#A mira de Biden na Amazônia e o luto pelo criador de Mafalda
PUBLICAÇÃO
sábado, 03 de outubro de 2020
Lara Bridi e Bruno Codogno (estagiários)
#Biden vs. Bolsonaro
O debate entre os presidenciáveis dos Estados Unidos da América Joe Biden (Democrata) e Donald Trump (Republicano) passou por um tema de interesse brasileiro: a Amazônia e a questão do desmatamento. Biden pronunciou que, caso eleito, fará coalizações com outros países para fornecer US$ 20 bilhões para o Brasil sob a condição da preservação do bioma. Afirmou, ainda, que se o Brasil não combater o desmatamento, sofrerá sanções econômicas por parte dos EUA. O presidente Jair Bolsonaro rebateu as falas e disse que não aceitaria “subornos” e que “nossa soberania é inegociável”. O assunto foi um dos principais temas da semana e contou com diversos debates acerca do que seria a “soberania nacional” e críticas ou defesas do alinhamento de Bolsonaro a Trump.
Caso seja eleito, Biden vai ameaçar o Brasil com sanções econômicas se nosso governo não cuidar da Amazônia. #Debates2020
— André Fran (@andrefran) September 30, 2020
#Política e Esporte
Carol Solberg, atleta olímpica de vôlei de praia, foi denunciada no Superior Tribunal de Justiça Desportiva da modalidade por manifestar-se politicamente no fim de uma partida. Após ter conquistado bronze na primeira etapa do Circuito Brasileiro Open de Vôlei de Praia, a jogadora entoou "Fora, Bolsonaro!" em entrevista. A Confederação Brasileira de Voleibol publicou uma nota de repúdio contra a atitude Solberg. A atleta foi denunciada por desvio de conduta desportiva e deve ser julgada na próxima semana. Ela pode ser suspensa de jogos e ser cobrada multa de até cem mil reais. A jogadora afirma não estar arrependida da ação e será defendida pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz.
Felipe Melo dedicou um gol a Bolsonaro na saída de campo após um jogo.
— YouTube: Canal do VSR (@vitorsergio) September 21, 2020
Carol Solberg gritou "Fora Bolsonaro" na saída de quadra após partida do circuito de vôlei de praia.
Ou as duas são "liberdade de expressão" ou as duas são "indevidas pelo momento". É o mínimo da coerência.
#Black Friday e racismo
O grupo Boticário deu origem a uma discussão nas redes acerca do racismo e uma suposta origem do termo “Black Friday” (sexta-feira preta) na escravatura. A empresa manifestou que não usará mais o termo para designar o dia 27 de novembro e a usual época de promoções e o substituirá por “Beauty Week” (semana da beleza). A atitude foi revelada pelo presidente do Boticário, Artur Grynbaum, através do LinkedIn. Os debates nas redes se deram pelo mérito da mudança: por um lado, houveram pessoas a criticar a mudança e considerá-la desnecessária; por outro, pessoas negras questionaram a real eficácia da mudança. Uma internauta cobrou que o Grupo Boticário “empregue pessoas negras para realmente combater o racismo”.
O que a gente espera: pessoas negras sendo contratadas para cargos de decisão
— Andreza Delgado (@andrezadelgado) September 29, 2020
O que a gente ganha:https://t.co/wuT6N37Z96
#Sherlock Holmes
O mais famoso detetive do mundo, Sherlock Holmes, criação do falecido britânico Sir Arthur Conan Doyle, virou assunto na internet essa semana. Após o lançamento do filme Enola Holmes, adaptação das obras literárias de uma fã de Doyle, Nancy Springer, vários debates surgiram acerca do detetive. Foi apenas nessa ocasião que muitos internautas se questionaram se o detetive não haveria existido, mas os "Xerox Holmes" virtuais trouxeram a verdade: Sherlock não passa de uma personagem fictícia.
Não apenas, o filme também trouxe problemas a sua distribuidora, a Netflix: os descendentes do autor do detetive entraram com um processo contra a plataforma de streaming alegando infração de direitos autorais. Acontece que a trama inicial de Sherlock já está em domínio público, mas a personagem mais "sentimental" e "emotiva", como interpretada nesse filme por Henry Cavill, ainda tem seus direitos pertencentes a família Doyle.
dos mesmos criadores de "como assim a rose e o jack não existiram???" vem aí "o sherlock holmes é um personagem fictício???"
— thay (@thaycgs) September 30, 2020
#Adiós, Quino
Faleceu nessa quarta-feira o argentino Quino, criador das tirinhas de Mafalda, uma pequena menina questionadora do funcionamento do mundo. Joaquín Salvador Lavado, como era verdadeiramente batizado, tinha 88 anos. O cartunista passou por complicações médicas mas não houve informações oficiais sobre a causa da morte. As histórias de Mafalda foram traduzidas para mais de 30 idiomas, tendo tornado Quino o mais traduzido cartunista da língua espanhola. Hoje, ele é reconhecido como grande influente sobre o cenário artístico e político na América Latina e no mundo.
essa eu fiz em 2014, em homenagem ao Quino: pic.twitter.com/kwYURWegcy
— Laerte Coutinho (@LaerteCoutinho1) September 30, 2020
#UFPR
Foi divulgada a lista tríplice dos candidatos à Reitoria da Universidade Federal do Paraná. São eles Ricardo Fonseca, Marcos Ferraz e Maria Rita Cesar, dos quais apenas um será indicado pelo Ministério da Educação (MEC) para ocupar a cadeira. Com o fechamento da lista, Horácio Tertuliano está fora da disputa. Fonseca é o atual reitor e também foi o mais bem votado para compor a lista.
Depois de tantas reviravoltas, o Conselho Universitário da @UFPR votou e definiu a lista tríplice.
— Lucas Gracia 50023 (@LucasGraciaPSOL) September 30, 2020
A chapa bolsonarita, do Horácio e Ana Paula, além de levarem menos voto que chapa de DCE na consulta pública, perderam a votação do conselho e estão fora da lista.#IntervençãoNão
#Proteção animal?
A apresentadora Luisa Mell foi criticada ao longo da semana após publicar em seu Instagram uma parabenização a Bolsonaro pelo projeto de lei que visa aumentar a pena por maus-tratos a cães e gatos. Bolsonaro sancionou a lei na terça-feira (29) e Mell, que é ativista pela vida dos animais, usou suas redes para agradecê-lo. As críticas, porém, são fruto do momento: o Pantanal está em chamas e diversas vidas animais foram perdidas. O assunto figurou entre os trending topics com diversas críticas à ação do Governo Federal na questão dos incêndios do Pantanal e da fiscalização ambiental. Por outro lado, também houveram pessoas a exaltar o ativismo de Luisa Mell em prol da preservação.
Falar que a luiza mell agradeceu ao bolsonaro não anula o fato de que ela tava lá no pantanal ajudando ninguém tá tirando esse mérito dela, a questão é que não tem oq agradecer ao bolsonaro ele não fez NADA ALÉM DE ASSINAR O NOME DELE NA LEI
— isadora (@wildfirefck) September 30, 2020
Acordem!!!
Supervisão: Patricia Maria Alves