Pode parecer apenas uma ilustração ou complemento de informações mais importantes, mas os mapas e gráficos que aparecem na prova de ciências humanas e suas tecnologias do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) podem "cortar caminhos" e facilitar a vida do candidato na hora de resolver as questões do primeiro dia de exame.

A dica é observar o órgão que serviu como fonte para as informações. "Se as informações vêm de órgãos do governo federal, como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), tendem a ser mais formalizadas e dificilmente trazem dados que depreciam algum problema social.

Já os dados trazidos por alguma entidade ou veículo de comunicação que se posiciona contra o governo, por exemplo, é preciso ir mais a fundo e analisar todo o contexto, ideologias e posicionamento político. Olhar a fonte diz muito sobre o que estará exposto no gráfico", destacou o professor Nilson Douglas Castilho, do Colégio Marista de Londrina.

Ainda de acordo com o professor, a resposta correta para os enunciados que trazem os gráficos, em sua maioria, prezam por uma neutralidade. "(Uma alternativa) que não entre tanto numa análise subjetiva e que fique somente em cima dos números", pontuou. Por outro lado, Castilho acrescentou que "não é só olhar o número e reproduzi-lo na operação mental. É também entender o que aquele número realmente significa”.

Perguntado sobre os mapas, o coordenador de ensino médio do Marista adiantou que a prova do Enem foca em diferentes contextos, minimizando a possibilidade do exame apresentar os tipos de mapa mais conhecidos pelos estudantes. "Pode ser um mapa na época das Capitanias Hereditárias; ou um mapa agropecuário; até mesmo um mapa que mostre as divisões das classes sociais do nosso país. E essa análise deve ser feita como um todo, levando em consideração as informações que geralmente são trazidas em conjunto", finalizou.