Deixar de ser empregado para se tornar patrão é o sonho de muita gente, e vem se tornando uma realidade para alguns jovens. É cada vez maior o número de brasileiros que arregaçam as mangas desde cedo, encontrando na internet oportunidades de negócios e de experiência para uma carreira promissora.
Para se ter uma ideia, de acordo com o último relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que reúne dados estatísticos de 43 países, o Brasil já é o terceiro em número de jovens empreendedores, atrás do Irã e da Jamaica. No último estudo, o GEM apontou que 15% dos brasileiros, entre 18 e 24 anos, tocam seus próprios negócios, um dado que vem crescendo, pois a média dos últimos oito anos foi de 11,9%.
Rui Barboza, 23 anos, é um deles. Na internet, ele abriu um site que hospeda sua empresa de serviços de gestão de mídias sociais para empresas (www.ruibarboza.com.br). "A minha função ainda é muito nova, tem uma demanda grande e carência de profissionais no mercado", explica. "Vi essa oportunidade e abocanhei", completa o empresário, que é graduado em Marketing e Propaganda e cursa MBA em Marketing Digital e Gestão de Web.
Estimulado a sempre buscar novos desafios e a planejar seu futuro, o jovem se considera um verdadeiro representante da Geração Y. "Nunca consegui ficar durante muito tempo em um mesmo trabalho e sempre busquei ´algo a mais´", conta.
Prestes a completar um ano, a iniciativa dá bons resultados. Barboza tem como clientes empresas de grande porte - universidades, e-commerces, entre outros. Segundo ele, os negócios começaram a gerar uma renda favorável. "Estou conseguindo um bom dinheiro, mas não estou pensando nisso a curto prazo", explica. Ele já fez inúmeros cursos sobre o assunto em São Paulo, e agora planeja ir a Estocolmo para se aprimorar em Marketing Digital. "No futuro, pretendo abrir uma agência e continuar trabalhando nessa área, que tem muito a ser explorada".
Aprender nunca é demais
Experiência e renda própria são alguns dos objetivos do empreendedor Feis Feres Neto, 23 anos, que gerencia um site de vendas de roupas e acessórios para bebês (www.brisa5.com.br).
Ele, que já teve uma loja convencional, observa muitas vantagens em manter um negócio na web. "O investimento é relativamente baixo em relação a uma loja tradicional, e eu consigo administrar meu tempo", afirma Neto, que é formado em Administração e também trabalha na empresa da família. "Além disso, uma empresa na internet, com uma boa divulgação, atinge um número muito maior de pessoas", completa.
Para Neto, ter um negócio para chamar de seu é um sonho, mas reconhece que há riscos. "Embora a internet possa parecer um paraíso, também possui um elevado nível de concorrência. Além disso, os consumidores têm dúvidas em relação à segurança da rede na hora de efetuar a compra", aponta. "Mas é uma boa ferramenta para recém-formados que querem se arriscar no mercado."
Sonho ou pesadelo?
Para os jovens que estão querendo abrir um negócio na internet, o gestor de empreendedorismo do Sebrae, André Basso, avisa: "Esse universo pode ser uma ilusão.Muitos não avaliam a concorrência, que não está só no mundo virtual, mas também no mercado tradicional", explica. "Por isso, o ideal é que o empreendedor não se esqueça do planejamento estratégico do negócio, que deve ser realizado tanto em uma empresa convencional quanto em um empreendimento virtual", comenta.

Imagem ilustrativa da imagem Negócios virtuais, resultados reais
Através de um e-commerce, Feis Feres Neto exercita a criatividade e garante experiência para seu futuro
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Antenado em tudo que acontece dentro do universo de marketing digital, Rui Barboza hospeda na web a sua empresa de gestão de mídias sociais