Queime o mal pela raiz
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Kalinka Amorim <br> Reportagem Local
Depilação duradoura era o sonho de consumo apenas das mulheres. Esse desejo tem se estendido à ala masculina, que cada vez mais procura as clínicas especializadas para, literalmente, queimar os pelos pela raiz.
A novidade que chegou ao país com a promessa de ser indolor e mais acessível é a fotodepilação. O método, que está conquistando a clientela de ambos os sexos, elimina - por um longo período - os pelos através da aplicação da luz pulsada intensa (IPL).
A técnica, entretanto não elimina os pelos para sempre, como algumas pessoas pensam e afirmam, explica Elaine Mukhopadhyay, da Não+Pelo, franquia espanhola especializada em fotodepilação. ''Ela é duradoura, mas não definitiva'', afirma. ''O corpo sempre vai fazer com que o pelo volte. É uma defesa natural que o organismo tem. Quando uma célula germinativa do folículo piloso é destruída com a aplicação da luz pulsada intensa (IPL), outra é estimulada a nascer. Os pelos nascem mais fracos, mas nascem'', diz.
Elaine afirma que a luz pulsada garante os mesmos resultados do uso do laser, porém com alguns diferenciais. ''O laser é mais agressivo, doloroso e caro. Por ser de luz única, a chance de causar queimaduras é maior. No caso da fotodepilação, como a luz é difusa, o pelo funciona como um para-raios. Quando a luz incide na pele, a melanina a absorve, transformando-se em calor e destruindo as células germinativas que alimentam o pelo, que morre e cai'', explica.
O método, segundo Elaine, é praticamente indolor. ''Além da luz ser mais dispersa que o laser, a aplicação é feita com a tecnologia de refrigeração sub-zero, que ameniza ainda mais a dor.'' Com no mínimo seis e no máximo oito sessões os pelos diminuem consideravelmente. ''Algumas pessoas apresentam um ótimo resultado já na primeira sessão. Depois de terminado o tratamento é preciso uma manutenção anual que requer uma ou duas sessões'', exemplifica.
A fotodepilação, de acordo com Elaine, além de agir no controle dos pelos, a técnica pode ser utilizada em tratamentos de rejuvenescimento facial e antiacne. ''A luz pulsada estimula a produção de colágeno. No tratamento da acne ela age na bactéria causadora secando a porfíria, sem deixar cicatriz'', informa.
Manuella Tamarozzi, 20 anos, estudante de direito sempre sofreu com a depilação tradicional, feita com cera quente, e resolveu partir para a fotodepilação, para ver seu problema solucionado. Ela escolheu a face para iniciar o processo, depois será a vez da virilha e das axilas. ''Estou indo para a quinta sessão e estou satisfeita, os resultados estão me surpreendendo'', comemora. Para ela o custo benefício é compensador.
Gustavo Godoy, 27 anos, jornalista e promoter, por fazer a barba todos os dias com lâmina, tinha muito problema com pelos encravados. ''Já tinha feito depilação a lazer, mas é muito dolorido.'' Por indicação de uma amiga, ele adotou o método. ''Comecei fazendo a barba, como não doeu resolvi fazer também o abdome. Comparado ao lazer, sinto apenas um leve incômodo. E sou muito sensível a dor'', revela.
Quem pode fazer
A maior parte da população pode receber esse tipo de tratamento. ''No entanto existem contraindicações'', alerta Elaine. Grávidas, lactantes, portadores de vitiligo, psoríase e lúpus não devem fazer o procedimento. ''Pacientes em tratamento de vitiligo e psoríase, desde que, sob orientação médica podem realizar as sessões. Em grávidas e lactantes ainda não há estudos comprovados de que a aplicação de luz pulsada não cause nenhum dano ao bebê, por isso não utilizamos o método nesses casos'', previne-se.(K.A.)