vice-presidência

O candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, Joe Biden, anunciou a escolha da senadora Kamala Harris como parceira de chapa. Harris pode vir a ser a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente, se o partido vencer as eleições, na história dos EUA. A escolha figurou entre os tópicos mundiais e foi comemorada por algumas alas progressistas. Além da representatividade feminina, Harris é negra e tem sua indicação ao cargo em 2020 como mais um marco dos movimentos sociais contra o racismo originados nos próprios EUA.

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| Foto: Saul Loeb (AFP)