Durante a preparação para a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), os candidatos se deparam com inúmeros conteúdos que podem aparecer na prova. Entretanto, alguns assuntos costumam ser mais frequentes do que outros, como é o caso do período colonial na prova de história. Além desses assuntos mais pertinentes, o exame também exige que o candidato saiba fazer relações entre diferentes disciplinas para ir bem na prova.

Carlos Portello, professor de história do Colégio Marista, explica que as questões de história aparecem no primeiro dia de prova no caderno de Ciências Humanas e suas Tecnologias. Ao todo, aparecem entre 10 e 12 questões de história na prova, mas que têm um forte caráter de interdisciplinaridade, que podem envolver conteúdos de sociologia, filosofia, arte, dentre outras disciplinas. “A disciplina de história no Enem não aparece única e exclusivamente sobre história, mas essa relação com as outras áreas de conhecimento que a gente tem que entender para responder o que é solicitado”, explica.

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Com um dos principais conteúdos que aparecem na prova, o Brasil Colonial, ou seja, ainda sob a ‘sombra’ da coroa portuguesa, é o principal carro-chefe da história no Enem. Relacionando o conteúdo com a interdisciplinaridade, o professor explica que é comum aparecerem questões retratando o racismo no período colonial com as disciplinas de sociologia e arte, que também tratam do assunto.

INTERDISCIPLINARIDADE

Como já dito, o período colonial aparece com frequência na prova e, por isso, Portello trouxe alguns assuntos que os alunos podem se dedicar mais durante a preparação para o Enem. De acordo com o professor, o período colonial se estende de 1500 a 1800 e durante esses 300 anos o Brasil passou diferentes ciclos econômicos. O começo foi com o açúcar produzido a partir da cana-de-açúcar, passando pela mineração até chegar ao café.

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No Enem, sobre o tema, o professor exemplifica que é possível aparecer alguma questão relacionada à produção açucareira no litoral, que enfrentava problemas por conta da criação de gado. Nesse contexto, foi necessário levar o gado para o interior do Brasil, o que permitiu a ocupação das regiões mais interioranas do país.

TRANSFORMAÇÕES NA ECONOMIA

Ainda em relação ao período colonial, Portello destaca que o Enem também costuma trazer questões sobre os povos africanos e as populações originárias americanas (indígenas). “É importante que ele [candidato] entenda as transformações que a produção açucareira, a mineração e a cafeicultura trouxeram para o Brasil e sua política”, explica.

Ainda com foco no Brasil, o período em que o país foi governado por Getúlio Vargas também é um conteúdo que costuma aparecer na prova, principalmente em relação ao Estado Novo, que foi o momento mais autoritário de Vargas. De acordo com o professor, o período foi marcado por uma série de políticas valorizando a indústria nacional, o que fomentou o surgimento das Leis Trabalhistas.

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Na sequência, a República Democrática (ou Populista), que vai de 1945 a 1964, traz conteúdos que também podem aparecer na prova, como a criação da nova capital federal e o estímulo à indústria nacional, de Juscelino Kubitschek, que elevou a inflação no país. Já João Goulart foi o responsável por dar início a melhorias do âmbito social, as chamadas Reformas de Base, que podem aparecer em alguma questão da prova.

IDADE MÉDIA

Ampliando o horizonte de possibilidades para a prova, Carlos Portello ressalta que a Idade Média também é um assunto muito cobrado no Enem, principalmente no que diz respeito às sociedades feudais e as relações de trabalho entre o servo e o senhor feudal. Além disso, segundo ele, a religiosidade também era um fator importante, ressaltando o cristianismo e o islamismo que surgem como grandes religiões monoteístas. Já na Idade Moderna, as grandes navegações e o mercantilismo, que era a política econômica da época, é o que o europeu cheguem às Américas.