FOLHA ENEM 2023

CADERNO 13

LINGUAGEM E SUAS TECNOLOGIAS - 23/10/23

01. (ENEM)

O lazer é um fenômeno mundial, fruto da modernidade e das relações que se estabelecem entre o tempo de trabalho e o tempo do não trabalho. Os efeitos da industrialização e da globalização foram percebidos pela velocidade das mensagens veiculadas pela mídia, pela explosão das novas tecnologias da informação e comunicação, pela exacerbação do individualismo e competitividade, pelas mudanças no contexto social e também por uma crise nas relações de trabalho. Em meio a todas essas mudanças, o lazer apresenta-se como um conjunto de elementos culturais que podem ser vivenciados no tempo disponível, seja como atividade prática ou contemplativa.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta curricular do estado de Minas Gerais, 6º ao 9º ano. Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2012.

Na perspectiva conceitual assumida pelo texto, o lazer constitui-se por atividades que

a) auxiliam na conquista de maior produtividade no âmbito do trabalho.

b) buscam a melhoria da condição atlética e da alta performance dos praticantes.

c) resultam da tensão entre os interesses da mídia e as necessidades dos empregadores.

d) favorecem as relações de individualidade e competitividade entre os praticantes.

e) são de natureza esportiva, artística ou cultural, escolhidas pelos indivíduos.

02. (ENEM)

A elaboração da Lei n. 11.340/06 (Lei Maria da Penha) partiu, em grande medida, de uma perspectiva crítica aos resultados obtidos pela criação dos Juizados Especiais Criminais direcionada à banalização do conflito de gênero, observada na prática corriqueira da aplicação de medidas alternativas correspondentes ao pagamento de cestas básicas pelos acusados.

VASCONCELOS, F. B. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 11 dez. 2012 (adaptado).

No contexto descrito, a lei citada pode alterar a situação da mulher ao proporcionar sua

a) atuação como provedora do lar.

b) inserção no mercado de trabalho.

c) presença em instituições policiais.

d) proteção contra ações de violência.

e) participação enquanto gestora pública.

03. (ENEM)

Uma língua, múltiplos falares

Desde suas origens, o Brasil tem uma língua dividida em falares diversos. Mesmo antes da chegada dos portugueses, o território brasileiro já era multilíngue. Havia cerca de 1,2 mil línguas faladas pelos povos indígenas. O português trazido pelo colonizador tampouco era uma língua homogênea, havia variações dependendo da região de Portugal de onde ele vinha. Há de se considerar também que a chegada de falantes de português acontece em diferentes etapas, em momentos históricos específicos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, temos primeiramente o encontro linguístico de portugueses com índios e, além dos negros da África, vieram italianos, japoneses, alemães, árabes, todos com suas línguas. “Todo este processo vai produzindo diversidades linguísticas que caracterizam falares diferentes”, afirma um linguista da Unicamp. Daí que na mesma São Paulo pode-se encontrar modos de falar distintos como o de Adoniran Barbosa, que eternizou em suas composições o sotaque típico de um filho de imigrantes italianos, ou o chamado erre retroflexo, aquele erre dobrado que, junto com a letra i, resulta naquele jeito de falar “cairne” e “poirta” característico do interior de São Paulo.

MARIUZZO, P. Disponível em: www.labjor.unicamp.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).

A partir desse breve histórico da língua portuguesa no Brasil, um dos elementos de identidade nacional, entende-se que a diversidade linguística é resultado da

a) imposição da língua do colonizador sobre as línguas indígenas.

b) interação entre os falantes de línguas e culturas diferentes.

c) sobreposição das línguas europeias sobre as africanas e indígenas.

d) heterogeneidade da língua trazida pelo colonizador.

e) preservação dos sotaques característicos dos imigrantes.

04. (ENEM)

Para que serve a tecnologia

Computador

“Com os computadores e a internet, mudei muito. A Lian de hoje é totalmente diferente daquela de antes da informática. Me abriu portas e, além de tudo, fui aceita por pessoas que achava que não iriam me aceitar. Com a internet, viajei o mundo. Fui até Portugal e à África. Eu nem sabia que lá a realidade era tão forte. Perto deles, estamos até muito bem.” – Tânia “Lian” Silva, 26, índia pankararu.

TV

“Eu gosto muito de televisão. Assisto às novelas, me divirto muito. Mas, ao mesmo tempo, sei que aquilo tudo que passa lá não é verdade. É tudo uma ilusão.” – Valentina Maria Vieira dos Santos, 89, índia fulni-ô da aldeia Xixi a cla.

MP3 Player

“Cuido do meu tocador de MP3 como se fosse um tesouro. É um pen drive simples, mas é muito especial para mim. Nele ouço músicas indígenas e bandas da própria aldeia. Ele vive emprestado porque acaba sendo a diversão da aldeia inteira. Uso até para exibir uns vídeos que baixo da internet. Basta colocar no aparelho de DVD com entrada USB que tenho.” – Jailton Pankararu, 23, índio pankararu.

Disponível em: www2.uol.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012.

Os depoimentos apresentados no texto retratam o modo como diferentes gerações indígenas relatam suas experiências com os artefatos tecnológicos.

Os comentários revelam

a) uma preferência pela possibilidade de uso do computador.

b) um elogio à utilidade da tecnologia no cotidiano indígena

c) uma crítica à própria identidade antes da inclusão digital.

d)o gosto pela ilusão em telenovelas transmitidas na TV.

e) o desejo de possuir um aparelho importado.

05. (ENEM)

Física com a boca

Por que nossa voz fica tremida aofalar na frente do ventilador?

Além de ventinho, o ventilador gera ondas sonoras. Quando você não tem mais o que fazer e fica falando na frente dele, as ondas da voz se propagam na direção contrária às do ventilador. Davi Akkerman – presidente da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica – diz que isso causa o mismatch, nome bacana para o desencontro entre as ondas. “O vento também contribui para a distorção da voz, pelo fato de ser uma vibração que influencia no som”, diz. Assim, o ruído do ventilador e a influência do vento na propagação das ondas contribuem para distorcer sua bela voz.

Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).

Sinais de pontuação são símbolos gráficos usados para organizar a escrita e ajudar na compreensão da mensagem.

No texto, o sentido não é alterado em caso de substituição dos travessões por

a) aspas, para colocar em destaque a informação seguinte.

b) vírgulas, para acrescentar uma caracterização de Davi Akkerman.

c) reticências, para deixar subentendida a formação do especialista.

d) dois-pontos, para acrescentar uma informação introduzida anteriormente.

e) ponto e vírgula, para enumerar informações fundamentais para o desenvolvimento temático.

06. (ENEM)

Vez por outra, indo devolver um filme na locadora ou almoçar no árabe da rua de baixo, dobro uma esquina e tomo um susto. Ué, cadê o quarteirão que estava aqui? Onde na véspera havia casinhas geminadas, roseiras cuidadas por velhotas e janelas de adolescentes, cheias de adesivos, há apenas uma imensa cratera, cercada de tapumes. [...]

Em breve, do buraco brotará um prédio, com grandes garagens e minúsculas varandas, e será batizado de Arizona Hills, ou Maison Lacroix, ou Plaza de Marbella, e isso me entristece. Não só porque ficará mais feio meu caminho até a locadora, ou até o árabe na rua de baixo, mas porque é meu bairro que morre, devagarinho. Os bairros, como os homens, também têm um espírito. [...]

Às vezes, no fim da tarde, quando ouço o sino da igreja da Caiubi badalar seis vezes, quase acredito que estou numa cidade do interior. Aí saio para devolver os vídeos, olho para o lado, percebo que o quarteirão desapareceu e me dou conta de que estou em São Paulo, e que eu mesmo tenho minha cota de responsabilidade: moro no segundo andar de um prédio. [...]

Ali embaixo, onde agora fica a garagem, já houve uma cratera, e antes dela o jardim de uma velhota e a janela de um adolescente, cheia de adesivos.

PRATA, A. Perdizes. In: Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34, 2010.

Na crônica, a incidência do contexto social sobre a voz narrativa manifesta-se no(a)

a) decepção com o progresso da cidade de São Paulo.

b) sentimento de nostalgia causado pela demolição das casas antigas.

c) percepção de uma descaracterização da identidade do bairro.

d) necessidade de uma autocrítica em relação aos próprios hábitos.

e) descontentamento com os estrangeirismos da nova geografia urbana.

07. (ENEM)

Para os chineses da dinastia Ming, talvez as favelas cariocas fossem lugares nobres e seguros: acreditava-se por lá, assim como em boa parte do Oriente, que os espíritos malévolos só viajam em linha reta. Em vielas sinuosas, portanto, estaríamos livres de assombrações malditas. Qualidades sobrenaturais não são as únicas razões para considerarmos as favelas um modelo urbano viável, merecedor de investimentos infra-estruturais em escala maciça. Lugares com conhecidos e sérios problemas, elas podem ser também solução para uma série de desafios das cidades hoje. Contanto que não sejam encaradas com olhar pitoresco ou preconceituoso. As favelas são, afinal, produto direto do urbanismo moderno e sua história se confunde com a formação do Brasil.

CARVALHO, B. A favela e sua hora. Piauí, n. 67, abr. 2012.

Os enunciados que compõem os textos encadeiam-se por meio de elementos linguísticos que contribuem para construir diferentes relações de sentido.

No trecho “Em vielas sinuosas, portanto, estaríamos livres de assombrações malditas”, o conector “portanto” estabelece a mesma relação semântica que ocorre em

a) “[...] talvez as favelas cariocas fossem lugares nobres e seguros [...].”

b) “[...] acreditava-se por lá, assim como em boa parte do Oriente [...].”

c) “[...] elas podem ser também solução para uma série de desafios das cidades hoje.”

d) “Contanto que não sejam encaradas com olhar pitoresco ou preconceituoso.”

e) “As favelas são, afinal, produto direto do urbanismo moderno [...].”

08. (ENEM)

Não há dúvidas de que, nos últimos tempos, em função da velocidade, do volume e da variedade da geração de informações, questões referentes à disseminação, ao armazenamento e ao acesso de dados têm se tornado complexas, de modo a desafiar homens e máquinas. Por meio de sistemas financeiros, de transporte, de segurança e de comunicação interpessoal – representados pelos mais variados dispositivos, de cartões de crédito a trens, aviões, passaportes e telefones celulares –, circulam fluxos informacionais que carregam o DNA da vida cotidiana do indivíduo contemporâneo. Para além do referido cenário informacional contemporâneo, percebe-se, nos contextos governamentais, um esforço – gerado por leis e decretos, ou mesmo por pressões democráticas – em disseminar informações de interesse público. No Brasil, está em vigor, desde maio de 2012, a Lei de Acesso à Informação n. 12.527. Em linhas gerais, a legislação regulamenta o direito à informação, já garantido na Constituição Federal, obrigando órgãos públicos a divulgarem os seus dados.

SILVA JR., M. G. Vigiar, punir e viver. Minas faz Ciência, n. 58, 2014 (adaptado).

As Tecnologias de Informação e Comunicação propiciam à sociedade contemporânea o acesso à grande quantidade de dados públicos e privados.

De acordo com o texto, essa nova realidade promove

a) questionamento sobre a privacidade.

b) mecanismos de vigilância de pessoas.

c) disseminação de informações individuais.

d) interferência da legislação no uso dos dados.

e) transparência na relação entre governo e cidadãos.

09. (ENEM)

Quer um conselho? Vá conhecer alguma coisa da terra e deixe os homens em paz... Os homens mudam, a terra é inalterável. Vá por aí dentro, embrenhe-se pelo interior e observe alguma coisa de proveitoso. Aqui na capital só encontrará casas mais altas, ruas mais cheias e coisas parecidas ao que de igual existe em todas as cidades modernas. Mas ao contato com a terra você sentirá o que não pode sentir nas avenidas asfaltadas.

LOBATO, M. Lobatiana: meio ambiente. São Paulo: Brasiliense, 1985.

O texto literário evidencia uma percepção dual sobre a cidade e o campo, fundamentada na ideia de

a) progresso científico.

b) evolução da sociedade.

c) valorização da natureza

d) racionalidade econômica.

e) democratização do espaço.

10. (ENEM)

Talvez julguem que isto são voos de imaginação: é possível. Como não dar largas à imaginação, quando a realidade vai tomando proporções quase fantásticas, quando a civilização faz prodígios, quando no nosso próprio país a inteligência, o talento, as artes, o comércio, as grandes ideias, tudo pulula, tudo cresce e se desenvolve?

Na ordem dos melhoramentos materiais, sobretudo, cada dia fazemos um passo, e em cada passo realizamos uma coisa útil para o engrandecimento do país.

ALENCAR, J. Ao correr da pena. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2013.

No fragmento da crônica de José de Alencar, publicada em 1854, a temática nacionalista constrói-se pelo elogio ao(à)

a) passado glorioso.

b) progresso nacional.

c) inteligência brasileira.

d) imponência civilizatória.

e) imaginação exacerbada.

11. (ENEM)

Quanto às mulheres de vida alegre, detestava-as; tinha gasto muito dinheiro, precisava casar, mas casar com uma menina ingênua e pobre, porque é nas classes pobres que se encontra mais vergonha e menos bandalheira. Ora, Maria do Carmo parecia-lhe uma criatura simples, sem essa tendência fatal das mulheres modernas para o adultério, uma menina que até chorava na aula simplesmente por não ter respondido a uma pergunta do professor! Uma rapariga assim era um caso esporádico, uma verdadeira exceção no meio de uma sociedade roída por quanto vício há no mundo. Ia concluir o curso, e, quando voltasse ao Ceará, pensaria seriamente no caso. A Maria do Carmo estava mesmo a calhar: pobrezinha, mas inocente...

CAMINHA, A. A normalista. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 16 maio 2016.

Alinhado às concepções do Naturalismo, o fragmento do romance de Adolfo Caminha, de 1893, identifica e destaca nos personagens um(a)

a) compleição moral condicionada ao poder aquisitivo.

b) temperamento inconstante incompatível com a vida conjugal.

c) formação intelectual escassa relacionada a desvios de conduta.

d) laço de dependência ao projeto de reeducação de inspiração positivista.

e) sujeição a modelos representados por estratificações sociais e de gênero.

12. (ENEM)

Monks embrace web to reach recruits

Stew Milne for The New York Times

The Benedictine monks at the Portsmouth Abbey in Portsmouth have a problem. They are aging and their numbers have fallen to 12, from a peak of about 24 in 1969. So the monks have taken to the Internet with an elaborate ad campaign featuring videos, a blog and even a Gregorian chant ringtone. “If this is the way the younger generation are looking things up and are communicating, then this is the place to be”, said Abbot Caedmon Holmes, who has been in charge of the abbey since 2007. That place is far from the solitary lives that some may think monks live. In fact, in this age of social media, the monks have embraced what may be the most popular form of public self- expression: a Facebook page, where they have uploaded photos and video testimonials. Some monks will even write blogs.

MILNE, S. Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 19 jun. 2012 (adaptado).

A internet costuma ser um veículo de comunicação associado às camadas mais jovens da população, embora não exclusivamente a elas.

Segundo o texto, a razão que levou os religiosos a fazerem uma campanha publicitária na internet foi o(a)

a) busca por novos interessados pela vida religiosa de monge.

b) baixo custo e a facilidade de acesso dos monges à rede.

c) desejo de diminuir a solidão vivida pelos monges na abadia.

d) necessidade dos monges de se expressarem publicamente.

e) divulgação de fotos pessoais dos monges no Facebook.

13. (ENEM)

Which skin colour are you?


The human swatch chart that confronts racism

In 1933, in a book called The Masters and the Slaves, the Brazilian anthropologist Gilberto Freyre wrote: “Every Brazilian, even the light- skinned, fair-haired one, carries about him on his soul, when not on soul and body alike, the shadow, or at least the birthmark, of the aborigine or the negro.” This was forefront in the mind of the French artist Pierre David when he moved to Brazil in 2009. “When I was in the streets, I could see so many skin colours”, he says. He decided to make a human colour chart, like one you would find in the paint section of B&Q shop, but showing the gradations and shades of our skin colour. The project, called Nuancier or “swatches”, was first shown at the Museu de Arte Moderna in Salvador – Bahia, and is now on show in his native France. “Brazil has a better attitude to skin colour than other developed nations”, he says. “There's no doubt, because the concept of skin colour difference was recognised very early in their history. Now, it even appears on identity documents.”

Yet Nuancier, David says, is still a critique of racism, in Brazil and around the world. “This work may seem provocative – to classify men by colour, to industrially produce the colour of an individual so it can be store-bought. But this is a demonstration of the commodification of bodies. It denounces racism anywhere it is found in the world.”

SEYMOUR, T. Disponível em: www.theguardian.com. Acesso em: 21 out. 2015 (adaptado).

O artista francês Pierre David, ao evidenciar seu encantamento com a diversidade de cores de peles no Brasil, no projeto Nuancier, também

a) desencadeia um estudo sobre a atitude dos brasileiros com base na análise de características raciais.

b) denuncia a discriminação social gerada com a distinção de cores na população de Salvador.

c) destaca a mistura racial como elemento-chave no impedimento para a ascensão social.

d) provoca uma reflexão crítica em relação à classificação e à mercantilização das raças

e) elabora um produto com base na variedade de cores de pele para uso comercial.


14. (ENEM)

Incivismo

Pasear por el centro de Barcelona (España) de noche implica, a ciencia cierta, tropezarse con, por ejemplo, jóvenes bebiendo en portales y plazas, con alguno de ellos aliviando la vejiga en las esquinas... La orden para la policía local ha sido la de multiplicar la ofensiva contra la falta de civismo, combatiéndose también, por lo tanto, las molestias callejeras que perturban el sueño. Y, aunque no hay milagros, las cifras ya constatan el esfuerzo de este año por poner un freno. Con respecto a las molestias (ruidos, peleas, música a altas horas en la vía pública), las multas se han multiplicado por cuatro. Las multas por consumir alcohol en la calle superan ya las 5 000 este verano.

CASTÁN, P. Disponível em: www.elperiodico.com. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).

Para combater a falta de civismo, a polícia da cidade de Barcelona tem

a) aumentado a aplicação de multas.

b) encarcerado os jovens baderneiros.

c) isolado o centro da cidade.

d) controlado a distribuição de álcool.

e) proibido a música em alto volume

15 (ENEM)

Con una chacra de Portezuelo como escenario, algunos dirigentes frentistas se reunieron para evaluar el estado de la coalición de gobierno y discutir estrategias para las elecciones del año próximo. Ministros de Estado, legisladores y sindicalistas departieron allí sobre alineamientos electorales dentro del Frente Amplio. Los acompañó en la ocasión el rector de la Universidad de la República, Rodrigo Arocena, un funcionario que por su investidura debería mostrar menos la hilacha y cuidarse de aparecer vinculado a confabulaciones y maniobras de política partidaria.

Disponível em: http://historico.elpais.com.uy. Acesso em: 20 nov. 2013.

No texto do jornal uruguaio, o autor utiliza a expressão idiomática mostrar menos la hilacha para sugerir que o reitor da universidade deve


a) ser menos ingênuo.

b) evitar se perder em ilações.

c) agir de modo menos prepotente.

d) ter mais zelo com os arranjos políticos.

e) privar-se de expor suas tendências ideológicas.

16. (ENEM)

Reclame

se o mundo não vai bem

a seus olhos, use lentes

... ou transforme o mundo.

ótica olho vivo

agradece a preferência.

CHACAL. Disponível em: www.escritas.org. Acesso em: 14 ago. 2014

Os gêneros podem ser híbridos, mesclando características de diferentes composições textuais que circulam socialmente. Nesse poema, o autor preservou, do gênero publicitário, a seguinte característica:

a) Extensão do texto.

b) Emprego da injução

c) Apresentação do título.

d) Disposição das palavras.

e) Pontuação dos períodos.

17. (ENEM)

O modelo de conservacionismo norte-americano espalhou-se rapidamente pelo mundo recriando a dicotomia entre “povos” e “parques”.

Como essa ideologia se expandiu, sobretudo para os países do Terceiro Mundo, seu efeito foi devastador sobre as “populações tradicionais” de extrativistas, pescadores, índios, cuja relação com a natureza é diferente da analisada pelos primeiros “ideólogos” dos parques nacionais norte-americanos. É fundamental enfatizar que a transposição deste “modelo” de parques sem moradores, vindo de países industrializados e de clima temperado, para países cujas florestas remanescentes foram e continuam sendo, em grande parte, habitadas por populações tradicionais, está na base não só de conflitos insuperáveis, mas de uma visão inadequada de áreas protegidas.

DIEGUES, A. C. O mito da natureza intocada. São Paulo: Hucitec; Nupaub-USP/CEC, 2008 (adaptado).

O modelo de preservação ambiental criticado no texto é considerado inadequado para o Brasil por promover ações que

a) incentivam o comércio de produtos locais.

b) separam o homem do lugar de origem

c) regulamentam as disputas fundiárias.

d) deslocam a diversidade biológica.

e) fomentam a atividade turística.

18. (ENEM)

O ponto de partida para o nascimento de uma cozinha brasileira foi o livro de receitas Cozinheiro Imperial, de 1840. Estimulava a nobreza e os ricos a acrescentarem ingredientes e pratos locais em suas festas. A princesa Isabel comemorou as bodas de prata com um banquete no qual foram servidos bolo de mandioca e canja à brasileira.

RIBEIRO, M. Fome imperial: Dom Pedro II não era um gourmet, mas ajudou a dar forma à gastronomia brasileira. Aventuras na História, mar. 2014 (adaptado).

O uso da culinária popular brasileira, no contexto apresentado, colaborou para

a) enfraquecer as elites agrárias.

b) romper os laços coloniais.

c) reforçar a religião católica.

d) construir a identidade nacional

e) humanizar o regime escravocrata.

19. (ENEM)

Deserto de sal

O silêncio ajuda a compor a trilha que se ouve na caminhada pelo Salar de Atacama.

Com 100 quilômetros de extensão, o Salar de Atacama é o terceiro maior deserto de sal do mundo. De acordo com estudo publicado pela Universidade do Chile, o Salar de Atacama é uma depressão de 3 500 quilômetros quadrados entre a Cordilheira dos Andes e a Cordilheira de Domeiko. Sua origem está no movimento das placas tectônicas. Mais tarde, a água evaporou-se e, desta forma, surgiram os desertos de sal do Atacama. Além da crosta de sal que recobre a superfície, há lagoas formadas pelo degelo de neve acumulada nas montanhas.

FORNER, V. Terra da Gente, n. 96, abr. 2012.

Os gêneros textuais são textos materializados que circulam socialmente. O texto Deserto de sal foi veiculado em uma revista de circulação mensal.

Pelas estratégias linguísticas exploradas, conclui-se que o fragmento apresentado pertence ao gênero

a) relato, pela apresentação de acontecimentos ocorridos durante uma viagem ao Salar de Atacama.

b) verbete, pela apresentação de uma definição e de exemplos sobre o termo Salar de Atacama.

c) artigo de opinião, pela apresentação de uma tese e de argumentos sobre o Salar de Atacama.

d) reportagem, pela apresentação de informações e de dados sobre o Salar de Atacama.

e) resenha, pela apresentação, descrição e avaliação do Salar de Atacama.

20 (ENEM)

Filha do compositor Paulo Leminski lança disco com suas canções

“Leminskanções” dá novos arranjos a 24 composições do poeta

Frequentemente, a cantora e compositora Estrela Ruiz é questionada sobre a influência da poesia de seu pai, Paulo Leminski, na música que ela produz. “A minha infância foi música, música, música”, responde veementemente, lembrando que, antes de poeta, Leminski era compositor.

Estrela frisa a faceta musical do pai em Leminskanções. Duplo, o álbum soma Essa noite vai ter sol, com 13 composições assinadas apenas por Leminski, e se nem for terra, se transformar, que tem 11 parcerias com nomes como sua mulher, Alice Ruiz, com quem compôs uma única faixa, Itamar Assumpção e Moraes Moreira. BOMFIM, M. Disponível em: http://cultura.estadao.com.br. Acesso em: 22 ago. 2014 (adaptado).

Os gêneros textuais são caracterizados por meio de seus recursos expressivos e suas intenções comunicativas. Esse texto enquadra-se no gênero

a) biografia, por fazer referência à vida da artista.

b) relato, por trazer o depoimento da filha do artista.

c) notícia, por informar ao leitor sobre o lançamento do disco.

d) resenha, por apresentar as características do disco.

e) reportagem, por abordar peculiaridades sobre a vida da artista.

Confira o gabarito com as respostas corretas deste simulado.