#Justiça por elas

Simpatizantes com o movimento feminista se manifestaram nas redes sociais em defesa de duas mulheres vítimas de estupro. Os internautas pedem por punição aos agressores e fim do descaso das autoridades. As vítimas em questão são Mariana Ferrer e Mille, que terá sua identidade velada por se tratar de uma menor de idade.

Mariana é digital influencer e espera a resolução do seu caso há mais de um ano. Na quarta-feira, a justiça decidiu pela suspensão de sua conta no Instagram, principal plataforma usada para pressionar autoridades compartilhar sua história. Nos relatos, ela conta ter sido dopada e estuprada em um clube em Florianópolis no dia 15 dezembro de 2018, quando tinha 21 anos. O processo segue em andamento e o acusado, André de Camargo Aranha, comparece a audiências mensais, não podendo deixar a cidade de São Paulo por mais de 30 dias consecutivos. A perícia confirmou que houve relação sexual entre os dois, mas não confirmou se ela foi ou não consentida. Além do estupro, Mariana acusa Aranha de utilizar imagens manipuladas digitalmente em sua defesa.

Mille também utilizou as redes sociais para denunciar seu agressor. A garota de apenas 16 anos relatou ter sofrido estupro de um colega no dia 17 de agosto de 2020, enquanto estavam na casa de uma terceira amiga. Ela testemunha ter pedido para que o garoto, também menor de idade, parasse várias vezes, mas não teria sido ouvida. Conta também que, ao telefonar na delegacia, a atendente afirmou que relações entre namorados não podem ser consideradas como estupro. A redação reforça que qualquer relação sexual não consensual, independente de grau de parentesco ou afeto, é considerada como estupro, como prevê o Código Penal Brasileiro em seu artigo 213 na redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009 ("estupro é: constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso")

#Di Caprio vs. Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão respondeu mensagens do premiado ator americano Leonardo DiCaprio, durante um encontro da Conferência Nacional da Indústria e Desenvolvimento Sustentável na Amazônia. Mourão afirmou que convidaria DiCaprio para visitar a Amazônia e "entender melhor como funcionam as coisas nesta imensa região". A fala é uma réplica às críticas feitas nas redes sociais pelo ator, que acusou Jair Bolsonaro de duvidar publicamente da gravidade dos incêndios e de que há "preocupação crescente de que o desmatamento em andamento não esteja recebendo atenção suficiente". O vice presidente nega as alegações e afirma que a Amazônia "não está queimando". O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, seguiu o exemplo de Mourão e também traçou críticas à fala de DiCaprio por meio de seu Twitter.

Imagem ilustrativa da imagem A busca por Justiça nas redes e a 'treta' entre Mourão e Di Caprio

#Humanidade?

Uma atitude da rede de supermercados Carrefour foi repreendida pelas pessoas nas redes sociais durante a semana: um representante de vendas faleceu por mal súbito, a equipe cobriu seu corpo com guarda-sóis e a loja seguiu funcionando. Moisés Santos era representante de vendas de uma empresa do ramo alimentício e estava a trabalho em uma unidade em Recife quando sofreu um mal súbito e não resistiu. Seu corpo foi levado pelo Instituto Médico Legal (IML) após três horas. Pessoas registraram a situação e manifestaram revoltas nas redes pela loja não ter sido fechada. Diversas publicações denunciaram “a loja funcionando normalmente e clientes comprando próximos ao corpo”, como escreveu um internauta. A questão levantou debates sobre a desumanização dos trabalhadores e falta de empatia. O Carrefour respondeu às publicações dizendo que presta assistência à família.

#Imunidade?

Jair Bolsonaro declarou que a maioria das pessoas já estaria imune à Covid-19 pelo Facebook, ao citar um estudo que considerou ser "um dos melhores estudos sobre a Covid-19". O fato é que ainda não se pode afirmar a imunidade, pois essa apenas se dá após a vacinação eficiente ou após a possível criação de anticorpos com contração da doença. Segundo o epidemiologista Fábio Mesquita, "a artigo ainda garante que deixar as pessoas se contaminarem sem se proteger de alguma forma não é a solução".

Imagem ilustrativa da imagem A busca por Justiça nas redes e a 'treta' entre Mourão e Di Caprio
| Foto: Carolina Antunes/PR

#Corrupção e Lava Jato

A Polícia Federal (PF) prendeu na quarta-feira (19) os irmãos Germán e José Efromovich, acionistas da Synergy Group e da recém falida Avianca Holdings, investigados pela Operação Lava Jato. Os investigadores checaram o caso por supostas fraudes em contratos entre a estatal Transpetro, subsidiária da Petrobrás, e o Estaleiro Ilha S.A. (EISA) referentes ao fornecimento de navios cargueiros. Os irmãos ficaram em prisão domiciliar desde a ação da PF. Nas redes sociais, a Lava Jato foi tema de debates polarizados. Defensores do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, progressistas e apoiadores do atual governo criticaram uns aos outros, cada qual a classificar um efeito distinto da operação da PF na política brasileira. A polarização do debate, sobretudo, teve maior adesão que a própria prisão dos ex-acionistas da Avianca.

Imagem ilustrativa da imagem A busca por Justiça nas redes e a 'treta' entre Mourão e Di Caprio
| Foto: Marcelo Gonçalves/Folhapress

#Lei do Mandante

A Medida Provisória 984, tratada como Lei do Mandante, foi proposta para que os clubes de futebol pudessem, em partidas como mandante, decidir a forma de transmissão em determinados jogos. A MP foi prorrogada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em 60 dias. A questão tem gerado processos judiciais entre clubes e emissoras para garantir a exclusividade de transmissão, como a Globo e a Turner que disputam a transmissão de jogos do Flamengo. Alguns clubes têm se posicionado a favor e outros contrários à medida. Suas torcidas, ainda, não têm consenso na concordância ou não em relação ao posicionamento do clube de seus corações.

Imagem ilustrativa da imagem A busca por Justiça nas redes e a 'treta' entre Mourão e Di Caprio
| Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Supervisão: Patricia Maria Alves