FOLHA ENEM 2023

CADERNO 9 - LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

01. (ENEM DIGITAL)

Carlos é hoje um homem dividido, Mário, e isso graças às suas cartas.

Às vezes ele torce pelas palmeiras paródicas do Oswald de Andrade (a ninguém cá da terra passou despercebido o título que quer dar ao seu primeiro livro de poemas — Minha terra tem palmeiras). Às vezes não quer esquecer o gélido cinzel de Bilac e a prosa clássica dos decadentistas franceses, e à noite, ao ouvir o chamado da moça-fantasma, fica cismando ismálias em decassílabos rimados. Às vezes sucumbe ao trato cristão da condição humana e, à sombra dos rodapés de Tristão de Ataíde, tem uma recaída jacksoniana. Às vezes não sabe se prefere o barulho do motor do carro em disparada, ou se fica contemplando o sinal vermelho que impõe stop ao trânsito e silêncio ao cidadão. Às vezes entoa loas à vida besta, que devia jazer para sempre abandonada em Itabira. Mas na maioria das vezes sai saracoteando ironicamente pela rua macadamizada da poesia, que nem um pernóstico malandro escondido por detrás dos óculos e dos bigodes, ou melhor, que nem a foliona negra que você tanto admirou no Rio de Janeiro por ocasião das bacanais de Momo.

SANTIAGO, S. Contos antológicos de Silviano Santiago. São Paulo: Nova Alexandria, 2006.

Inspirado nas cartas de Mário de Andrade para Carlos Drummond de Andrade, o autor dá a esse material uma releitura criativa, atribuindo-lhe um remetente ficcional.

O resultado é um texto de expressividade centrada na

a) hesitação na escolha de um modelo literário ideal.

b) colagem de estilos e estéticas na formação do escritor.

c) confluência de vozes narrativas e de referências biográficas.

d fragmentação do discurso na origem da representação poética.

e) correlação entre elementos da cultura popular e de origem erudita.

02. (ENEM DIGITAL)

No aluir das paredes, no ruir das pedras, no esfacelar do barro, havia um longo gemido. Era o gemido soturno e lamentoso do Passado, do Atraso, do Opróbrio. A cidade colonial, imunda, retrógrada, emperrada nas velhas tradições, estava soluçando no soluçar daqueles apodrecidos materiais que desabavam. Mas o hino claro das picaretas abafava esse projeto impotente. Com que alegria cantavam elas — as picaretas regeneradoras! E como as almas dos que ali estavam compreendiam o que elas diziam, no clamor incessante e rítmico, celebrando a vitória da higiene, do bom gosto e da arte.

BILAC, O. Crônica (1904). Apud SEVCENKO, N. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1995.

De acordo com o texto, a “picareta regeneradora” do alvorecer do século XX significava a

a) erradicação dos símbolos monárquicos.

b) restauração das edificações seculares.

c) interrupção da especulação imobiliária.

d) reconstrução das moradias populares.

e) reestruturação do espaço urbano.

03. (ENEM DIGITAL)

Escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. É o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem e explodir com ela. Nada no bolso e nas mãos. Sabendo: perigoso, divino, maravilhoso.

Poetar é simples, como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena etc. Difícil é não correr com os versos debaixo do braço. Difícil é não cortar o cabelo quando a barra pesa. Difícil, pra quem não é poeta, é não trair a sua poesia, que, pensando bem, não é nada, se você está sempre pronto a temer tudo; menos o ridículo de declamar versinhos sorridentes. E sair por aí, ainda por cima sorridente mestre de cerimônias, “herdeiro” da poesia dos que levaram a coisa até o fim e continuam levando, graças a Deus.

E fique sabendo: quem não se arrisca não pode berrar. Citação: leve um homem e um boi ao matadouro. O que berrar mais na hora do perigo é o homem, nem que seja o boi. Adeusão.

TORQUATO NETO. Melhores poemas de Torquato Neto. São Paulo: Global, 2018. Questão 4 ENEM Digital

Expoente da poesia produzida no Brasil na década de 1970 e autor de composições representativas da Tropicália, Torquato Neto mobiliza, nesse texto,

a) gírias e expressões coloquiais para criticar a linguagem adornada da tradição literária então vigente.

b) intenções satíricas e humorísticas para delinear uma concepção de poesia voltada para a felicidade dos leitores.

c) frases de efeito e interpelações ao leitor para ironizar as tentativas de adequação do poema ao gosto do público.

d) recursos da escrita em prosa e noções do senso comum para enfatizar as dificuldades inerentes ao trabalho do poeta

e) referências intertextuais e anedóticas para defender a importância de uma atitude destemida ante os riscos da criação poética.

04. (ENEM DIGITAL)

Seixas era homem honesto; mas ao atrito da secretaria e ao calor das salas, sua honestidade havia tomado essa têmpera flexível da cera que se molda às fantasias da vaidade e aos reclamos da ambição.

Era incapaz de apropriar-se do alheio, ou de praticar um abuso de confiança; mas professava a moral fácil e cômoda, tão cultivada atualmente em nossa sociedade.

Segundo essa doutrina, tudo é permitido em matéria de amor; e o interesse próprio tem plena liberdade, desde que se transija com a lei e evite o escândalo.

ALENCAR, J. Senhora. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 out. 2015.

A literatura romântica reproduziu valores sociais em sintonia com seu contexto de mudanças.

No fragmento de Senhora, as concepções românticas do narrador repercutem a

a) resistência à relativização dos parâmetros éticos.

b) idealização de personagens pela nobreza de atitudes.

c) crítica aos modelos de austeridade dos espaços coletivos.

d) defesa da importância da família na formação moral do indivíduo.

e) representação do amor como fator de aperfeiçoamento do espírito.

05. (ENEM DIGITAL)

A minha primeira mulher

se divorciou do terceiro marido.

A minha segunda mulher

acabou casando com a melhor amiga dela.

A terceira (seria a quarta?)

detesta os filhos do meu primeiro casamento.

Estes, por sua vez, não suportam os filhos

do terceiro casamento da minha primeira mulher.

Confesso que guardo afeto pelas minhas ex-sogras.

Estava sozinho

quando um dos meus filhos acenou para mim no

meio do engarrafamento.

A memória demorou para engatar seu nome.

Por segundos, a vida parou em ponto morto.

MASSI, A. A vida errada. Rio de Janeiro: 7Letras, 2001.

No poema, a singularidade da situação representada é efeito da correlação entre a

a) dissipação das identidades e a circulação de sujeitos anônimos.

b) as relações familiares e a dinâmica da vida no espaço urbano.

c) a constatação da incomunicabilidade e a solidão humana.

d) o trânsito caótico e o impedimento à expressão afetiva.

e) os lugares de parentesco e o estranhamento social.

06. (ENEM DIGITAL)

Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...

Prendi meus afetos, formosa Pepita.

Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!

Não rias, prendi-me

Num laço de fita.

Na selva sombria de tuas madeixas,

Nos negros cabelos de moça bonita,

Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,

Formoso enroscava-se

O laço de fita.

[...]

Pois bem! Quando um dia na sombra do vale

Abrirem-me a cova... formosa Pepita!

Ao menos arranca meus louros da fronte,

E dá-me por c'roa...

Teu laço de fita.

ALVES, C. Espumas flutuantes. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 ago. 2015 (fragmento).

Exemplo da lírica de temática amorosa de Castro Alves, o poema constrói imagens caras ao Romantismo

Nesse fragmento, o lirismo romântico se expressa na

a) representação infantilizada da figura feminina.

b) criatividade inspirada em elementos da natureza.

c) opção pela morte como solução para as frustrações.

d) ansiedade com as atitudes de indiferença da mulher.

e) fixação por signos de fusão simbólica com o ser amado.

07. (ENEM DIGITAL)

Leia a posteridade, ó pátrio Rio,

Em meus versos teu nome celebrado,

Por que vejas uma hora despertado

O sono vil do esquecimento frio:

Não vês nas tuas margens o sombrio,

Fresco assento de um álamo copado;

Não vês ninfa cantar, pastar o gado

Na tarde clara do calmoso estio.

Turvo banhando as pálidas areias

Nas porções do riquíssimo tesouro

O vasto campo da ambição recreias.

Que de seus raios o planeta louro

Enriquecendo o influxo em tuas veias,

Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.

COSTA, C. M. Obras poéticas de Glauceste Satúrnio. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 out. 2015.

A concepção árcade de Cláudio Manuel da Costa registra sinais de seu contexto histórico, refletidos no soneto por um eu lírico que

a) busca o seu reconhecimento literário entre as gerações futuras.

b) contempla com sentimento de cumplicidade a natureza e o pastoreio.

c) lamenta os efeitos produzidos pelos atos de cobiça e pela indiferença

d) encontra na simplicidade das imagens a expressão do equilíbrio e da razão.

e) recorre a elementos mitológicos da cultura clássica como símbolos da terra.

08. (ENEM DIGITAL)

O universo infantil encanta por ser rico na diversidade de manifestações corporais. Crianças brincam de pega-pega, esconde-esconde, mãe de rua e experienciam diversas possibilidades de movimento na busca de novas descobertas, que podem ocorrer por meio de elementos gímnicos, como a estrelinha, a cambalhota, a bananeira (nomes populares dados à roda, ao rolamento e à parada de mãos).

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| Foto: Reprodução

Os fundamentos gímnicos da roda e da parada de mãos requerem, respectivamente, a aplicação dos elementos de

a) pose e força.

b) giro e corrida.

c) apoio e equilíbrio.

d) saltito e suspensão.

e) reversão e resistência.

09. (ENEM DIGITAL)

Brasília é a primeira cidade moderna inscrita na lista do Patrimônio Mundial. O plano da cidade, idealizado por Lúcio Costa, segue os princípios básicos da Carta de Atenas, de 1933. Uma cidade estruturada em áreas, cada qual com uma função específica (área monumental, onde se concentram os prédios da administração, área residencial, área agrária e área de lazer), separadas por vastos espaços naturais que se comunicam pelo traçado das grandes vias.

SILVA, F. F. As cidades brasileiras e o Patrimônio Cultural da Humanidade. São Paulo: Peirópolis, 2003.

A cidade apresentada foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade porque

a) mescla populações e sotaques ilustrativos da diversidade étnica brasileira.

b) preserva princípios arquitetônicos e urbanísticos originados no Modernismo

c) sintetiza valores cívicos e políticos definidores do patriotismo político nacional.

d) promove serviços turísticos e produtos artesanais representativos das tradições locais.

e) protege acervos documentais e imagéticos reveladores da trajetória institucional do país.

10. (ENEM Digital)

TEXTO I

Cinema Novo

O filme quis dizer: “Eu sou o samba”

A voz do morro rasgou a tela do cinema

E começaram a se configurar

Visões das coisas grandes e pequenas

Que nos formaram e estão a nos formar

Todas e muitas: Deus e o diabo, vidas secas, os fuzis,

Os cafajestes, o padre e a moça, a grande feira, o desafio

Outras conversas, outras conversas sobre os jeitos do Brasil

VELOSO, C.; GIL, G. In: Tropicália 2. Rio de Janeiro: Polygram, 1993 (fragmento).

TEXTO II

O cinema brasileiro partiu da consciência do subdesenvolvimento e da necessidade de superá-lo de maneira total, em sentido estético, filosófico, econômico: superar o subdesenvolvimento com os meios do subdesenvolvimento. Tropicalismo é o nome dessa operação; por isso existe um cinema antes e depois do Tropicalismo. Agora nós não temos mais medo de afrontar a realidade brasileira, a nossa realidade, em todos os sentidos e a todas as profundidades.

ROCHA, G. Tropicalismo, antropologia, mito, ideograma. In: Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra; Embrafilme, 1981 (adaptado).

Uma das aspirações do Cinema Novo, movimento cinematográfico brasileiro dos anos 1960, incorporadas pela letra da canção e detectáveis no texto de Glauber Rocha, está na

a) retomada das aspirações antropofágicas pela prática intertextual.

b) problematização do conceito de arte provocada pela geração tropicalista.

c) materialização do passado como instrumento de percepção do contemporâneo.

d) síntese da cultura popular em sintonia com as manifestações artísticas da época.

e) formulação de uma identidade brasileira calcada na tradição cultural e na crítica social.

11. (ENEM DIGITAL)

Durante cinco minutos, a banda norte-americana Atomic Tom deixou de lado microfones, guitarras, baixo e bateria. Mas eles não fizeram um show acústico como pode parecer. Eles utilizaram quatro aparelhos de telefone celular, cada um substituindo um instrumento, por meio de quatro aplicativos diferentes: Shred, Drum Meister, Pocket Guitar e Microphone.

Os quatro membros da banda embarcaram no metrô de Nova Iorque, ligaram seus celulares e começaram a tocar a música Take me Out sem nenhum tipo de anúncio, filmando a apresentação com outros aparelhos de telefone. O vídeo resultante foi sucesso no YouTube com mais de 2 milhões de visualizações. Disponível em: www.tecmundo.com.br. Acesso em: 6 jun. 2018 (adaptado).

A apresentação da banda Atomic Tom revela

a) alternativas inusitadas para enfrentar a difícil aquisição de instrumentos musicais tradicionais.

b) formas descartáveis de produção musical ligadas à efemeridade da sociedade atual.

c) maneiras inovadoras de ouvir música por meio de aparelhos eletrônicos portáteis.

d) possibilidades de fazer música decorrentes dos avanços tecnológicos.

e) soluções originais de levar a cultura musical para os meios de transporte.



12. (ENEM DIGITAL)

Os cuidados com o corpo vão se tornando uma exigência na modernidade e implicam a convergência de uma série de elementos: as tecnologias, para tanto, vão se desenvolvendo de maneira acelerada; o mercado dos produtos e serviços voltados para o corpo vai se expandindo; a higiene que fundamentava esses cuidados vai sendo substituída pelos prazeres do “corpo”, implicação lógica do processo de secularização, no qual há a identificação da personalidade dos indivíduos com sua aparência. Por todas essas circunstâncias, o cuidado com o corpo transforma-se numa ditadura do corpo, um corpo que corresponda à expectativa desse tempo, um corpo que seja trabalhado arduamente e do qual os vestígios de naturalidade sejam eliminados.

SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001.

O fenômeno social identificado, em relação à presença do corpo na sociedade, indica que

a) as tecnologias, o mercado dos produtos e serviços e a higiene criaram uma ditadura do corpo.

b) os cuidados com o corpo na modernidade reforçam a naturalidade da personalidade do indivíduo.

c) a expansão das tecnologias de cuidado reduz o impacto desempenhado pelos padrões estéticos na construção da imagem corporal.

d) o enfraquecimento atual dos padrões de beleza favorece o crescimento do mercado de produtos e serviços voltados aos cuidados estéticos.

e) os padrões estéticos desempenham uma importante função social à medida que induzem à melhoria dos indicadores de saúde na população.

13. (ENEM DIGITAL)

Os rituais estoicos do escritório, entre móveis sólidos, ásperos e numerosos módulos, e os funcionários, do rh ou contas a pagar, "boa tarde", "volte sempre", as tantas cobranças que o patrão reclama, avulsas, ouvindo a secretária soluçar, aplicada às duplicatas, enquanto convulsionamos números (necessário é discá-los todos), o monstro é um patrão eletrônico, ao invés de mãos, há troncos telefônicos; inaptos, se matando aos poucos estes homens que trabalham: um por um, inúteis, caminham na calma ao recinto sanitário, tomam pílulas diantes dos próprios rostos, projetados no mictório, findam em suicídios tão limpos quanto burocráticos; as máquinas permanecem a sós, sem ócio nem laços, sem tempo, apenas relógios, sem sonho ou delírio, apenas atrapalham, repetindo os mesmos sinos; apenas trabalham, trabalham: com ódio.

GUARNIERI, A. Suplemento Literário de Minas Gerais, n. 1 338, set.-out. 2011.

Ao correlacionar o trabalho humano ao da máquina, o autor vale-se da disposição do texto para

a) expressar a ideia de desumanização e de perda de identidade

b) ironizar a realização de tarefas repetitivas e acríticas.

c) realçar a falta de sentido de atividades burocráticas.

d) sinalizar a alienação do funcionário de repartição.

e) destacar a inutilidade do trabalhador moderno.

14. (ENEM DIGITAL)

Portas dos Fundos: contrato vitalício

Diretor: Ian SBF;

Tempo: 1 h 46 min;

Brasil, 2016.

O primeiro filme do grupo humorístico Porta dos Fundos, conhecido por seus mais de 12 milhões de assinantes no YouTube, estreou para o público brasileiro que curte as esquetes na internet. O desafio do grupo foi transformar os vídeos curtos em um longa para o cinema, que, apesar de grande investimento do elenco e dos produtores, não empolga tanto. O enredo conta com a dupla Rodrigo (F. Porchat) e Miguel (G. Duvivier), que, vencedores em Cannes, no auge de suas carreiras, decidem assinar um contrato vitalício em que o ator Rodrigo deverá participar de todos os filmes do produtor Miguel. A produção do filme maluco conta com o ótimo elenco do Porta dos Fundos: uma famosa blogueira, um jornalista de fofoca, um agente de celebridades, uma diretora de elenco radical, um detetive, um ajudante e atores. O ponto forte do filme é satirizar justamente o mundo das celebridades da internet e do cinema, ou seja, eles mesmos neste momento.

Disponível em: www.criticasdefilmes.com.br. Acesso em: 12 dez. 2017 (adaptado).

Nesse texto, um trecho que traz uma marca linguística da função avaliativa da resenha é

a) “Porta dos Fundos: contrato vitalício; Diretor: Ian SBF; Tempo: 1 h 46 min; Brasil, 2016.”

b) “O primeiro filme do grupo humorístico Porta dos Fundos [...] estreou para o público brasileiro que curte as esquetes na internet.”

c) “O enredo conta com a dupla Rodrigo (F. Porchat) e Miguel (G. Duvivier) [...]”.

d) “[...] o ator Rodrigo deverá participar de todos os filmes do produtor Miguel.”

e) “A produção do filme maluco conta com o ótimo elenco do Porta dos Fundos [...]”.

15. (ENEM DIGITAL)

A carroça sem cavalo

Conta-se que, em noites frias de inverno, descia um forte nevoeiro trazido pelo mar e, nessa noite, ouviam-se muitos barulhos estranhos. Os moradores da cidade de São Francisco, que é a cidade mais antiga de Santa Catarina, eram acordados de madrugada com um barulho perturbador. Ao abrirem a janela de casa, os moradores assustavam-se com a cena: viam uma carroça andando sem cavalo e sem ninguém puxando... Andava sozinha! Na carroça, havia objetos barulhentos, como panelas, bules, inclusive alguns objetos amarrados do lado de fora da carroça. O medo dominou a pequena cidade. Conta-se ainda que um carroceiro foi morto a coices pelo seu cavalo, por maltratar o animal. Nas noites de manifestação da assombração, a carroça saía de um nevoeiro, assustava a população e, depois de um tempo, voltava a desaparecer no nevoeiro. Disponível em: www.gazetaonline.com.br. Acesso em: 12 dez. 2017 (adaptado).

Considerando-se que os diversos gêneros que circulam na sociedade cumprem uma função social específica, esse texto tem por função

a) abordar histórias reais.

b) informar acontecimentos.

c) questionar crenças populares.

d) narrar histórias do imaginário social

e) situar fatos de interesse da sociedade.

16. (ENEM DIGITAL)

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No anúncio sobre a proibição da venda de bebidas alcoólicas para menores, a linguagem formal interage com a linguagem informal quando o autor

a) desrespeita a regência padrão para ampliar o alcance da publicidade.

b) elabora um jogo de significados ao utilizar a palavra “legal”.

c) apoia-se no emprego de gírias para se fazer entender.

d) utiliza-se de metalinguagem ao jogar com as palavras “legal” e “lei”.

e) esclarece que se trata de uma lei ao compará-la a uma proibição.

CONFIRA O GABARITO COM OS RESULTADOS DESSE SIMULADO