Judicialização cresce a 20 dias do primeiro turno em Londrina

A campanha eleitoral em Londrina esquenta a 20 dias do primeiro turno. Candidatos a prefeito de Londrina travam batalha na Justiça Eleitoral para barrar mensagens ditas como "fake news", além de contestarem conteúdos veiculados na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Só neste início da semana foram duas decisões favoráveis a duas coligações.

O juiz da 146ª zona eleitoral, Luiz Valério dos Santos, concedeu liminar para que seja determinado ao candidato Boca Aberta (Pros), que faça cessar imediatamente a circulação das mensagens escrita e gravada, em quaisquer meios de comunicação, sob pena de multa de R$ 5 mil, contra o candidato à prefeitura de Londrina Tiago Amaral (PSB).

De acordo com a decisão do juiz, "a mensagem apresenta todas as características próprias de uma fake news e que as afirmações vão muito além da crítica e do direito à livre manifestação e que é inegável o contexto eleitoral, pois o representado tenta justificar aos seus eleitores os motivos da impugnação à sua candidatura e da decisão que acolheu a impugnação, inventando fatos sabidamente inverídicos e ofendendo a honra e a imagem, não apenas de seus concorrentes, mas também de instituições como a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral".

Na mensagem, Boca Aberta diz que Amaral roubou dinheiro da merenda escolar, no caso da Operação Quadro Negro, processo conduzido pelo Ministério Público, além de proferir ofensas contra o juiz eleitoral Mauricio Boer e o atual prefeito, Marcelo Belinati (PP). Já o deputado estadual apresentou documento que teria sido excluído do inquérito que configurava como investigado do processo conduzido pelo Ministério Público do Paraná.

DIREITO DE RESPOSTA

Também nesta segunda-feira o Luiz Valério dos Santos concedeu direito de resposta à campanha do candidato Marcelo Belinati (PP) na propaganda do candidato Marcio Stamm (Podemos). Segundo o juiz, o conteúdo veiculado pelo candidato afirmando que exames de mamografia em Londrina demoram até 1 ano e meio para serem realizados foi apresentado sem informar a fonte e sem mecanismo de checagem. A coligação de Marcelo Belinati argumentou que a informação é inverídica e não há filas. Já o Podemos diz que as informações foram colhidas no Portal da Transparência. O direito de resposta deverá ir ao ar e ser veiculado no mesmo horário da propaganda impugnada pelo tempo de 1 minuto e nas redes sociais por período de dois dias.