De figurinista à gerenciadora de conteúdo para internet


Multifacetada, a jovem Danieli Bárbara, desde que se formou no curso de Moda na UEL, em 2006, percorreu diversos caminhos dentro desse mercado - como figurinista, produtora e gerenciadora de conteúdo de moda para redes sociais.
Foi ela quem desenvolveu a identidade visual do figurino da cantora Céu para a turnê "Vagarosa". A jovem acredita que a área de shows é um dos segmentos mais complexos dentro do mercado e exige muita sensibilidade. "O figurinista tem de auxiliar o artista a expressar as características mais intímas do seu estilo e da sua personalidade, sempre com o objetivo de inovar", diz. "Mas, diferentemente das modelos, o artista opina, então é preciso ter muito jogo de cintura para entender o ele quer e transmitir se­gurança suficiente para que compreenda o seu trabalho", explica.
Estudar, pesquisar e estar em contato constante com diversas referências artísticas, também faz parte da profissão. Para a turnê da cantora Céu, Danieli pesquisou informações sobre a Jamaica dos anos 1970 para compor o figurino. "Tudo integrado, as roupas ti­nham de conversar com a música, com a iluminação e com o cenário, é um longo trabalho de pesquisa", afirma.
De volta a Londrina, Danieli começou a desbravar uma novíssima vertente da comunicação de moda: as redes sociais. É nesse segmento que ela traba­lha hoje, como gestora de conteúdo da Céu Empresa de Marketing de Moda, onde monitora e publica notícias sobre o mundo fashion em blogs, Facebook, Youtube e Twitter para diferentes grifes de todo o país. "É uma atividade nova, não só para mim, mas para o mercado brasileiro", explica ela. "Cada vez mais, as marcas buscam se comunicar me­lhor na internet, abrindo um filão no mercado que se abre para profissionais da área", acrescenta.
Para quem quiser entrar nesse ramo, Danieli dá uma dica. "O importante é adquirir muito conhecimento em moda, ter facilidade para escrever, utilizar a internet, estar integrada com todos os mecanismos de redes sociais e ter espírito obsessivo por informação", brinca.
Além de trabalhar como figurinista, Danieli também foi produtora de estilo e de editoriais de moda das mais importantes revistas do gênero do país, como Elle, Estilo e Mag, sendo que na última ela ocupou a posição de segunda assistente do top editor Paulo Martinez.

Imagem ilustrativa da imagem O versátil mercado fashion
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Figurino da cantora Céu na turnê "Vagarosa", inspirado na Jamaica dos anos 1970
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Danieli Bárbara
Click fashion

Thaís Fujarra é um jovem talento no cenário londrinense. Trabalhando na área há três anos, a fotógrafa já fez campa­nhas para Madre Cortes, Nexxus, Züe, Aldithorium, entre outros, além de editoriais de moda. Ela explica que a fotografia de moda tem uma linguagem própria, não basta apenas entender de técnica fotográfica. "Comprar uma câmera digital, aprender a usá-la e considerar-se fotógrafo não é suficiente. É preciso adquirir muito conhecimento de moda, da mesma forma que é necessário entender de diversas manifestações artísticas, pois tudo vai inspirá-lo", afirma.
Saber trabalhar em equipe é um grande diferencial na hora de escolher a profissão, comenta Thaís. "Não queira trabalhar sozinho; para que o projeto seja bem-sucedido é essencial que você esteja conectado com stylist, cabeleireiro, maquiador, produtor executivo e modelos. É preciso ter feeling para explorar o ambiente, aguardando o momento certo para o click".
Embora Londrina ainda não tenha um mercado que valorize financeiramente esses profissionais - comparando a outros grandes centros do país -, Thaís revela que oportunidades não faltam. "O Norte do Paraná é um polo da moda, tem muitas indústrias de confecção, tem de correr atrás", afirma a fotógrafa.


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Campanha da grife londrinense Madre Cortes clicada por Thaís Fujarra
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Thaís Fujarra
Produtora de moda e stylist

Jornalista, pós-graduada em moda e com um curso de produção de moda pelo Senac, em São Paulo, Fernanda Ericsson, cresceu em meio a desfiles, revistas e produções de moda. Sua mãe, Fátima Ericsson, além de proprietária de uma empresa de malharia e tricô, na década de 80 escrevia para uma coluna de moda da Folha de Londrina.
Fernanda trabalha há quase 10 anos com produções, e já desenvolveu campanhas, editoriais de moda para revistas, catá­logos e até desfiles, sendo que o último trabalho nas passarelas foi para a marca Basic, no Catuaí Collection, que teve a presença do cantor Arnaldo Antunes.
Quem pensa que esse trabalho é só glamour, se engana. Fernanda explica que o produtor é o profissional que faz acon­tecer. "É quem pensa na concepção do trabalho - foto ou desfile -, é quem procura locação, modelos, peças e acessórios e até objetos que vão compor uma cena", afirma. "Não é fácil", admite.
Organização e pontualidade também são rigorosamente essenciais. "Trabalhar com peças de roupa de várias marcas que, depois do uso, são devolvidas, exige um cuidado extra. A agenda de uma produtora também não tem rotina e horários, mas é preciso se programar", comenta. Outra boa dica é estar conectada à cidade, ter muitos contatos, pois vão surgir trabalhos que exigem soluções rápidas", afirma ela. O produtor de moda também precisa de um acervo bacana de roupas, sapatos e outros acessórios. "Mas é complicado, pois não ganhamos o suficiente para investir, como acon­tece em grandes cidades".
Fernanda é autônoma e trabalha só com produções. "O mercado está desvalorizado, e hoje é impossível trabalhar só com moda, por isso ampliei mi­nhas habilidades para o ramo da publicidade".

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Fotos do editorial de moda para a Revista Estação produzido por Fernanda Ericsson
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Fernanda Ericsson