Imagem ilustrativa da imagem Mudança na lei eleitoral reduz número de candidatos



Com 358 candidatos inscritos na Justiça Eleitoral, o número de pretendentes aos cargos (Executivo e Legislativo) em disputa nas eleições municipais em Londrina teve redução se comparado com o pleito de quatro atrás, quando 398 entraram na campanha. Segundo lideranças partidárias da cidade, ouvidas ontem pela reportagem, muitos filiados acabaram de fora e entraram para uma espécie de "lista de reservas", elaborada internamente pelas legendas, esperando alguma desistência, por causa da mudança na legislação eleitoral.
A minirreforma eleitoral aprovada no ano passado igualou o peso entre a coligação e a chapa pura nas disputas proporcionais e estabeleceu o limite de candidaturas a vereador em até 150% o número de cargos em disputa, isso para municípios com mais de 100 mil eleitores. No caso de Londrina, partidos e coligações foram obrigados a registrar no máximo 29 nomes. Contudo, de acordo com a regra vigente até 2014 – quando foram realizadas eleições gerais – as coligações eram beneficiadas e podiam registrar até o dobro de cadeiras em disputa. Como exemplo, em Londrina, seriam 38 candidatos.
O presidente do PSDB londrinense, Gerson Araújo, disse que as mudanças encurtaram o espaço para a composição de chapas com várias siglas, especialmente para os partidos mais estruturados. "Um dos principais problemas são as alterações na lei eleitoral, tendo em vista que antes podíamos ampliar o número de candidatos quando havia a coligação, mas agora o limite ficou em 29, complicando bastante para os partidos."
Coligados para a disputa majoritária, mas independentes nas proporcionais, PSDB e PSD são os partidos que mais apresentaram pedidos de registros de candidatos para as eleições deste ano. Foram 30 ao todo, considerando os vereadores, prefeito e vice. Segundo o presidente do PSD, Christian Schneider, a montagem da chapa de vereadores pode gerar "um racha" na legenda se os filiados são preteridos em favor de outro partido na hora de montar um chapão. "É ruim dizer para um correligionário que vem se preparando há bastante tempo que ele não será mais candidato porque o partido decidiu se coligar com outro e terá que abrir mão de nomes."
Segundo Schneider, "o critério para optar ou não por coligação é diferente entre os partidos". "No nosso caso, a ideia é valorizar a legenda e consolidar o crescimento em Londrina, afinal nós saltamos de 8 candidatos em 2012 para chapa completa agora, com possibilidade real de fazer até duas cadeiras", disse Schneider, revelando também que alguns membros ficaram na espera por uma vaga.
Araújo concorda com Schneider. "São vários os critérios, é muito difícil eliminar pessoas no partido que querem se candidatar. Além disso, dependendo do partido com o qual você vai se coligar, os filiados são contrários, porque acaba ficando mais difícil para se eleger", afirmou o presidente tucano, citando o quociente eleitoral, pelo qual a conquista da vaga na Câmara de Vereadores segue o critério da proporcionalidade.