Imagem ilustrativa da imagem Prefeito eleito de Ibiporã olha atento para retomada da economia
| Foto: Gustavo Carneiro

Eleito para seu quarto mandato na Prefeitura de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina), José Maria Ferreira (PSD) atingiu marca expressiva, com o voto de 69,05% dos eleitores. O resultado demonstra o reconhecimento das administrações anteriores. A história do político, popularmente conhecido como Zé Maria, é antiga. A primeira vez que assumiu o posto na cidade foi em 1989, e depois voltou em 2009, tendo deixado a prefeitura em 2016. Seu retorno será marcado por um olhar cuidadoso à economia. A fragilidade do cenário nacional, transformado pela pandemia da Covid-19, é motivo de atenção para o experiente administrador municipal de 69 anos. “Ano que vem, haverá um rescaldo, os recursos do Governo Federal poderão ter se esgotado e podemos sofrer com a ressaca. Este ano não sentimos tanto os efeitos porque foram tomadas muitas iniciativas para ajudar as empresas e a população”, analisa.

Como resposta, o futuro prefeito avalia atender a todas as frentes possíveis e não buscar uma única salvação. Ferreira diz que o cenário financeiro internacional pode influenciar diretamente uma das principais fontes de renda da região, o agronegócio. “Se juntarmos a forma em que o governo lida com o mercado estrangeiro com um período de seca, a crise pode ficar muito séria. Os governos estadual e federal precisam retomar a aceleração de investimentos com competência”, afirma o recém-eleito, com boas perspectivas do fim da crise do coronavírus. “Pelo que estamos vendo, em breve haverá uma vacina. Acredito que logo se resolverá, aí ficam os problemas sérios da gestão para os governos”, lembra.

PARA-CHOQUES

Pela experiência adquirida, Ferreira diz que os prefeitos são os para-choques do País. Recaem sobre os administradores locais toda a atenção básica da crise. Em um cálculo superficial, o futuro prefeito acredita que a demanda pela educação básica da rede municipal possa aumentar em até 25% devido à dificuldade financeira causada pela crise de saúde pública. “Diretamente aumenta o gasto com a alimentação, a despesa com pessoal, o transporte e até o uso do espaço físico para as escolas. O fato é que precisamos trabalhar e nos empenhar nas instituições que representam as cidades para melhorar a fatia do bolo tributário que cabe aos municípios. Há ainda uma reforma tributária em curso e isso nos afeta”, alerta.

Imediatamente, assim que empossado, as promessas são de melhoria dos serviços públicos de Ibiporã e a utilização de recursos de forma racionalizada. “Vamos ter uma administração contida nos gastos, além de melhorar o padrão do atendimento desde o controle burocrático, até o resultado na Educação, Saúde e o Serviço Social. Acredito que temos que usar a tecnologia em nosso favor”, aposta. Entre essas propostas, está a ideia de utilizar a energia solar para reduzir o consumo da conta de luz dos prédios públicos. “Temos que apoiar o desenvolvimento sustentável. Melhorar a vida da população com a industrialização, mas com o menor impacto possível ao ambiente. Cuidar de perto dos cursos naturais”, conclui.