Os quatro elementos e invenções históricas ainda têm espaço no Enem
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quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Edson Neves/Especial para a FOLHA
Mantendo seu caráter de atualidades, a prova de ciências da natureza do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) trabalha em suas questões ações humanas ligadas aos fenômenos da natureza. Essas ações, pontua o professor de química e diretor do Colégio Marista de Londrina, Jorge Narciso, são apresentadas na área educacional como "práticas sociais". Na última segunda-feira, a Folha de Londrina trouxe o terceiro caderno especial sobre o Enem, com questões e dicas de ciências da natureza.
"A nanotecnologia, que está em evidência nos dias de hoje, é uma invenção humana tecnológica baseada nos fenômenos da natureza. O exame também explora a sustentabilidade - assunto atual - dentro de uma questão de energia solar", afirma
Já invenções que mudaram a humanidade como a lâmpada (1834) e telefone (1876) não são deixadas de lado no Enem, mas aparecem de maneira diferente. "São tecnologias, mas não recentes. Com isso, são mais trabalhadas dentro do seu aspecto histórico", afirmou Narciso, completando que questões que trazem objetos que se transformaram durante os anos são típicas da prova. "A descoberta de uma pilha composta por ferro e cobre, elementos não mais usados hoje em dia, gera uma pergunta sobre o potencial daquela pilha. Então você analisa o enunciado que traz um resgate histórico de um fenômeno químico. E isso é importante para a discussão da ciência".
Tratados pelo senso comum como "os quatro elementos" da natureza - terra, fogo, água e ar -, estes possuem uma importância diferente para a ciência. A água é tratada como substância; o ar uma mistura de gases; o fogo como fenômeno oriundo de uma transformação química e a terra em seu aspecto geográfico. "Ainda são temas da prova, mas de um ponto de vista mais ecológico e sustentável", concluiu Narciso.