O ano de 2024, começa com otimismo no setor automotivo e uma queda histórica na taxa de desemprego no Paraná. No entanto, a preocupação com a saúde pública aumenta com a queda na imunização contra a Covid-19.
O contraste climático, com chuvas intensas no Sul e estiagem no Norte do Paraná, e incêndios frequentes desafiaram as autoridades e estimularam a solidariedade dos londrinenses nesse ano que se encerra.
A economia mostrou sinais de recuperação, com avanços no comércio varejista e novas oportunidades no setor de piscicultura e construção civil.
A política local viu uma transição importante na Prefeitura de Londrina, enquanto questões de segurança e justiça continuaram a impactar a comunidade.
E o ano se encerra com uma produção cinematográfica no centro de Londrina e com os londrinenses encantados com os veículos elétricos azuis espalhados pela cidade.
Ao longo de 2024, a Folha de Londrina acompanhou de perto os acontecimentos que moldaram a cidade, o Estado e o Brasil. Das conquistas do esporte às crises políticas, passando pelos avanços da economia e os desafios sociais, as páginas do jornal registraram a história em tempo real, oferecendo aos leitores informação de qualidade e uma visão completa dos fatos que marcaram o ano.
Janeiro: O ano começou com o otimismo do setor automotivo, que comemorava alta de 12% nas vendas em 2023. O cenário positivo era sentido nas revendas de Londrina, impulsionado por incentivos fiscais e um ambiente econômico favorável. No esporte, o Estádio do Café se preparava para a estreia do Londrina Esporte Clube (LEC) no Campeonato Paranaense.

Fevereiro: A taxa de desemprego no Paraná atingia a menor marca em 9 anos, um sinal positivo para a economia do estado. Em Londrina, a expectativa era pela vitória do LEC em casa para encaminhar a classificação para a segunda fase do Campeonato Paranaense.

Março: A preocupação com a saúde pública aumentava com a notícia de que a imunização contra a Covid-19 havia caído para menos de 20% em Londrina. Quatro anos após a primeira morte no país, a doença parecia não assustar mais os brasileiros, com a busca pela vacina em queda. Escolas municipais realizavam ações de conscientização sobre a importância do combate à dengue.

Abril: A expectativa por melhores oportunidades profissionais levava mais de 35 mil candidatos a prestarem o concurso do governo estadual, que oferecia 253 vagas. Em Londrina, a Prefeitura de Londrina encaminhava à Câmara Municipal o projeto de lei para o lançamento do programa de regularização fiscal "Profis", com previsão de 30 a 40 mil adesões.

Maio: O contraste climático no Sul do país era destaque: enquanto o Rio Grande do Sul sofria com fortes chuvas, o Norte do Paraná enfrentava uma estiagem prolongada, prejudicando as lavouras e aumentando o risco de incêndios ambientais. Em Londrina, os bombeiros já haviam atendido 34 ocorrências de incêndio neste mês. A solidariedade se manifestava com a campanha de doações para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.

Junho: Um incêndio de grandes proporções atingia o pátio da Polícia Civil em Londrina, destruindo quase mil veículos. A tragédia mobilizou o Corpo de Bombeiros e evidenciou a necessidade de medidas de prevenção. No cenário econômico, o Paraná celebrava o maior avanço nas vendas do comércio varejista na região Sul, com destaque para o setor de material de construção.

Julho: O ministro da Pesca visita o Norte do Paraná e destacava o potencial da região para a piscicultura, atividade em que o estado é líder nacional. A música também ganha espaço, com a realização do Festival de Música. Em Londrina, um mutirão de cirurgias eletivas prometia atender cerca de 2 mil pessoas, diminuindo a longa fila de espera por procedimentos não emergenciais.

Agosto: A demanda por madeira na construção civil abria um novo mercado para o Paraná, maior produtor nacional de madeira de reflorestamento. O material, menos poluente que a alvenaria, voltava a ser uma aposta para a construção de casas e edifícios. Em Londrina, a reforma do Zerão ainda não havia começado, um mês após a ordem de serviço.

Setembro: O Londrina Esporte Clube (LEC) lutava para melhorar o desempenho defensivo e seguir sonhando com o acesso à Série B. O time era o lanterna do quadrangular decisivo e a torcida cobrava resultados. A seca e o avanço das queimadas preocupavam as autoridades no Paraná, com o risco de incêndios se intensificando com a chegada do La Niña. O ministro do STF autorizava o governo federal a emitir crédito extraordinário para o combate aos incêndios.

Outubro: A transição na Prefeitura de Londrina marca o início de um novo ciclo político, com a primeira reunião entre Marcelo Belinati e o prefeito eleito Tiago Amaral. Habitação, moradores de rua e atração de indústrias estavam entre as prioridades da nova gestão. O Paraná se consolida como o terceiro estado em geração de empregos no país, demonstrando a força da economia local. A instalação de novas torres de iluminação no Estádio do Café promete melhorar a infraestrutura esportiva da cidade.

Novembro: O caso do Maníaco do Parque volta à tona com a proximidade da possível soltura do criminoso. Moradores de Londrina, familiares de Elisângela Silva, assassinada por Francisco de Assis Pereira, temiam o retorno do assassino às ruas. A Polícia Federal concluía as investigações sobre a tentativa de golpe para impedir a posse de Lula, indiciando Bolsonaro e outras 36 pessoas por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Um projeto social em Londrina se destaca: alunos da Apae formam uma cooperativa para a produção de bolachas artesanais, uma iniciativa que promovia inclusão e geração de renda.

Dezembro: As filmagens do longa "Assalto à Brasileira" agitavam o centro histórico de Londrina. O filme, que retrata o assalto ao Banestado em 1987, trazia o ator Murilo Benício no papel do jornalista Paulo Ubiratan. A abstenção recorde nas eleições municipais chama atenção, com o "voto facultativo" e o desinteresse da população apontados como causas. A pesquisadora da UEM, Carmen Guedes, desenvolve embalagens a partir da palmeira de macaúba, uma inovação com potencial para substituir materiais tradicionais e gerar impacto positivo no meio ambiente.
